Antes de mais nada, é necessário comunicar ao
leitor de que o meu objetivo neste capítulo é expor a sã doutrina dos apóstolos
em sua pureza e condenar a heresia e o julgamento hipócrita contra hábitos que
a Bíblia jamais condenou. Meu alvo neste trabalho é o Gnosticismo moderno
disfarçado de “igreja santa”, desfazendo-me de qualquer posição baseada no
senso comum. Também é necessário ressaltar que este artigo não é um estímulo ao
fumo – um pequeno exemplo que escolhi como peça-chave para falar sobre o
consumo de qualquer substância química em geral. Ou seja, cada leitor em
particular deve inclinar sua ótica ao texto com base no uso moderado ou
exagerado de uma determinada substância digerível que seja considerado
relevante na discussão teológica.
Particularmente, sou abstêmio, embora não veja nenhum pecado em quem bebe com
moderação, visto que a Bíblia não o faz. Por outro lado, hoje sou um fumante
moderado de palheiro, e, da mesma forma, não me condeno naquilo que aprovo (Rm
14.22). Antes dou graças a Deus por tudo (1Ts 5.18), e tudo que faço com
consciência limpa, o faço para a Sua glória (1Co 10.29-31).
Por razão de zelo pelos que não têm consciência, digo que, por mim, ninguém no
mundo fumaria ou beberia, nem faria qualquer outra coisa que possa escandalizar
o seu irmão (1Co 10.32), uma vez que busco sempre pelo proveito do próximo e
não o meu próprio, embora eu não possa alcançar a todos (1Co 10.33).
FUMAR É PECADO?
As Escrituras não estabelecem qualquer restrição ou proibição direta ao consumo
do cigarro, do cachimbo ou do charuto. Todavia, isto não
significa que a mesma Escritura não contenha uma resposta quanto à pergunta.
Ela responde a várias questões não tratadas de maneira direta por Deus, mas de
forma a apontar costumes e práticas que constituem a mesma natureza.
Para começar, devemos entender que a Bíblia é quem determina o que é pecado, e
não o homem. Da mesma forma, os hábitos viciosos do ser humano não são
pecaminosos pelo fato de serem viciosos. A Palavra de DEUS é quem estipula se
uma prática viciosa é ou não pecado. A Palavra de Deus também apresentará ao
leitor a diferença entre restrição e proibição, como no caso da bebida
alcoólica, frequentemente causadora de males incontáveis no período
testamentário, mas que no entanto não é proibida de forma exaustiva por Deus. A
mesma Bíblia que nos adverte sobre os perigos do vinho (Pv 20.1) também diz que
o mesmo vinho é recomendado em doses equilibradas para fins de tratamento
estomacal e para várias outras enfermidades (1Tm 5.23). E agora? Será que a
Bíblia é – como dizem alguns insensatos – contraditória? Não. Quando a Bíblia
trata deste assunto, ela aplica regras de como lidar com qualquer tipo de
substância natural que Deus, em sua infinita sabedoria, proporcionou ao homem
para que ele usufrua com equilíbrio e sabedoria (Gl 5.22). Na verdade, isso é
tão fácil de entender que basta raciocinar no fato de que os medicamentos mais
simples que ingerimos no dia a dia são mais danosos ao corpo do que o cigarro e
a bebida juntos. Para ser mais franco, uma simples análise dos componentes do
adoçante (produto muito bem visto pela cultura atual) fará com que os leitores
humildes admitam que condenar um homem que fuma um charuto para relaxar não faz
sentido algum, além de ser antibíblico.
Antes de darmos início ao exame das Escrituras Sagradas, vamos observar alguns
pontos interessantes da história do Cristianismo com relação ao fumo:
Em primeiro lugar, até poucas décadas atrás o cigarro nunca foi
considerado um mal pelos cristãos ortodoxos. Na verdade, o fumo começou a
ser apontado como pecado por alguns ramos do protestantismo na metade do século
XX, somente quando descobriram os malefícios da nicotina. Ainda assim, até hoje
se espera de tais religiosos um argumento plausível que faça do fumo em si um
pecado diante de Deus.
Considerado como uma prática indiferente, no passado era comum ver cristãos
piedosos, claramente fieis a Deus e à Sua Palavra, fumarem seus cachimbos e
charutos pelas ruas. Isso porque os cristãos mais instruídos estavam atentos ao
que de fato era pecaminoso, como por exemplo o uso de roupas íntimas em
público. Para quem não sabe, quando o biquíni foi inventado, as empresas
tiveram que contratar prostitutas para propagarem seus produtos, uma vez que as
mulheres da época, mesmo as não-cristãs, ficaram chocadas e se negaram, por
muitos anos, a ficarem seminuas em qualquer lugar público. Mas o mundo é mesmo
muito louco. A falta de pudor e modéstia, severamente condenada na Bíblia sob o
nome de lascívia e prostituição, é vista pelas igrejas contemporâneas como algo
normal. Enquanto isso, os fumantes que fazem uso moderado do cigarro são vistos
como monstros, mesmo Deus nunca tendo proferido qualquer julgamento contra
eles.
Não obstante, muitos argumentam dizendo que fumar é pecado por várias razões
sem nexo. Tais argumentos são tão circulares e repetitivos que chegam a clamar
por inteligência. Vejamos alguns desses argumentos e respondamos a eles com a
Palavra de Deus.
1. “Fumar é pecado porque vicia”.
Se o cigarro é pecado por ser um vício, o café, o chocolate, os refrigerantes,
os chás e o chimarrão do sul também o são, pois todos eles contêm cafeína,
uma substância química estruturalmente semelhante
à nicotina contida no tabaco, com poder de causar dependência (vício)
equivalente ao desta última.
“A Cafeína é a droga psicoativa mais amplamente consumida e é um
estimulante de uso legal facilmente disponível até para crianças. A
Cafeína tem sido ocasionalmente considerada uma droga de abuso e seu
potencial para causar dependência tem sido debatido”. [NAOSHI OGAWA md,
HIROFUMI UEKI md (2007); Clinical importance of caffeine dependence and
abuse/Psychiatry and Clinical Neurosciences, Volume 61, Number 3, June 2007,
pp. 263-268(6)].
Agora note uma coisa
interessante no sistema religioso mundano - Comer em demasia é um pecado
denunciado com todas as letras na Palavra de Deus. A glutonaria aparece ao lado
de "invejas, homicídios e
bebedices" em Gálatas 5.21. Ela é também companheira das "dissoluções, concupiscências,
borrachices, bebedices e abomináveis idolatrias" em 1 Pedro
4.3 e Romanos 13.13, além de ter sido particularmente denunciada pelo próprio
Senhor Jesus em Lucas 21.34. Ainda assim, você já deve ter presenciado muito
crente obeso lançar condenações maldosas contra um irmão fumante. Certamente
que pessoas como essas ainda não aprenderam, ou, no mínimo, se esqueceram do ensino
de Jesus sobre o julgamento hipócrita em Mateus 7.4: "Como
dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no
teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o
argueiro do olho do teu irmão".
Esta passagem, muitas vezes usada para afirmar que Jesus nos proíbe de julgar o
erro, na verdade é uma denúncia contra um tipo de julgamento específico. Aqui,
o Senhor Jesus condena o julgamento hipócrita, que é quando julgamos alguém por
algo que nós mesmos praticamos. No caso em questão, qualquer pessoa que tenha
vícios (seja em televisão, em celular, em doces, em refrigerantes ou café) está
julgando sem a reta justiça requerida por Cristo na passagem e, portanto, está
em pecado.
2. “Fumar é pecado porque destrói o templo do Espírito Santo que somos nós”.
Quantas vezes somos surpreendidos por clichês do tipo: "Você fuma? Então
você está destruindo o templo do Espírito Santo”. “Você fez tatuagem? Então
você está destruindo o templo do Espírito Santo”. Você come salsicha?
Então você está destruindo o templo do Espírito Santo...” etc. Há várias outras
razões pelas quais a ignorância acerca das Escrituras Sagradas leva cristãos
nominais a esse entendimento espúrio. Contudo, a simples leitura do contexto
bíblico nos diz o que é "Destruir o
Templo do Espírito Santo", que somos nós. Quando a Palavra de Deus diz
isso, ela está se referindo a um pecado específico: A prostituição (ou, em
outras traduções – fornicação). Observemos: "Fugi da FORNICAÇÃO. Todo o pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas O QUE FORNICA PECA CONTRA O SEU PRÓPRIO CORPO. Ou não sabeis que o
vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Coríntios 6.18,19).
Mais uma vez, o julgamento contra o fumo em si é herético. Tal postura
farisaica não condiz com a genuína Palavra de Deus e deve ser considerada como
um falso evangelho, isto é, maldito (Gl 1.6-10). Neste caso, até que se prove o
contrário, quem está condenado ao inferno são aqueles que traçam um prognóstico
desprovido da reta justiça e contrário às leis de Cristo. Tais indivíduos devem
se arrepender de fazerem julgamentos hipócritas e se converter de seus maus
caminhos.
EQUILÍBRIO PRÓPRIO
“Não é o que entra pela boca
que torna o homem impuro, mas o que sai de sua boca, isto o torna impuro...” (Mateus 15.11).
“Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Então
chega o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: ‘Eis aí um glutão e bebedor
de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Todavia, a sabedoria é comprovada
pelas obras que são seus frutos” (Mateus 11.18,19).
1. A Bíblia não proíbe o consumo de substâncias naturais, mas se restringe
em condenar o ABUSO delas.
Um dos frutos do Espírito é o equilíbrio
próprio (Gl 5.22). A virtude do equilíbrio
próprio consiste em evitar toda espécie de excesso ou descontrole. Ou seja,
tanto o ABUSO da comida como o do álcool, do fumo ou de medicamentos é
condenado explicitamente pela Escritura (Gl 5.22). Porém, nada é dito contra
qualquer uma dessas coisas em si mesmas. Em contraste com o fruto do Espírito,
encontramos dezessete obras da carne nos versículos 19,20 e 21 de Gálatas 5.
Entre elas estão a glutonaria e a bebedice, ambas relacionadas ao ato de ABUSAR
da comida e da bebida, não de fazer o uso equilibrado delas. Sendo assim,
comer, beber e fumar moderadamente não é pecado.
2. A hipocrisia disfarçada de piedade.
Pessoas por todas as partes consomem uma quantidade equilibrada de cigarros de
tabaco, uma ou duas vezes por dia. Algumas delas usufruem disso uma ou duas
vezes por semana. Isso vale também para o cachimbo e o charuto. Não obstante,
não há estudo comprovado nenhum que prove que o fumo moderado cause qualquer
dano relevante à saúde. E isso não é, em hipótese alguma, um incentivo para se
fumar. Todavia, posso afirmar, sem falso temor e sob a base da ciência, que o
cigarro é menos nocivo ao corpo humano do que muitas porcarias que a nossa
sociedade consome tranquilamente nos Fast-food's
da vida, sem que nenhum moralista hipócrita venha nos incomodar com prognósticos
insensatos envolvendo o nosso caráter cristão. Os poucos cristãos genuínos que
ainda restam na cristandade piram com esse tipo de farisaísmo mascarado de
piedade e ortopraxia.
Sob a base da Escritura e após exaustivo exame temente e responsável da Palavra
de Deus, aprendi que não é a comida, o álcool ou o fumo que degrada o homem,
mas o homem é quem degrada tanto a comida como o álcool, o fumo e tudo que ele
encontra pela frente. É o mau uso que faz do homem um dependente mórbido das
coisas terrenas, fazendo-o criar ídolos para si (Cl 3.5). Nunca vi taças de
vinho com vida própria, se insinuando para os homens com trajes de prostituta,
olhos lascivos e línguas venenosas, colocando-se em suas bocas. Do mesmo modo,
jamais presenciei um cigarro se levantando para envenenar a mente das pessoas
com palavras torpes, ganância, inveja, mentiras, calúnias, falsas suspeitas e
heresias de perdição. A propósito, tenho certeza que jamais verei um cigarro
falante pedindo para ser fumado. Logo, concluímos que o mal está no homem e não
no que ele toca, prova ou manuseia (Cl 2.20,21).
3. TRÊS PREMISSAS E UMA CONCLUSÃO:
1 - O primeiro milagre de Cristo, o qual inaugurou Seu ministério na terra, foi
transformar a água em vinho em uma festa de casamento (Jo 2.1-12).
2 - Deus não pode ser tentado pelo mal, e Ele a ninguém tenta (Tg 1.13).
3 - Ao contrário do cigarro e de outras substâncias existentes no mundo, a
bebida é claramente apontada pela Bíblia como algo extremamente perigoso para a
vida espiritual (embora não condenável em si), e que deve ser evitado. Um
pequeno exemplo dentre muitos está em Isaías 28.7. Veja o que Deus diz sobre o
vinho e sobre qualquer outra bebida forte: “Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se
desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são
absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam
errados na visão e tropeçam no juízo” (Isaías 28.7).
Conclusão - Pergunto aos fariseus da nova era: Jesus pecou? Ou, como costumam
afirmar os liberalistas teológicos, a Bíblia entra em contradição consigo
mesma? Como alguém, sendo no mínimo alfabetizado, pode afirmar que tomar vinho
ou qualquer outro tipo de bebida com álcool, de forma moderada, santa e
agradável diante de Deus, é pecaminoso? Se a bebida alcoólica, que possui
componentes que podem alucinar um homem devido ao seu mau uso, como poderíamos
condenar um ato tão demasiadamente menos ameaçador como o fumo?
Mas, se alguém ousa repetir as velhas queixas baseadas em seus próprios
pensamentos e tradições humanistas, inúteis para a vida espiritual, o que lhes
restará senão que suas vãs filosofias virem fumaça quando o Filho do Homem vier
para julgar todos os que viveram de fato no pecado, incluindo o ato de julgar
sem a reta justiça (Jo 7.24)? Visto que a lei e o testemunho são os alicerces
do julgamento justo, como escaparão do inferno (Is 8.20)?
Mas, aos que ouvem a palavra da verdade e se vêem livres dos velhos hábitos,
digo: O fruto do equilíbrio próprio produz no homem a vontade e a aplicação de
uma vida longe de hábitos exacerbados, quer no comer, quer no beber ou no
fumar. A temperança o leva a evitar toda a espécie de excessos, inclusive de
medicamentos prescritos por médicos vocacionados por Deus para esta tarefa (o
apóstolo Lucas era um). A Escritura alerta o tempo todo sobre aqueles que, em
estado de embriaguez ou por gosto imoderado de qualquer coisa, estão pecando
contra aqueles por quem Cristo se sacrificou e pondo em risco a segurança de
todos à sua volta, tornando-se culpados por suas quedas.
BÍBLIA ‘VS’ ACHISMO
"Bom é não comer carne, nem
beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se
escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus.
Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que
aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não
come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado" (Romanos
14:21-23).
Enquanto eu dava continuidade neste artigo, uma senhora, se dizendo “cristã”,
com ares de intelectual e postura soberba, fez um comentário no meu Facebook no
mínimo estarrecedor – pelo menos para alguém que se diz cristão. Assim, percebendo
o perigo de alguém passar a ter uma mente cauterizada como a dela, e preocupado
com aqueles que podem ser contaminados pelo mesmo tipo de mentalidade,
registrei suas palavras, as quais se seguem: “Entendo como pecado qualquer vício! Mas é aí que o Espírito Santo
entra: para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo. ‘Tô tranqüila!’ A
morte de Jesus por mim não foi em vão; ele morreu pelos meus pecados de ontem,
hoje e do futuro. Santificação, é esse processo que devemos viver: de tentar
agradar a Deus todos os dias” (Sra. Achismo).
Para a compreensão do leitor, editei os erros ortográficos e pontuações da Sra.
Achismo. Como se pode perceber, também adaptei seu nome para que ela não seja
exposta e reflita nas palavras de correção as quais tecerei igualmente no
parágrafo abaixo:
Pensamentos como o da Sra. Achismo podem parecer bíblicos à primeira vista, mas
não são. Na verdade, esse tipo de confusão doutrinária traz sérios
desdobramentos para a vida prática do cristão e o coloca numa situação bem
complicada. A respeito do primeiro ponto, a Bíblia diz: "Bem-aventurado
aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova" (Romanos
14:22). Isto significa que, quando você se condena por qualquer prática que não
constitui-se necessariamente pecado, você está tornando-a pecado por si mesmo e
está condenando a si mesmo porque sua consciência está suja. Em segundo lugar,
o argumento de que "não é preciso se preocupar com isso ou aquilo pelo
fato de Jesus ter pagado o preço na cruz" é uma heresia antiga, praticada
principalmente pelos antinomiano. Essa doutrina possui até o seu sistema de doutrinas
próprio e se chama “Antinomianismo” (Confira o artigo chamado “Por Que Devo
Obedecer a Deus se Já Está Tudo Decretado?” – Cap. 3). Adeptos da filosofia
antinomiana pensam que a graça de Deus anula a responsabilidade da Igreja em se
santificar em temor e obediência às leis de Cristo. Tal doutrina antibíblica é
também denominada como “Fatalismo Teológico”. Portanto, que todo leitor esteja
atento a este alerta e fuja de tais heresias.
“Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados
e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam
que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e
desobedientes, e reprovados para toda a boa obra” (Tito 1.15,16).
A sacarose possui mais de setenta e seis (76) meios de acabar com a saúde de um
ser humano. Se os indivíduos que condenam o hábito de fumar se baseiam na
impureza dos alimentos e de qualquer substância ingerida, eles terão que dizer
adeus ao AÇÚCAR.
Segue abaixo o link de um artigo chamado “Os 76 Modos do Açúcar acabar
com a Saúde”:
http://www.guiavegano.com/nutricao/nancy/76modos.htm
“O açúcar é oito vezes mais viciante que a cocaína e seu consumo diário é a
causa de 95% de todas as doenças existentes” (David Permulter – Phd
americano – autor do livro A Dieta da Mente).
FALSOS PROFETAS SEMPRE CONDENARÃO OU ACEITARÃO AQUILO QUE LHES CONVÉM
Não demorará muito tempo e, assim como ocorreu ao longo da história do Cristianismo,
surgirão mais falsos mestres gnósticos para estipularem suas listas preferidas
de “pecados” para manter a mente de homens carnais e ineptos cativas às suas
fábulas e longe da Escritura Sagrada. O diabo é sagaz, e se tem uma técnica que
ele desenvolveu e aperfeiçoou com maestria durante a história da humanidade é o
sofisma. Assim, ele pode usar grandes verdades de Deus para distorcê-las,
aplicando regras com aparência de santidade a fim de que a doutrina de Cristo
seja censurada e o pecado – o verdadeiro pecado – faça um ninho nas cabeças
incautas.
Tais doutores engravatados tem disseminado e praticado os pecados mais
abominados por Deus como se fossem práticas normais. Através do método do
sofisma, eles apresentam um falso evangelho em seus púlpitos ao se declararem
abstêmios de tantas coisas para, no final, fazerem uma falsa aplicação da
Palavra de Deus. O divórcio e o segundo casamento de divorciados (Conferir cap. 5)
são pecados enfaticamente condenados por Cristo, e, no entanto, ambas as
práticas são tidas como santas nas igrejas que rotulam o fumante de “pecador”.
Enquanto esses facínoras, travestidos de “pastores”, defendem o divórcio e o
segundo casamento de divorciados como direitos invioláveis, com pretextos
baseados na era patriarcal (ordenanças caducas da lei de Moisés), a inerrância
das Escrituras é lançada no mar do esquecimento e essas duas práticas
pecaminosas não são mencionadas nas suas ditas “igrejas”.
Querem condenar o crente por fumar um charuto antes de dormir, lançar outro
crente na fogueira porque fez uma tatuagem das no braço, lançar no inferno
outros vários fieis que tomam doses equilibradas de cerveja em casa com sua
família, mas pensam estar sendo “cristãos” ao ordenarem e seguirem “pastores”
que estão divorciados e/ou no vigésimo casamento.
Porém, eu lhes digo que todos que permanecem em estado de adultério ao deixarem
seus cônjuges e se juntarem com terceiros irão para o inferno. Por que? Porque
Jesus Cristo assim o diz (Mt 19.3-11; 1Co 7.10,11; 1Co 7.39; Rm 7.1-3; 1Co
7.15).
A LIBERDADE CRISTÃ E SEUS ASPECTOS
As cartas de Paulo são as mais enfáticas sobre a liberdade cristã e como nós
devemos vivê-la com autoridade, não dando ouvidos ao que o próprio apóstolo
denomina como “fábulas judaicas” e “doutrinas de homens”. Também é
necessário uma busca pela maturidade espiritual a fim de que nossa liberdade
não seja confundida com “liberalismo teológico”, o que está longe de ser
sinônimo de liberdade em Cristo. O liberalismo desemboca na irresponsabilidade
e falta de consciência para com a vida do próximo, além de nos afastar das leis
de Cristo. Por outro lado, a liberdade cristã resulta em uma completa
emancipação de inibições e tabus religiosos sem ferir nenhum princípio bíblico.
Ou seja, o cristão, quando entende e desfruta dessa libertação, tem uma
consciência limpa porque sabe o que é pecado e o que não é. Isso é bem
diferente de ser “liberal”.
Não sendo conivente com qualquer padrão antibíblico, o apóstolo Paulo se
adaptava facilmente a qualquer ambiente com a finalidade de apresentar Cristo
(1Co 9.22). Longe dos métodos liberalistas do ecumenismo religioso, o qual tem
a pretensão de apresentar um evangelho que se adapte ao gosto do pecador, Paulo
tinha como alvo apresentar o verdadeiro Cristo a estas pessoas de diferentes
lugares pagãos, sem, contudo, tentar retirar o fio da navalha do evangelho.
Da mesma forma, ao desfrutar da liberdade cristã com ousadia e intrepidez, o
mesmo Paulo sabia que muitos cristãos não eram completamente libertos na
consciência como ele. E essa deve ser nossa postura diante dos “fracos na fé”. Estamos agora falando da
nossa conduta diante de pessoas que [ainda] estão em fase de crescimento
espiritual. Elas simplesmente não estão preparadas para lidar com a liberdade
concedida por Cristo em termos de ambientes, circunstâncias e culturas
variadas. Nas palavras de Paulo, são bebezinhos espirituais e ainda se
alimentam de leite, não de alimento sólido, porque ainda são incapazes de
ingeri-lo.
“E eu, irmãos, não vos pude falar
como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos
criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora
podeis” (1 Coríntios 3.1,2).
OS FRACOS E OS FORTES NA IGREJA
Dois grupos da comunidade cristã em Roma são o centro da mensagem de Romanos
14.1–15.13, identificados como “os fracos” e “os fortes”. Nesta carta, o
apóstolo dos gentios exige que os “fracos” sejam tratados com mais tato,
paciência e sabedoria pelos mais “fortes”.
OS FRACOS
A palavra grega para “fraco” é astheneo,
que indica “fraqueza”, “indigência”, “impotência”, “falta de força por variados
motivos”. No Novo Testamento, o termo é usado pelo menos quarenta vezes para
designar doentes físicos. Desta forma, fica fácil perceber que o autor
inspirado aponta para um tipo de “fé
enferma”, ou, como eu prefiro chamar, “processo de amadurecimento na fé”.
Sendo assim, o que falta ao fraco não é a fé em si, mas a liberdade de
consciência.
Mas, afinal, quem são os fracos mencionados nesse contexto? Examinemos as
possibilidades com base na carta em questão:
1. Ex-idólatras – Recém-convertidos do paganismo; grupo semelhante ao
mencionado por Paulo em 1 Coríntios 8. Indivíduos que, mesmo resgatados da
idolatria, por escrúpulo (hesitação da consciência), sentiam-se impedidos de
comer carne que, antes de ser vendida nos açougues, era dedicada a ídolos.
2. Ascetas – Pessoas que exercitavam a disciplina do “autocontrole do
corpo”, considerando que isso era algo necessário e imprescindível para chegar
até Deus. Havia ascetas presentes na igreja em Roma, o que explica por que se
abstinham do vinho e da carne (Rm 14.21).
3. Legalistas – Consideravam as abstenções como “boas obras” necessárias
para a salvação. Esse grupo é facilmente encontrado em qualquer esquina hoje,
especialmente entre evangélicos e católicos, e, sobretudo, no movimento
pentecostal e carismático. Eles não entendem a suficiência da fé em Cristo
Jesus para a justificação do salvo.
4. Cristãos judeus – No caso da epístola que estamos examinando, essa é
a possibilidade mais satisfatória. Eram os que ainda permaneciam com a
consciência voltada para as regras do judaísmo, especialmente referentes a
dietas (comer apenas alimentos considerados limpos – Rm 14.14,20) e aos dias
festivos do Velho Testamento, os quais foram abolidos por Cristo (guarda do
sábado e festivais judaicos – cerimônias que nunca foram ordenadas aos
cristãos). A carne de porco, por exemplo, era considerada impura no Judaísmo e
a Lei exigia que eles não a comecem. É por isso que os cristãos judeus tiveram
tanta dificuldade para deixar esse vão costume, uma vez que a abstinência de
alimentos no cristianismo é totalmente inútil e, às vezes, pecaminoso.
OS “FORTES”
A palavra grega para “forte” é dynatos,
e significa “alma forte”, “capaz de suportar calamidades com coragem e
paciência, firmes nas virtudes cristãs”. Embora todo homem seja fraco por
natureza (Rm 3), aqui o termo indica um cristão maduro na fé e no trato com o
próximo, pois Cristo concedeu a ele essa força, enquanto que para outros não.
Por dever de ofício, devo esclarecer ao leitor que esses “fortes” na fé não são
fortes por serem valentes em si mesmos, nem por serem mais espirituais que os
fracos aqui mencionados. Nesse sentido, devo lembrar-vos de que “quando estou fraco é que sou forte”
(2Co 12.10). Todavia, aqui nós estamos a tratar de uma força no sentido de que
o crente está amadurecido espiritualmente para lidar com ambientes e
circunstâncias que não interferem mais em seu caráter cristão, embora ele deva
vigiar em todo o tempo a fim de se manter de pé (1Co 10.12).
Com a Igreja atual não é diferente. Assim como a igreja em Roma, o cenário da
igreja de nossos dias revela sua inegável similaridade. Existem fracos e fortes
na fé. É nosso dever orar sem cessar para que os poucos cristãos que ainda
prezam pelo evangelho santo e puro saibam lidar com essas pessoas debaixo do
temor a Deus e com conhecimento.
A MATURIDADE NA FÉ (Rm 14.1-2)
A Palavra de Deus registra pelo menos quatro níveis de fé dentro do Corpo de
Cristo: (1) nenhuma fé (Mc 4.35-41), (2) pouca fé (Mt 14.22-33), (3) grande fé (Mt
15.21-28) e (4) inigualável fé (Mt 8.5-15). Continuando nossa análise do
contexto de Romanos 14.1–15.13, percebemos que a união entre os membros da
igreja em Roma estava ameaçada. Isso aconteceu pelo fato de que os cristãos
maduros, já libertos do jugo do legalismo e das regrinhas caducas do judaísmo,
estavam em constante conflito com os cristãos imaturos, os quais ainda
permaneciam debaixo de pensamentos e filosofias hipócritas, mesmo tendo o
conhecimento de Deus. Enquanto o primeiro grupo entendia bem a amplitude da
liberdade cristã pela fé em Cristo Jesus e sob as leis direcionadas à Igreja de
Deus, o segundo grupo se mantinha com a consciência perturbada devido às velhas
crenças e práticas arraigadas em suas mentes. Eles simplesmente não sabiam
exatamente o que fazer e o que não fazer quando se deparavam com questões
frívolas da vida, tais como: “posso comer
isto? Posso beber aquilo? Posso usar isso? Posso tocar naquilo?”...
etc.
Mais uma vez, com a Igreja atual não é diferente. O problema da falta de pureza
na consciência ainda insiste em corromper a Igreja de Cristo e a levar muitos a
se apostatarem da fé (uns por causa do legalismo, outros devido ao
liberalismo). Ao questionarem os assim chamados “pastores” e “líderes” a
respeito do uso do fumo, da bebida, da tatuagem e de outros hábitos alvos do
farisaísmo secular, os membros são alienados pelos mais variados tipos de
respostas malucas que visam prendê-los debaixo de um jugo cruel e inútil para a
vida espiritual. Isso é tão sério, que pessoas por toda a parte, pensando
servir a Deus, se afastam de Sua lei para dar ênfase a essas listas de
regrinhas que lhe foram impostas pelo sistema religioso com relação aos
hábitos, usos e costumes que a Bíblia jamais condenou em si mesmos.
De volta às passagens bíblicas, sabendo que os cristãos maduros entenderiam
melhor esse conflito, o apóstolo da graça direciona a eles duas ordens práticas
em relação aos imaturos – enfermos na fé: “Ora, quanto ao que está
enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas” (Romanos
14.1). Imaturos e enfermos na fé são aqueles que vêem pecado em tudo: no comer,
no beber, no fumar, etc.
1. Recebam de forma genuína e de boa mente aos que são débeis
na fé, porquanto não estamos, agora, lidando com ímpios irredutíveis, mas com
homens claramente tardios em compreender o que vocês já compreendem. Eles são
lentos no entendimento, mas não estão regredindo nem se apostatando. Antes,
mesmo devagar, estão crescendo em graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo. Portanto, recebamos esses queridos irmãos com amor não fingido.
2. Não entrem em contendas duvidosas com esses crentes; não os
recebam com o objetivo de discutir opiniões frívolas e inúteis para
a salvação. Não entrem em conflito envolvendo a consciência individual.
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Coríntios
10.23).
Continua em: Fazer
greves e outras manifestações políticas, ainda que sejam atos legais, é uma
atitude cristã?
Para voltar ao início do livro, clique aqui:
SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces
Acesse meu blog principal – JP Padilha – clicando aqui:
http://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– Fonte 3: https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/
sábado, 30 de novembro de 2019
Posso ouvir “músicas do mundo”?
Sim. O cristão pode ouvir boas músicas feitas
por pessoas que não são necessariamente convertidas. Aliás, muitas das músicas
seculares são mais bíblicas do que as que se dizem “gospel”. Ao mesmo tempo que
uma música gospel pode se mostrar ímpia, profana e blasfema, uma música secular
pode se mostrar inteiramente bíblica. Não encontramos na Bíblia uma separação
entre “músicas do mundo” e músicas que seriam “sagradas”. Essa é uma separação
inventada pelos homens e até mesmo recente. É claro que existe diferença entre as
músicas que ouvimos como forma de entretenimento e o louvor, que consiste em se
direcionar somente a Deus para adorá-lo com nossos lábios (sem instrumentos
adicionais). Músicas seculares são para entretenimento; são para relaxar, se
divertir, etc. Louvor é para ser direcionado somente a Deus, não para diversão
e barulho.
É evidente que não são todas as músicas que nos convém ouvir, mas de nenhuma forma a Bíblia nos proíbe de ouvir músicas que não se enquadrem em um padrão criado por homens que classificaram certas músicas como sacras ou gospel e outras como “não sagradas” e profanas.
Temos inteira liberdade para ouvir músicas que não contrariam as verdades da Palavra de Deus. Elas certamente podem ser ouvidas sem problema. Na Bíblia é dito que os judeus não somente louvavam ao Senhor, como também cantavam e dançavam respeitosamente as canções oriundas da nação de Israel.
Como já fora tratado neste livro, no culto a Deus não é permitido instrumentos musicais, nem danças, nem qualquer representação não estabelecida por Ele mesmo para culto e ministério. Em contraste, para os judeus o corpo físico e a demonstração externa de adoração era extremamente importante, e estava intimamente ligado à religião. No Antigo Testamento, a dança era uma manifestação de adoração a Deus e comumente utilizada após vitórias militares e durante celebrações ou festividades. Partindo-se do princípio que Jesus era judeu e sua pregação estava fortemente ligada aos princípios designados a Israel, logicamente que Ele também participava de todas as cerimônias judaicas.
O que devemos saber também é que não somente as letras das músicas que ouvimos devem ser analisadas minuciosamente, como também seus ritmos, visto que existem ritmos que incitam naturalmente à sensualidade e devem ser evitados e até mesmo abominados, como no caso do “funk brasileiro”, “axé”, etc. Se uma música possui uma letra digna de aceitação por parte da Palavra de Deus, mas seu ritmo leva pessoas em direção ao pecado, é o mesmo que ouvir músicas com letras satânicas. Da mesma forma, se o ritmo não te leva ao pecado, mas a letra é profana e pecaminosa, dá no mesmo. Isso é pecado e ponto.
Assim como devemos analisar tudo sob a autoridade máxima das Escrituras Sagradas, com a música não é diferente. Todo cristão deve aprender a ser seletivo com relação a tudo em sua vida, e não somente à música, separando o que não é de Deus daquilo que não é de Deus.
Não se trata somente de música. A regra serve para todo tipo de arte (livros, filmes, peças, televisão e também músicas ditas “gospel”). Existem muitas coisas que prejudicam a nossa vida espiritual e que não nos edificam. Essas coisas devem ser rejeitadas para nossa saúde espiritual, seja música, seja filme, seja programa de TV ou outra qualquer coisa.
Existem músicas chamadas “músicas do mundo” que são lindas e puras e que não se enquadram no rótulo “gospel” ou evangélica”, pois o que existe de profanação no denominacionalismo evangélico hoje não se pode contar nos dedos. Há muitas músicas seculares que falam da natureza, do amor, do romance entre casais casados, dos vários sentimentos da nossa alma, da sociedade e de muitas outras coisas boas e dignas. Não há pecado algum em ouvi-las.
A Bíblia diz: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.8). Isso significa que é mais do que justo e normativo que busquemos pensar e fazer coisas que nos façam sentir bem durante a nossa peregrinação na terra. Ora, é a própria Bíblia quem nos diz isso.
Uma coisa que devemos notar é que vários dos poemas bíblicos não falam diretamente sobre Deus, mas contém sabedoria e poesia inspiradoras que, no fim, acabam apontando para a grandeza de Deus. Não há pecado em trazê-las para dentro de nossos ouvidos.
Paulo ensina que o tipo de separação que os ignorantes fazem entre coisas puras e impuras nem sempre é correta quando é feita fora do que a Palavra de Deus ensina: “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tito 1.15).
MÚSICAS “GOSPEL” QUE SÃO PIORES QUE “MÚSICAS DO MUNDO”
As músicas ditas “evangélicas” ou até mesmo “cristãs”, incluindo aquelas que os religiosos erroneamente chamam de “louvor”, precisam sempre passar por uma análise criteriosa, pois muitas delas são de conteúdo profano e antibíblico, com letras totalmente contrárias aos princípios da Palavra de Deus. Devemos tomar muito cuidado, especialmente com essas, visto que muita música “gospel” causa prejuízo à vida espiritual e ensinam heresias de perdição. Esse tipo de música deve ser rejeitado em todo o seu conteúdo. Ao mesmo tempo, existem músicas de autores não cristãos que têm ritmos e mensagens extremamente profundas a respeito das grandezas das coisas criadas por Deus.
Sendo assim, vamos separar as coisas:
1 – Quando se trata do culto e do ministério, Deus não nos permite fazer o que bem entendemos, como usar instrumentos musicais, cantores celebridades e coisas parecidas. No Novo Testamento, quando se trata de culto e ministério, esse tipo de entretenimento não é permitido na congregação. Em outro capítulo, onde falamos sobre a Igreja e seu funcionamento, deixamos bem claro a forma estabelecida por Deus para ser adorado nas reuniões entre os santos.
2 – Fora do culto e das reuniões de ensino e disciplina da Palavra, podemos nos espelhar nos judeus como forma de glorificar a Deus por meio da alegria da música pura e sem mácula. Deus criou a música para Seu louvor e também para que O glorifiquemos nisso. Nas celebrações fora do culto, que vemos na Bíblia, sempre tinham músicas.
À parte da reunião dos crentes para adoração e ministério, bem como dos princípios que regulam o culto, a música pode servir para:
- Se acalmar (1 Samuel 16.23);
- Celebrar eventos importantes (Êxodo 15.20-21);
- Se ligar com o espiritual (2 Reis 3.15).
Finalmente, para lidarmos com essas decisões diárias sobre o que trazemos para dentro de nós e o que rejeitamos, fica a seguinte passagem:
“Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5.21-22).
POR QUE OS INSTRUMENTOS MUSICAIS NÃO SÃO PERMITIDOS NO CULTO A DEUS?
Para falar sobre este ponto, gostaria de citar algumas das palavras de Bruce Anstey em seu livro “A Ordem de Deus”. Bruce Anstey comenta que “os sacrifícios cristãos não são literais e exteriores como no judaísmo, mas sim "sacrifícios espirituais" (1 Pe 2:5; Hb 13:15; Jo 4:23; Fp 3:3). Já que o cristão adora "em espírito e em verdade", ele poderia sentar-se em uma cadeira sem se movimentar, e mesmo assim poderia ser produzido em seu espírito um verdadeiro louvor e adoração a Deus por meio do Espírito Santo que habita nele. Esta é a verdadeira adoração celestial. O cristão não necessita de uma orquestra ou de um coro para extrair adoração de seu coração, como era o caso de Israel no judaísmo.
Adorar com o auxílio de instrumentos musicais é adorar da forma judaica. Misturar o conhecimento e a revelação inerentes ao cristianismo com a ordem judaica de adoração (a qual é essencialmente o que a maioria das assim chamadas "igrejas" fazem) não é cristianismo autêntico. No céu não haverá necessidade de um auxílio mecânico e exterior à adoração a Deus, e os cristãos tampouco precisam deles agora, pois já estão adorando a Deus do modo celestial.
Por esta razão não encontramos no livro de Atos ou nas epístolas qualquer referência de cristãos adorando ao Senhor usando instrumentos musicais. Não existe uma menção sequer nas epístolas do Novo Testamento de uma adoração cristã auxiliada por instrumentos musicais. Os únicos dois instrumentos que os cristãos têm para adorar a Deus são o "coração" (Cl 3:16; Ef 5:19) e os "lábios" (Hb 13:15). No cristianismo tudo o que encontramos é "cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef 5:19; Cl 3:16). Somos instruídos a oferecer "sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome" (Hb 13:15). Mesmo assim, a distinção entre a adoração cristã e o judaísmo tem sido ignorada nas denominações. Bandas e até grandes orquestras passaram a fazer parte integral dos "cultos de adoração" de nossos dias. Isso é chamado de "ministério de música", mas o objetivo parece ser mais voltado ao entretenimento da audiência do que ao ministério [Não existe “Ministério de Música” na Bíblia].
Não somente inexiste qualquer direção na Palavra de Deus para os cristãos adorarem dessa maneira, como a própria história mostra que a música instrumental não teve virtualmente qualquer parte no cristianismo durante os primeiros 1.400 anos! (Há uma total ausência de música instrumental na igreja nos primeiros 700 anos, seguidos de uma ferrenha oposição a ela durante os próximos 700 anos). Foi somente nos últimos séculos que a música instrumental passou a ser aceita e usada na adoração e na atividade evangelística. A questão é: Se o chamado "ministério de música" é tão importante para a vida da assembleia, como a igreja hoje a considera, por que o apóstolo Paulo não exortou as assembleias às quais escreveu a adotarem um "ministério de música" em suas reuniões? E por que não existe qualquer menção disso no Novo Testamento? Cremos que o uso de instrumentos musicais na adoração – além de muitas outras coisas inventadas pelo homem que acabaram sendo introduzidas – é uma evidência do distanciamento que as Escrituras nos alertam que ocorreria com a igreja. À medida que as coisas no testemunho cristão foram se afastando da ordem dada por Deus, a música instrumental foi pouco a pouco conquistando um lugar (porém não sem oposição), até acabar sendo aceita como normal para a adoração cristã. Ela pode ter sido até introduzida com boas intenções, mas mesmo assim não tem lugar na adoração cristã.
Não queremos com isso dizer que o cristão não possa tocar música instrumental, mas apenas que ela não tem lugar na adoração cristã. J. N. Darby escreveu: "Se eu puder fazer um pobre pai enfermo dormir com música, tocarei a música mais bela que puder encontrar; mas ela irá estragar qualquer adoração ao introduzir o prazer dos sentidos naquilo que deveria ser fruto do poder do Espírito de Deus" (Bruce Anstey – “A Ordem de Deus – pág. 81-84).
Continua em: Fumar é pecado?
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É evidente que não são todas as músicas que nos convém ouvir, mas de nenhuma forma a Bíblia nos proíbe de ouvir músicas que não se enquadrem em um padrão criado por homens que classificaram certas músicas como sacras ou gospel e outras como “não sagradas” e profanas.
Temos inteira liberdade para ouvir músicas que não contrariam as verdades da Palavra de Deus. Elas certamente podem ser ouvidas sem problema. Na Bíblia é dito que os judeus não somente louvavam ao Senhor, como também cantavam e dançavam respeitosamente as canções oriundas da nação de Israel.
Como já fora tratado neste livro, no culto a Deus não é permitido instrumentos musicais, nem danças, nem qualquer representação não estabelecida por Ele mesmo para culto e ministério. Em contraste, para os judeus o corpo físico e a demonstração externa de adoração era extremamente importante, e estava intimamente ligado à religião. No Antigo Testamento, a dança era uma manifestação de adoração a Deus e comumente utilizada após vitórias militares e durante celebrações ou festividades. Partindo-se do princípio que Jesus era judeu e sua pregação estava fortemente ligada aos princípios designados a Israel, logicamente que Ele também participava de todas as cerimônias judaicas.
O que devemos saber também é que não somente as letras das músicas que ouvimos devem ser analisadas minuciosamente, como também seus ritmos, visto que existem ritmos que incitam naturalmente à sensualidade e devem ser evitados e até mesmo abominados, como no caso do “funk brasileiro”, “axé”, etc. Se uma música possui uma letra digna de aceitação por parte da Palavra de Deus, mas seu ritmo leva pessoas em direção ao pecado, é o mesmo que ouvir músicas com letras satânicas. Da mesma forma, se o ritmo não te leva ao pecado, mas a letra é profana e pecaminosa, dá no mesmo. Isso é pecado e ponto.
Assim como devemos analisar tudo sob a autoridade máxima das Escrituras Sagradas, com a música não é diferente. Todo cristão deve aprender a ser seletivo com relação a tudo em sua vida, e não somente à música, separando o que não é de Deus daquilo que não é de Deus.
Não se trata somente de música. A regra serve para todo tipo de arte (livros, filmes, peças, televisão e também músicas ditas “gospel”). Existem muitas coisas que prejudicam a nossa vida espiritual e que não nos edificam. Essas coisas devem ser rejeitadas para nossa saúde espiritual, seja música, seja filme, seja programa de TV ou outra qualquer coisa.
Existem músicas chamadas “músicas do mundo” que são lindas e puras e que não se enquadram no rótulo “gospel” ou evangélica”, pois o que existe de profanação no denominacionalismo evangélico hoje não se pode contar nos dedos. Há muitas músicas seculares que falam da natureza, do amor, do romance entre casais casados, dos vários sentimentos da nossa alma, da sociedade e de muitas outras coisas boas e dignas. Não há pecado algum em ouvi-las.
A Bíblia diz: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.8). Isso significa que é mais do que justo e normativo que busquemos pensar e fazer coisas que nos façam sentir bem durante a nossa peregrinação na terra. Ora, é a própria Bíblia quem nos diz isso.
Uma coisa que devemos notar é que vários dos poemas bíblicos não falam diretamente sobre Deus, mas contém sabedoria e poesia inspiradoras que, no fim, acabam apontando para a grandeza de Deus. Não há pecado em trazê-las para dentro de nossos ouvidos.
Paulo ensina que o tipo de separação que os ignorantes fazem entre coisas puras e impuras nem sempre é correta quando é feita fora do que a Palavra de Deus ensina: “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tito 1.15).
MÚSICAS “GOSPEL” QUE SÃO PIORES QUE “MÚSICAS DO MUNDO”
As músicas ditas “evangélicas” ou até mesmo “cristãs”, incluindo aquelas que os religiosos erroneamente chamam de “louvor”, precisam sempre passar por uma análise criteriosa, pois muitas delas são de conteúdo profano e antibíblico, com letras totalmente contrárias aos princípios da Palavra de Deus. Devemos tomar muito cuidado, especialmente com essas, visto que muita música “gospel” causa prejuízo à vida espiritual e ensinam heresias de perdição. Esse tipo de música deve ser rejeitado em todo o seu conteúdo. Ao mesmo tempo, existem músicas de autores não cristãos que têm ritmos e mensagens extremamente profundas a respeito das grandezas das coisas criadas por Deus.
Sendo assim, vamos separar as coisas:
1 – Quando se trata do culto e do ministério, Deus não nos permite fazer o que bem entendemos, como usar instrumentos musicais, cantores celebridades e coisas parecidas. No Novo Testamento, quando se trata de culto e ministério, esse tipo de entretenimento não é permitido na congregação. Em outro capítulo, onde falamos sobre a Igreja e seu funcionamento, deixamos bem claro a forma estabelecida por Deus para ser adorado nas reuniões entre os santos.
2 – Fora do culto e das reuniões de ensino e disciplina da Palavra, podemos nos espelhar nos judeus como forma de glorificar a Deus por meio da alegria da música pura e sem mácula. Deus criou a música para Seu louvor e também para que O glorifiquemos nisso. Nas celebrações fora do culto, que vemos na Bíblia, sempre tinham músicas.
À parte da reunião dos crentes para adoração e ministério, bem como dos princípios que regulam o culto, a música pode servir para:
- Se acalmar (1 Samuel 16.23);
- Celebrar eventos importantes (Êxodo 15.20-21);
- Se ligar com o espiritual (2 Reis 3.15).
Finalmente, para lidarmos com essas decisões diárias sobre o que trazemos para dentro de nós e o que rejeitamos, fica a seguinte passagem:
“Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5.21-22).
POR QUE OS INSTRUMENTOS MUSICAIS NÃO SÃO PERMITIDOS NO CULTO A DEUS?
Para falar sobre este ponto, gostaria de citar algumas das palavras de Bruce Anstey em seu livro “A Ordem de Deus”. Bruce Anstey comenta que “os sacrifícios cristãos não são literais e exteriores como no judaísmo, mas sim "sacrifícios espirituais" (1 Pe 2:5; Hb 13:15; Jo 4:23; Fp 3:3). Já que o cristão adora "em espírito e em verdade", ele poderia sentar-se em uma cadeira sem se movimentar, e mesmo assim poderia ser produzido em seu espírito um verdadeiro louvor e adoração a Deus por meio do Espírito Santo que habita nele. Esta é a verdadeira adoração celestial. O cristão não necessita de uma orquestra ou de um coro para extrair adoração de seu coração, como era o caso de Israel no judaísmo.
Adorar com o auxílio de instrumentos musicais é adorar da forma judaica. Misturar o conhecimento e a revelação inerentes ao cristianismo com a ordem judaica de adoração (a qual é essencialmente o que a maioria das assim chamadas "igrejas" fazem) não é cristianismo autêntico. No céu não haverá necessidade de um auxílio mecânico e exterior à adoração a Deus, e os cristãos tampouco precisam deles agora, pois já estão adorando a Deus do modo celestial.
Por esta razão não encontramos no livro de Atos ou nas epístolas qualquer referência de cristãos adorando ao Senhor usando instrumentos musicais. Não existe uma menção sequer nas epístolas do Novo Testamento de uma adoração cristã auxiliada por instrumentos musicais. Os únicos dois instrumentos que os cristãos têm para adorar a Deus são o "coração" (Cl 3:16; Ef 5:19) e os "lábios" (Hb 13:15). No cristianismo tudo o que encontramos é "cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef 5:19; Cl 3:16). Somos instruídos a oferecer "sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome" (Hb 13:15). Mesmo assim, a distinção entre a adoração cristã e o judaísmo tem sido ignorada nas denominações. Bandas e até grandes orquestras passaram a fazer parte integral dos "cultos de adoração" de nossos dias. Isso é chamado de "ministério de música", mas o objetivo parece ser mais voltado ao entretenimento da audiência do que ao ministério [Não existe “Ministério de Música” na Bíblia].
Não somente inexiste qualquer direção na Palavra de Deus para os cristãos adorarem dessa maneira, como a própria história mostra que a música instrumental não teve virtualmente qualquer parte no cristianismo durante os primeiros 1.400 anos! (Há uma total ausência de música instrumental na igreja nos primeiros 700 anos, seguidos de uma ferrenha oposição a ela durante os próximos 700 anos). Foi somente nos últimos séculos que a música instrumental passou a ser aceita e usada na adoração e na atividade evangelística. A questão é: Se o chamado "ministério de música" é tão importante para a vida da assembleia, como a igreja hoje a considera, por que o apóstolo Paulo não exortou as assembleias às quais escreveu a adotarem um "ministério de música" em suas reuniões? E por que não existe qualquer menção disso no Novo Testamento? Cremos que o uso de instrumentos musicais na adoração – além de muitas outras coisas inventadas pelo homem que acabaram sendo introduzidas – é uma evidência do distanciamento que as Escrituras nos alertam que ocorreria com a igreja. À medida que as coisas no testemunho cristão foram se afastando da ordem dada por Deus, a música instrumental foi pouco a pouco conquistando um lugar (porém não sem oposição), até acabar sendo aceita como normal para a adoração cristã. Ela pode ter sido até introduzida com boas intenções, mas mesmo assim não tem lugar na adoração cristã.
Não queremos com isso dizer que o cristão não possa tocar música instrumental, mas apenas que ela não tem lugar na adoração cristã. J. N. Darby escreveu: "Se eu puder fazer um pobre pai enfermo dormir com música, tocarei a música mais bela que puder encontrar; mas ela irá estragar qualquer adoração ao introduzir o prazer dos sentidos naquilo que deveria ser fruto do poder do Espírito de Deus" (Bruce Anstey – “A Ordem de Deus – pág. 81-84).
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sexta-feira, 29 de novembro de 2019
A divisão correta dos dez mandamentos
Em Êxodo 20 encontramos os dez mandamentos do
Pentateuco: Os cinco primeiros estão relacionados à responsabilidade para com
Deus e os cinco últimos para com o próximo. Todavia, muitos “estudiosos”
costumam entender apenas os quatro primeiros mandamentos como se esses se
referissem à responsabilidade do homem para com Deus, fazendo dos seis últimos
um compêndio de leis relacionado à responsabilidade para com o próximo.
A nível de introdução, vamos resumir os Dez Mandamentos de Êxodo 20 para que tenhamos uma visão melhor:
1. Não ter outros deuses.
2. Não fazer ou adorar ídolos.
3. Não dizer o nome de Deus em vão.
4. Guardar o sétimo dia (essa lei é de cunho cerimonial e restrita aos judeus).
5. Honrar pai e mãe.
6. Não assassinar.
7. Não adulterar.
8. Não furtar.
9. Não mentir.
10. Não cobiçar*.
Nota*: No catecismo católico romano, o último mandamento foi dividido em dois: 9 - "não cobiçar a mulher do próximo" e 10 - "não cobiçar as coisas alheias". A intenção da seita é fazer com que a contagem dos mandamentos continue sendo “Dez” após a extração do segundo mandamento que fala de imagens. Essa versão foi aceita sem contestação durante os séculos em que o catolicismo romano proibia a leitura da Bíblia, impedindo as pessoas de irem conferir o que dizia o texto original das Escrituras.
A divisão correta dos dez mandamentos fica mais fácil de se entender se considerarmos que os cinco primeiros mandamentos são de responsabilidade vertical, enquanto os cinco últimos são de responsabilidade horizontal. Ou seja, os cinco primeiros correspondem à responsabilidade do homem para com quem está acima dele, o que se enquadra melhor ao verbo "honrar". Desta maneira você inclui toda uma cadeia de comando que chega até Deus. Já os cinco últimos mandamentos estão associados ao relacionamento com as pessoas, independente do grau de parentesco.
O quinto mandamento não nos fala exatamente de como devemos tratar as pessoas, mas está predominantemente ligado ao ato de reconhecer uma autoridade (alguém acima de nós, como é requerido nos quatro primeiros). Por esta razão que “honrar pai e mãe” não depende de quem seja o pai e a mãe ou de como eles se comportam.
Há quem alegue que este mandamento não deve ser obedecido quando se trata de pais que maltratam os filhos ou abusam dos mesmos. Porém, isso é um engano. Se aplicarmos o mesmo raciocínio ao lidar com os textos que falam das outras autoridades, a obediência e honra às potestades superiores ficará a nosso critério, fazendo com que essas autoridades estejam submissas ao juízo que fazemos delas. Todavia, a Bíblia é consistente quanto à subordinação às autoridades postas por Deus no mundo. Considere o que escreveu o apóstolo Paulo:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Romanos 13.1-2).
Quando nos lembramos do fato de que quem escreveu isso estava sob o domínio de Nero, conseguimos entender que obviamente o apóstolo da graça não estava falando que deveríamos estar sujeitos apenas às autoridades politicamente corretas. Foi exatamente assim no caso de Daniel e seus amigos quando debaixo da autoridade de Nabucodonosor. Foi também o caso de Davi, que mesmo sabendo que seria o rei sucessor de Saul não ousou feri-lo. Por que? Porque Davi o reconheceu como rei. Foi o caso do Senhor Jesus, que se sujeitou como ovelha muda nas mãos de seus algozes. Pôncio Pilatos disse a Jesus que tinha poder para soltá-lo se Ele dissesse qualquer coisa a seu favor. Mas, qual foi a resposta de Jesus a ele? “Nenhuma autoridade terias sobre mim se não tivesse sido dado do alto” (Jo 19.11). Jesus estava sendo claramente injustiçado por uma autoridade que podia livrá-lo com apenas uma defesa de Jesus. Mas a atitude de Jesus foi se submeter a essa autoridade e sofrer o dano da injustiça.
Existe apenas uma exceção que devemos ter em mente: A sujeição às autoridades não implica fazer aquilo que contraria a vontade de Deus em Seus preceitos. Quando qualquer lei contrária à Palavra de Deus é estabelecida pelos homens, temos o dever de desobedecê-la em prol da sujeição à autoridade máxima, que é Deus. Se uma autoridade tenta exigir que eu mate inocentes, como cristão eu devo me negar a fazê-lo, pois a honra e a sujeição a Deus estão acima da sujeição aos homens. É muito importante entender isso.
Portanto, devemos reconhecer que o quinto mandamento tem muito mais a ver com os quatro primeiros do que com os cinco últimos que condenam o pecado do assassinato, do adultério, do furto, da mentira e da cobiça. Esses cinco últimos não possuem qualquer relação com a obediência, honra ou sujeição à autoridades superiores, que é o que vemos nos primeiros cinco mandamentos. Por isso há mais sensatez em que os dez mandamentos de Êxodo 20 sejam divididos em 5 e 5, sendo os primeiros relacionados a Deus (fonte de toda autoridade) e os últimos relacionados ao próximo.
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1. Não ter outros deuses.
2. Não fazer ou adorar ídolos.
3. Não dizer o nome de Deus em vão.
4. Guardar o sétimo dia (essa lei é de cunho cerimonial e restrita aos judeus).
5. Honrar pai e mãe.
6. Não assassinar.
7. Não adulterar.
8. Não furtar.
9. Não mentir.
10. Não cobiçar*.
Nota*: No catecismo católico romano, o último mandamento foi dividido em dois: 9 - "não cobiçar a mulher do próximo" e 10 - "não cobiçar as coisas alheias". A intenção da seita é fazer com que a contagem dos mandamentos continue sendo “Dez” após a extração do segundo mandamento que fala de imagens. Essa versão foi aceita sem contestação durante os séculos em que o catolicismo romano proibia a leitura da Bíblia, impedindo as pessoas de irem conferir o que dizia o texto original das Escrituras.
A divisão correta dos dez mandamentos fica mais fácil de se entender se considerarmos que os cinco primeiros mandamentos são de responsabilidade vertical, enquanto os cinco últimos são de responsabilidade horizontal. Ou seja, os cinco primeiros correspondem à responsabilidade do homem para com quem está acima dele, o que se enquadra melhor ao verbo "honrar". Desta maneira você inclui toda uma cadeia de comando que chega até Deus. Já os cinco últimos mandamentos estão associados ao relacionamento com as pessoas, independente do grau de parentesco.
O quinto mandamento não nos fala exatamente de como devemos tratar as pessoas, mas está predominantemente ligado ao ato de reconhecer uma autoridade (alguém acima de nós, como é requerido nos quatro primeiros). Por esta razão que “honrar pai e mãe” não depende de quem seja o pai e a mãe ou de como eles se comportam.
Há quem alegue que este mandamento não deve ser obedecido quando se trata de pais que maltratam os filhos ou abusam dos mesmos. Porém, isso é um engano. Se aplicarmos o mesmo raciocínio ao lidar com os textos que falam das outras autoridades, a obediência e honra às potestades superiores ficará a nosso critério, fazendo com que essas autoridades estejam submissas ao juízo que fazemos delas. Todavia, a Bíblia é consistente quanto à subordinação às autoridades postas por Deus no mundo. Considere o que escreveu o apóstolo Paulo:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade, resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação” (Romanos 13.1-2).
Quando nos lembramos do fato de que quem escreveu isso estava sob o domínio de Nero, conseguimos entender que obviamente o apóstolo da graça não estava falando que deveríamos estar sujeitos apenas às autoridades politicamente corretas. Foi exatamente assim no caso de Daniel e seus amigos quando debaixo da autoridade de Nabucodonosor. Foi também o caso de Davi, que mesmo sabendo que seria o rei sucessor de Saul não ousou feri-lo. Por que? Porque Davi o reconheceu como rei. Foi o caso do Senhor Jesus, que se sujeitou como ovelha muda nas mãos de seus algozes. Pôncio Pilatos disse a Jesus que tinha poder para soltá-lo se Ele dissesse qualquer coisa a seu favor. Mas, qual foi a resposta de Jesus a ele? “Nenhuma autoridade terias sobre mim se não tivesse sido dado do alto” (Jo 19.11). Jesus estava sendo claramente injustiçado por uma autoridade que podia livrá-lo com apenas uma defesa de Jesus. Mas a atitude de Jesus foi se submeter a essa autoridade e sofrer o dano da injustiça.
Existe apenas uma exceção que devemos ter em mente: A sujeição às autoridades não implica fazer aquilo que contraria a vontade de Deus em Seus preceitos. Quando qualquer lei contrária à Palavra de Deus é estabelecida pelos homens, temos o dever de desobedecê-la em prol da sujeição à autoridade máxima, que é Deus. Se uma autoridade tenta exigir que eu mate inocentes, como cristão eu devo me negar a fazê-lo, pois a honra e a sujeição a Deus estão acima da sujeição aos homens. É muito importante entender isso.
Portanto, devemos reconhecer que o quinto mandamento tem muito mais a ver com os quatro primeiros do que com os cinco últimos que condenam o pecado do assassinato, do adultério, do furto, da mentira e da cobiça. Esses cinco últimos não possuem qualquer relação com a obediência, honra ou sujeição à autoridades superiores, que é o que vemos nos primeiros cinco mandamentos. Por isso há mais sensatez em que os dez mandamentos de Êxodo 20 sejam divididos em 5 e 5, sendo os primeiros relacionados a Deus (fonte de toda autoridade) e os últimos relacionados ao próximo.
Continua em: Posso ouvir “músicas do mundo”?
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A Trindade
Com
o surgimento de seitas anticristãs, tais como as Testemunhas de Jeová, os
Espíritas e os Mórmons, incluindo todas as seitas pentecostais conhecidas como
“igreja evangélica”, juntamente com teorias conspiratórias, tais como aquelas
que dizem que a Bíblia foi alterada, que os “Illuminatis” dominam o mundo e que
o Anticristo é o fulano de tal, etc., muitas pessoas têm ficado
confusas e até mesmo céticas diante de questões simples das Escrituras
Sagradas. As pessoas estão tão envolvidas com os enganos promovidos por esses
sites e vídeos de “especialistas no mal” que acabam abandonando a fé e
simplesmente se tornam inimigas da verdade do evangelho. Embora seus “tutores”
conspiracionistas digam que agora elas possuem uma “verdade oculta” aos crentes
da Igreja de Deus, na verdade elas abandonaram a única verdade que leva à
salvação – a Palavra de Deus. Sendo assim, este artigo visa responder, sob
a base da Escritura, se uma pessoa precisa ou não crer na Trindade para ser
salva.
O Trinitarianismo é o ensino contido na Bíblia de que Deus é um Ser triuno. Isto é, Deus tem Se revelado em Sua Palavra por meio de três pessoas igualmente eternas, e essas três Pessoas são, ao mesmo tempo, UM. Ou seja, não se trata de “três deuses”, mas de um Deus que coexiste em três pessoas divinamente distintas. Deus não se revela de “três modos”, como acreditam alguns, mas Ele se revela por meio de três pessoas divinas. É fundamental que saibamos que só existe UM Deus. A Trindade não é um conjunto de três deuses. As Escrituras são claras em dizer que só existe UM Deus.
A PALAVRA “TRINDADE”
A palavra “Trindade” não aparece na Bíblia. Esse termo foi elaborado para dar nome ao conceito bíblico irrefutável de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Um mesmo Deus. Sabemos que há só um Deus (Is 44.6). Não existe outro deus além dEle. Como já fora dito anteriormente, esse Deus se manifesta por meio de três pessoas:
O Pai –– O Deus Pai é a origem de todas as coisas. Todos os Seus eternos decretos estão expressos na Pessoa do Pai (Mc 13.32). Sua soberania, bondade, ira, santidade e juízo sobre todo o mundo são conceitos expressos com detalhes descritivos em toda a Escritura.
O Filho –– O Filho é a manifestação visível de Deus: Jesus Cristo. Jesus é Deus em forma humana, o qual conseguimos ver e compreender (Jo 1.14). Por meio de Jesus Cristo, Deus trouxe a salvação aos Seus escolhidos somente (Rm 8.30). Jesus é o único acesso ao Pai (1Tm 2.5-6) e somente Ele, por meio de Seu sacrifício na cruz, cobre os pecados dos eleitos de Deus (Jo 15.16; 17.9).
O Espírito Santo –– O Espirito Santo é o Espírito de Deus agindo em nós. Deus passa a fazer morada em nosso espírito por meio do Seu Espírito Santo (Mc 1.8; Jo 3.5; 1Co 2.11-12). O Espírito Santo veio ao mundo para habitar nos santos espalhados no mundo, a fim de glorificar a Cristo. É o Espírito Santo que nos faz entender os ensinamentos de Cristo. É o Espírito Santo que nos leva a seguir os caminhos de Cristo. É o Espírito Santo que nos capacita a ser como Cristo, e somente Ele, o Espírito Santo, nos convence de toda a Verdade revelada na Palavra, que é Cristo (Jo 16.13). Sendo assim, o papel do Espírito Santo na Igreja jamais é o de enaltecer a si mesmo ou falar de si mesmo, mas o de enaltecer a Cristo, falar da pessoa de Cristo e esclarecer tudo quanto Cristo nos ensinou.
A TRINDADE EM POUCAS PALAVRAS
Jesus é Deus, assim como o Pai é Deus e o Espírito Santo é Deus. Não há como entender isso com a nossa mente, mas apenas crer por meio da fé operada pelo Espírito Santo (Ef 2.8-9). A Trindade pode ser vista logo no início da criação do mundo:
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gênesis 1.26).
Perceba a conjugação “Façamos” e “nossa”. Tanto o Pai como o Filho e o Espírito Santo estavam ali presentes no momento da criação. Tudo foi criado por Deus, e, tudo foi criado pelas três pessoas que compõem esse Deus – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O PAI É DEUS
“EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3.14).
“Quem poderá falar e fazer acontecer, se o SENHOR não o tiver decretado? Porventura não é da boca do Altíssimo que sai tanto o bem como o mal?” (Lamentações 3.37-38).
“Vede agora que Eu, Eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; Eu mato, e Eu faço viver; Eu firo, e Eu saro, e ninguém há que escape da minha mão” (Deuteronômio 32.39).
“Ainda antes que houvesse dia, Eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo Eu, quem o impedirá?” (Isaías 43.13).
"Eu formo a luz, e crio as trevas; Eu faço a paz, e crio o mal; Eu, o Senhor, faço todas estas coisas" (Isaías 45.7).
"Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2:13).
"O Senhor fez todas as coisas para atender aos Seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal" (Provérbios 16.4).
"Bendito O DEUS E PAI de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual NOS ABENÇOOU com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também NOS ELEGEU nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E NOS PREDESTINOU para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem TEMOS A REDENÇÃO pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; DESCOBRINDO-NOS O MISTÉRIO DA SUA VONTADE, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; nele, digo, em quem também FOMOS FEITOS HERANÇA, havendo sido PREDESTINADOS, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo O CONSELHO DA SUA VONTADE; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; em quem também vós estais, depois que OUVISTES a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também CRIDO, FOSTES SELADOS COM O ESPÍRITO SANTO DA PROMESSA. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória" (Efésios 1.3-14).
JESUS CRISTO É DEUS
"Eu e o Pai somos UM" (João 10.30).
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 João 5.20).
"NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1.1).
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.14).
"O QUE era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida" (1 João 1.1).
“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2.13).
“Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8,9).
“E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados” (João 8.23,24).
“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.28).
O ESPÍRITO SANTO É DEUS
O Espírito Santo é uma Pessoa divina que pensa, sente, sofre, fala, etc.
"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são UM" (1 João 5.7).
"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13.2).
"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção" (Efésios 4.30).
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3.5,6).
“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (João 15.26).
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade” (Gálatas 5.22).
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14.26).
“Ele vos batizará com o Espírito Santo” (Mateus 3.11).
Inclusive, vemos na Bíblia o Espírito Santo conduzindo Jesus ao deserto para ser tentado por satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1).
Há muitas outras referências ao Espírito Santo na Bíblia (Ef 5.18; Rm 14.17; At 2.38; Lc 4.18; Jo 14.16-26; 2Co 1.22; Hb 9.14; Jo 3.5-7; Sl 51.11; Mt 10.19,20; etc).
COMO ORAR A UM DEUS TRINO?
A oração do santo é sempre teocêntrica. Devemos derramar nossos corações diante do Pai suplicando somente por meio do santo nome de Cristo, que é a única intercessão entre Deus e os homens (1Tm 2.5-6). A Bíblia diz que por nós mesmos não sabemos orar, mas que, ao nos entregarmos à oração por meio da intercessão de Cristo, o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26), e é nisto que descansamos com confiança. Devemos, sobretudo, reconhecer que a verdadeira oração é um dom do Pai e não do homem. Ele, o SENHOR, outorga a oração por meio do Filho e opera-a em nós através do Seu Espírito Santo. O Espírito Santo, por sua vez, eleva esta mesma oração de volta ao Filho, Jesus Cristo, o qual a santifica e a apresenta aceitável ao Pai. A oração é uma cadeia teocêntrica — movendo-se do Pai, por meio do Filho, mediante o Espírito Santo, que a envia de volta ao Filho para que chegue até o Pai.
A IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO GRAMATICAL
Interpretar uma passagem gramaticalmente requer que sigamos as regras gramaticais exigidas pelo texto sagrado e que reconheçamos as nuances do hebraico e grego. Por exemplo, quando Paulo escreve sobre "nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" em Tito 2.13, as regras gramaticais atestam categoricamente que “Deus” e “Salvador” são termos paralelos e ambos conectados a Jesus Cristo. Em outras palavras, Paulo claramente aponta Jesus como "nosso grande Deus”.
A Palavra de Deus não deixa espaço para dúvidas. O Deus da Palavra não é um Deus de confusão e nunca traz confusão para nossa mente (1Co 14.33). Há um só Deus que coexiste em três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo. É aqui que a mente humana estaciona. Nós, a Igreja de Deus, mesmo com todos os nossos limites, devemos crer na Trindade por temor a Deus. Se pudéssemos compreender a DEUS em Sua plenitude, Ele não seria Deus.
“TENHO QUE CRER NA TRINDADE PARA SER SALVO?”
A resposta é Sim. A divindade de Cristo é de uma importância crucial na soteriologia (doutrina da salvação). Muitas pessoas hoje, se dizendo “cristãs”, não creem que Jesus seja Deus. Isso é algo sério demais e que deve ser tratado com severidade. Se Jesus não fosse Deus, Sua morte não poderia ter pagado a penalidade infinita do pecado. Sua morte teria sido vã e Seu sacrifício absolutamente nulo. No entanto, somente Deus é infinito. Ele não teve começo nem fim. Todas as criaturas nos céus, na terra e nas águas debaixo da terra, incluindo os anjos, são finitos – eles foram criados por Deus. Somente a morte de um Ser infinito poderia quitar a dívida dos nossos pecados por toda a eternidade. A Bíblia nos ensina que Jesus é o Salvador, o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Todo e qualquer posicionamento não-bíblico da divindade de Cristo desemboca inevitavelmente em uma heresia grave sobre a obra da salvação.
Uma das marcas patentes das seitas “cristãs” que negam a divindade de Cristo é o ensino herético de que o homem necessita adicionar suas “obras” ao sacrifício vicário de Cristo para que as pessoas possam se converter e ser salvas. Porém, o que lhes restará, senão que suas vãs filosofias que com astúcia espalham virem fumaça ao refutarmos suas cavilações sob a base da Palavra de Deus?
Em suma, a fé cristã consiste em adorar a um único Deus em Trindade, e a Trindade em Unidade. Não se deve confundir as Pessoas que compõem a Trindade, nem dividir a Sua essência. A Pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Todavia no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma Divindade, igual em glória e co-eterna majestade.
Não se pode compreender a Trindade intelectualmente, nem mesmo entendê-la de forma exaustiva, pois não nos foi dado entendimento para isso. Deus simplesmente ordena que creiamos e confiemos em Jesus Cristo como Deus encarnado e Salvador daqueles que Deus predestinou para a salvação. Tentar entender a Trindade custará a sua sanidade mental. Negá-la custará a sua alma.
Continua em: Jesus Cristo sempre existiu
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O Trinitarianismo é o ensino contido na Bíblia de que Deus é um Ser triuno. Isto é, Deus tem Se revelado em Sua Palavra por meio de três pessoas igualmente eternas, e essas três Pessoas são, ao mesmo tempo, UM. Ou seja, não se trata de “três deuses”, mas de um Deus que coexiste em três pessoas divinamente distintas. Deus não se revela de “três modos”, como acreditam alguns, mas Ele se revela por meio de três pessoas divinas. É fundamental que saibamos que só existe UM Deus. A Trindade não é um conjunto de três deuses. As Escrituras são claras em dizer que só existe UM Deus.
A PALAVRA “TRINDADE”
A palavra “Trindade” não aparece na Bíblia. Esse termo foi elaborado para dar nome ao conceito bíblico irrefutável de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Um mesmo Deus. Sabemos que há só um Deus (Is 44.6). Não existe outro deus além dEle. Como já fora dito anteriormente, esse Deus se manifesta por meio de três pessoas:
O Pai –– O Deus Pai é a origem de todas as coisas. Todos os Seus eternos decretos estão expressos na Pessoa do Pai (Mc 13.32). Sua soberania, bondade, ira, santidade e juízo sobre todo o mundo são conceitos expressos com detalhes descritivos em toda a Escritura.
O Filho –– O Filho é a manifestação visível de Deus: Jesus Cristo. Jesus é Deus em forma humana, o qual conseguimos ver e compreender (Jo 1.14). Por meio de Jesus Cristo, Deus trouxe a salvação aos Seus escolhidos somente (Rm 8.30). Jesus é o único acesso ao Pai (1Tm 2.5-6) e somente Ele, por meio de Seu sacrifício na cruz, cobre os pecados dos eleitos de Deus (Jo 15.16; 17.9).
O Espírito Santo –– O Espirito Santo é o Espírito de Deus agindo em nós. Deus passa a fazer morada em nosso espírito por meio do Seu Espírito Santo (Mc 1.8; Jo 3.5; 1Co 2.11-12). O Espírito Santo veio ao mundo para habitar nos santos espalhados no mundo, a fim de glorificar a Cristo. É o Espírito Santo que nos faz entender os ensinamentos de Cristo. É o Espírito Santo que nos leva a seguir os caminhos de Cristo. É o Espírito Santo que nos capacita a ser como Cristo, e somente Ele, o Espírito Santo, nos convence de toda a Verdade revelada na Palavra, que é Cristo (Jo 16.13). Sendo assim, o papel do Espírito Santo na Igreja jamais é o de enaltecer a si mesmo ou falar de si mesmo, mas o de enaltecer a Cristo, falar da pessoa de Cristo e esclarecer tudo quanto Cristo nos ensinou.
A TRINDADE EM POUCAS PALAVRAS
Jesus é Deus, assim como o Pai é Deus e o Espírito Santo é Deus. Não há como entender isso com a nossa mente, mas apenas crer por meio da fé operada pelo Espírito Santo (Ef 2.8-9). A Trindade pode ser vista logo no início da criação do mundo:
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gênesis 1.26).
Perceba a conjugação “Façamos” e “nossa”. Tanto o Pai como o Filho e o Espírito Santo estavam ali presentes no momento da criação. Tudo foi criado por Deus, e, tudo foi criado pelas três pessoas que compõem esse Deus – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O PAI É DEUS
“EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3.14).
“Quem poderá falar e fazer acontecer, se o SENHOR não o tiver decretado? Porventura não é da boca do Altíssimo que sai tanto o bem como o mal?” (Lamentações 3.37-38).
“Vede agora que Eu, Eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; Eu mato, e Eu faço viver; Eu firo, e Eu saro, e ninguém há que escape da minha mão” (Deuteronômio 32.39).
“Ainda antes que houvesse dia, Eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo Eu, quem o impedirá?” (Isaías 43.13).
"Eu formo a luz, e crio as trevas; Eu faço a paz, e crio o mal; Eu, o Senhor, faço todas estas coisas" (Isaías 45.7).
"Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2:13).
"O Senhor fez todas as coisas para atender aos Seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal" (Provérbios 16.4).
"Bendito O DEUS E PAI de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual NOS ABENÇOOU com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também NOS ELEGEU nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E NOS PREDESTINOU para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem TEMOS A REDENÇÃO pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, que ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência; DESCOBRINDO-NOS O MISTÉRIO DA SUA VONTADE, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; nele, digo, em quem também FOMOS FEITOS HERANÇA, havendo sido PREDESTINADOS, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo O CONSELHO DA SUA VONTADE; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo; em quem também vós estais, depois que OUVISTES a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também CRIDO, FOSTES SELADOS COM O ESPÍRITO SANTO DA PROMESSA. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória" (Efésios 1.3-14).
JESUS CRISTO É DEUS
"Eu e o Pai somos UM" (João 10.30).
"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 João 5.20).
"NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1.1).
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.14).
"O QUE era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida" (1 João 1.1).
“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2.13).
“Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.8,9).
“E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo. Por isso vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados” (João 8.23,24).
“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.28).
O ESPÍRITO SANTO É DEUS
O Espírito Santo é uma Pessoa divina que pensa, sente, sofre, fala, etc.
"Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são UM" (1 João 5.7).
"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13.2).
"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção" (Efésios 4.30).
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3.5,6).
“Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim” (João 15.26).
“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade” (Gálatas 5.22).
“Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14.26).
“Ele vos batizará com o Espírito Santo” (Mateus 3.11).
Inclusive, vemos na Bíblia o Espírito Santo conduzindo Jesus ao deserto para ser tentado por satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus 4.1).
Há muitas outras referências ao Espírito Santo na Bíblia (Ef 5.18; Rm 14.17; At 2.38; Lc 4.18; Jo 14.16-26; 2Co 1.22; Hb 9.14; Jo 3.5-7; Sl 51.11; Mt 10.19,20; etc).
COMO ORAR A UM DEUS TRINO?
A oração do santo é sempre teocêntrica. Devemos derramar nossos corações diante do Pai suplicando somente por meio do santo nome de Cristo, que é a única intercessão entre Deus e os homens (1Tm 2.5-6). A Bíblia diz que por nós mesmos não sabemos orar, mas que, ao nos entregarmos à oração por meio da intercessão de Cristo, o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26), e é nisto que descansamos com confiança. Devemos, sobretudo, reconhecer que a verdadeira oração é um dom do Pai e não do homem. Ele, o SENHOR, outorga a oração por meio do Filho e opera-a em nós através do Seu Espírito Santo. O Espírito Santo, por sua vez, eleva esta mesma oração de volta ao Filho, Jesus Cristo, o qual a santifica e a apresenta aceitável ao Pai. A oração é uma cadeia teocêntrica — movendo-se do Pai, por meio do Filho, mediante o Espírito Santo, que a envia de volta ao Filho para que chegue até o Pai.
A IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO GRAMATICAL
Interpretar uma passagem gramaticalmente requer que sigamos as regras gramaticais exigidas pelo texto sagrado e que reconheçamos as nuances do hebraico e grego. Por exemplo, quando Paulo escreve sobre "nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus" em Tito 2.13, as regras gramaticais atestam categoricamente que “Deus” e “Salvador” são termos paralelos e ambos conectados a Jesus Cristo. Em outras palavras, Paulo claramente aponta Jesus como "nosso grande Deus”.
A Palavra de Deus não deixa espaço para dúvidas. O Deus da Palavra não é um Deus de confusão e nunca traz confusão para nossa mente (1Co 14.33). Há um só Deus que coexiste em três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo. É aqui que a mente humana estaciona. Nós, a Igreja de Deus, mesmo com todos os nossos limites, devemos crer na Trindade por temor a Deus. Se pudéssemos compreender a DEUS em Sua plenitude, Ele não seria Deus.
“TENHO QUE CRER NA TRINDADE PARA SER SALVO?”
A resposta é Sim. A divindade de Cristo é de uma importância crucial na soteriologia (doutrina da salvação). Muitas pessoas hoje, se dizendo “cristãs”, não creem que Jesus seja Deus. Isso é algo sério demais e que deve ser tratado com severidade. Se Jesus não fosse Deus, Sua morte não poderia ter pagado a penalidade infinita do pecado. Sua morte teria sido vã e Seu sacrifício absolutamente nulo. No entanto, somente Deus é infinito. Ele não teve começo nem fim. Todas as criaturas nos céus, na terra e nas águas debaixo da terra, incluindo os anjos, são finitos – eles foram criados por Deus. Somente a morte de um Ser infinito poderia quitar a dívida dos nossos pecados por toda a eternidade. A Bíblia nos ensina que Jesus é o Salvador, o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Todo e qualquer posicionamento não-bíblico da divindade de Cristo desemboca inevitavelmente em uma heresia grave sobre a obra da salvação.
Uma das marcas patentes das seitas “cristãs” que negam a divindade de Cristo é o ensino herético de que o homem necessita adicionar suas “obras” ao sacrifício vicário de Cristo para que as pessoas possam se converter e ser salvas. Porém, o que lhes restará, senão que suas vãs filosofias que com astúcia espalham virem fumaça ao refutarmos suas cavilações sob a base da Palavra de Deus?
Em suma, a fé cristã consiste em adorar a um único Deus em Trindade, e a Trindade em Unidade. Não se deve confundir as Pessoas que compõem a Trindade, nem dividir a Sua essência. A Pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Todavia no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma Divindade, igual em glória e co-eterna majestade.
Não se pode compreender a Trindade intelectualmente, nem mesmo entendê-la de forma exaustiva, pois não nos foi dado entendimento para isso. Deus simplesmente ordena que creiamos e confiemos em Jesus Cristo como Deus encarnado e Salvador daqueles que Deus predestinou para a salvação. Tentar entender a Trindade custará a sua sanidade mental. Negá-la custará a sua alma.
Continua em: Jesus Cristo sempre existiu
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–– Fonte 1: Página JP Padilha
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Bíblia Vs. Catolicismo Romano
Este
artigo é um resumo introdutório que objetiva esclarecer as principais dúvidas
dos católicos romanos que buscam um relacionamento pessoal e correto com Jesus
Cristo. Ao longo dos tempos, muitos desses católicos têm tentado romper os
laços com Roma e seus dogmas, os quais não fazem mais sentido para os que
realmente querem entender a verdade de Deus. Esses indivíduos, aos quais me
dirijo nas próximas linhas, são diferentes daqueles preguiçosos que se rendem
às tradições da instituição católica romana sem raciocinar, sem questionar ou
se opor àquilo que lhes parece contraditório à Bíblia. Diferentemente daqueles
que foram criados e educados debaixo de uma autoridade papal desde pequenos,
essas pessoas têm consciência de que seus folhetos de missa semanais têm pouco
(ou nenhum) amparo das Escrituras. Eles finalmente perceberam que suas
tradições religiosas se diferem amplamente de Cristo e de Sua Palavra (a
Bíblia).
Com relação aos católicos militantes e irrepreensíveis, os quais desprezam o verdadeiro conhecimento da Palavra de Deus em prol de suas tradições papistas, saliento que não precisam participar do que será exposto aqui. Vocês não são obrigados a lerem este artigo, nem a me suportarem em seus espaços virtuais. Sendo assim, sugiro que cliquem no botão "Excluir" ou "Bloquear" e continuem felizes na lama da ignorância religiosa medieval.
O QUE ENSINA A BÍBLIA CATÓLICA?
O livro que tenho em mãos é uma Bíblia católica. Você alguma vez chegou a lê-la? Se ainda não, deveria. Não há diferenças nas passagens bíblicas com relação a qualquer outra Bíblia cristã. O papa Benedito XV disse o seguinte sobre ela:
"A responsabilidade do nosso ofício apostólico nos impele a promover o estudo da Sagrada Escritura, segundo os ensinos de nossos predecessores Leão XII e Pio X. Não devemos jamais desistir de estimular os fieis a lerem diariamente os evangelhos, os Atos e as epístolas, de forma a obter deles o alimento para a alma. Ignorância bíblica produz ignorância a respeito de Cristo".
Concordo com as palavras ditas acima. E é por essa razão que, diante de algumas perguntas importantíssimas, iremos inclinar nossa atenção para a Bíblia em busca de respostas.
1. JESUS DISSE SER PEDRO O FUNDAMENTO DA IGREJA?
Jesus disse, conforme cita a Bíblia: "...tu és Pedro, e sobre esta Rocha edificarei a minha igreja" (Mateus 16.18).
Líderes e fieis católicos costumam ler este versículo e concluir que Jesus está dizendo que Pedro é o fundamento da Igreja. Mas isso é uma heresia. É muito importante saber que Jesus não disse que construiria Sua Igreja tendo a pessoa de Pedro como fundamento. Existem duas palavras-chaves nesse versículo que são diferentes uma da outra: A primeira delas é “Pedra” (grego – Petros); e a segunda é “Rocha” (grego – Petra). O que Jesus diz é "Edificarei a minha Igreja sobre esta Rocha", e não sobre esta “pedra”. Ele mesmo é a Rocha. Jesus jamais disse que edificaria a Sua Igreja sobre Pedro, uma "pedra". O que acontece é que na maioria das traduções bíblicas o manuscrito nos foi apresentado de forma simplória, sem alguns detalhes do grego que precisaríamos em algumas passagens para uma melhor compreensão delas. E é o caso de Mateus 16.18 – na tradução original (grego Koiné) a palavra “pedra” não aparece duas vezes, mas somente na primeira vez, quando Jesus se refere a Pedro. Na segunda vez, Jesus fala sobre si mesmo, a Rocha.
A identificação de Jesus como a Rocha já existia. Porém, os judeus não sabiam disso. Foi Jesus a Rocha que acompanhou os israelitas na peregrinação no deserto: "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra (Petra) era Cristo” (1Co 10.4). Numa tradução mais fiel seria a palavra “Rocha”.
A dificuldade dos leitores surge porque algumas traduções em português usam "pedra" tanto para PETROS como para PETRA. Em 1 Pedro 2.5-8 podemos constatar esse sentido, onde o próprio Pedro chama os cristãos de "pedras" e Jesus de "Rocha": “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a Pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido” (1 Pedro 2.5,6).
A Igreja, portanto, não é edificada sobre Pedro nem sobre seus sucessores, mas sobre o próprio Cristo, a Rocha. Para confirmar isso, basta consultarmos vários outros textos nas epístolas, como por exemplo no caso de 1 Coríntios 3.11: "Ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3.11).
Como vemos, o apóstolo Paulo também nos ensina que Cristo é o Fundamento, a Rocha. Sobre esta Rocha é que a Igreja está edificada (Confira também 1Co 10.4).
2. O SACRIFÍCIO DIÁRIO DA MISSA AINDA É NECESSÁRIO?
Vejamos o que diz a Bíblia, em Hebreus 10.11-12,14 e 18: “Todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados”. Assim, de acordo com a Bíblia, de nada vale oferecer sacrifícios diários, já que o próprio Deus diz que eles “nunca jamais podem remover pecados”.
“Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus (v. 12)...Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados... Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado” (v. 18).
Quão maravilhosa e estupenda é a obra de Jesus! Ele ofereceu “um único sacrifício”. Que “único sacrifício pelos pecados” foi esse? O próprio Jesus! Sim, Ele Se entregou na cruz do Calvário como oferta pelos pecados dos eleitos. Tal sacrifício não pode ser repetido, pois Deus diz que ele vale “para sempre”. Esse “único sacrifício” é suficiente para a “remissão” dos pecados. No verso 18 se conclui: “já não há oferta pelo pecado”. Graças a Deus não há mais necessidade de sacrifício. “Está consumado”, clamou Jesus quando foi suspenso na cruz para a nossa (dos eleitos) redenção. A obra foi acabada, a redenção obtida, a dívida quitada. Sim, Jesus mesmo a pagou completamente.
O sacrifício da missa não é mais necessário. Segundo a própria Bíblia católica (que não foi alterada, exceto pelo acrescentamento dos livros apócrifos – históricos), Jesus realizou o único sacrifício que necessitava ser oferecido. O que se pode acrescentar a um trabalho concluído? Deus mesmo diz que “já não há [mais] oferta pelo pecado”.
Na ceia do Senhor, o pão e o vinho relembram o Seu sacrifício único e suficiente. Trata-se de um memorial ordenado por Jesus aos Seus escolhidos. Não oferecemos Jesus em sacrifício novamente.
3. PODEM MARIA, UM “SACERDOTE” OU OS SANTOS SEREM NOSSOS MEDIADORES DIANTE DE DEUS?
Quando abrimos a Bíblia, lemos: "Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Timóteo 2.5). Portanto, se há apenas um Mediador – pois é isso que Deus diz – não pode haver dois. A Bíblia afirma que há apenas um Mediador e este é Jesus Cristo.
Em 1 João 2.1-2 lemos: "Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados". Quem é, portanto, o nosso Advogado? Maria? Não. Jesus Cristo. Quem é a nossa propiciação? Maria? Não. Jesus Cristo. Vemos que não há nenhuma menção à Maria como intercessora em nenhum lugar das Escrituras.
Em contrapartida, vemos Maria se colocando no mesmo papel que os demais santos de todas as eras, isto é, o de serva do Senhor: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou para a insignificância de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lucas 1.46-48).
Alguém pode alegar que o versículo 48 indica que ela está sendo colocada num status acima dos demais crentes ou no papel de “Senhora de alguém” por ter sido chamada “bem-aventurada”. No entanto, a Bíblia nos ensina que todos aqueles que ouvem a Palavra de Deus e fazem a Sua vontade são igualmente bem-aventurados e até mais do que a própria Maria, como Jesus salienta em Lucas 11.27-28:
“E aconteceu que, dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas Ele disse: ANTES bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lucas 11.27,28).
Quando uma mulher, em meio a multidão, tentou exaltar Maria, Jesus foi rápido em repreendê-la, dizendo: “ANTES bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (vs. 27,28). O termo “bem-aventurado”, usado em várias outras ocasiões por Jesus ao se dirigir a outras pessoas na Bíblia, significa simplesmente “Feliz”. Ser “bem-aventurado” não é privilégio apenas de Maria. Temos outro exemplo no Velho Testamento, onde uma mulher é chamada igualmente “bem-aventurada”. Trata-se de Lia, esposa de Jacó: “Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada” (Gênesis 30.13). E o que dizer do Sermão do Monte? Maria foi bem-aventurada assim como são aqueles tantos mencionados pelo Senhor Jesus Cristo em Mateus 5.
Sendo assim, não se pode inferir um sentido que não existe em Lucas 1.48, pois ali não diz que Maria seria a única bem-aventurada. E mesmo que fosse a única, seria impossível tirar qualquer conclusão de que ela fosse um tipo de intercessora após a morte. Interpretações como essas são aberrativas, e o argumento de que ela seja a única santa com base nesse versículo é extremamente evasivo e antibíblico. O sentido de santo na Bíblia é que todo aquele que é nascido de novo, em Cristo Jesus, é santo (santificado). Na Bíblia, santo não significa “perfeição”, mas “Justificação”.
Pergunto ao leitor: Não seria melhor imitarmos Maria, entregando todo o nosso ser ao Único e Suficiente Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo? Pois essa foi a posição de Maria enquanto esteve viva: O de “serva do Senhor”, e não de “Senhora de alguém”.
4. O QUE É UM SANTO?
Um dos maiores enganos promovidos pela tradição católica em oposição à Bíblia está no significado da palavra "santo". Segundo o que lhes foi ensinado fora da Bíblia, um santo seria aquela pessoa que vive ou viveu uma vida exemplar. Todavia, a Bíblia NUNCA usou o termo “santo” nesse sentido. A Escritura Sagrada usa o termo “santo” para descrever todos os crentes, isto é, todos aqueles que verdadeiramente se converteram a Cristo – até mesmo aqueles em Corinto, que eram notórios por suas divisões e carnalidade (1Co 3.1-4). Os crentes que se encontravam em Corinto estavam associados ao mal moral (1Co 5) e alguns chegaram ao ponto de professar uma má doutrina que atacava os próprios fundamentos do cristianismo (1Co 15). Não existe um grupo de cristãos na Bíblia que estivesse em uma situação mais precária do que os coríntios. Talvez os Gálatas possam ser comparados, mas isso não será discutido agora. Mesmo assim, apesar de todo o fracasso dos coríntios, a Palavra de Deus os chama de "santos" (1Co 1.2)! Sendo assim, percebemos facilmente que a Bíblia aplica à palavra "santo" um sentido totalmente diferente do que as pessoas costumam pensar atualmente.
As pessoas costumam pensar que ser santo é algo mais que ser cristão. Isso é um terrível engano e vai contra o que a Bíblia nos ensina a respeito das duas terminologias. Na verdade, um cristão é algo mais do que um santo! Aqueles que desconhecem a Bíblia podem se escandalizar com esta doutrina porque a maioria das pessoas, pelo menos na América, é considerada cristã, porém, pouquíssimos em todo o mundo são considerados santos. Talvez nenhum destes seja visto assim até chegar ao céu. Não obstante, a Bíblia ensina o contrário: Um cristão é um santo e muito mais do que isso.
Nas palavras de Bruce Anstey, “santo é alguém "santificado". Ser santificado, posicionalmente falando, é ter sido "colocado à parte" ou "separado" por Deus para bênção. Isso acontece quando nascemos de novo. Aqueles que são nascidos de Deus foram colocados à parte ou SEPARADOS da massa da humanidade que caminha rumo à destruição. Todos os crentes desde o início dos tempos são santos. Por isso podemos chamar de "santos" aqueles que viveram nos tempos do Antigo Testamento (Dt 33.3; 1Sm 2.9; 2Cr 6.41 etc.). Todavia, eles não eram cristãos. Apenas os crentes a partir de Pentecostes até o Arrebatamento estão nessa posição diante de Deus. Um "cristão" é alguém que creu "no evangelho da vossa salvação" e, por conseguinte, foi selado com o Espírito, tendo assim sido feito parte da Igreja (Ef 1.13). Ele foi deste modo colocado em uma posição muito mais abençoada (estando ligado a Cristo, a Cabeça da Igreja) do que um santo do Antigo Testamento. O cristão é um santo, mas é muito mais que isso – ele é membro do corpo de Cristo (1Co 12.12-13) e filho de Deus (Rm 8.14-15; Gl 4.5-7; Ef 1.5). Estas são coisas que os santos do Antigo Testamento não eram. (Existe também a santificação prática, que tem a ver com o aperfeiçoamento da santidade na vida do crente – que significa tornar nossa vida praticamente consistente com nossa posição – Jo 17.17; 1Ts 4.3-4; 5.23; Hb12.14; 2Co 7.1)” (Trecho de “A Ordem de Deus” – Bruce Anstey).
5. EXISTE SACERDOTE (OU CLÉRIGO)?
O significado da palavra "sacerdote" é "aquele que faz a oferta" (Hb 5.1; 8.3; 1Pe 2.5). Um sacerdote é alguém que tem o privilégio de entrar na presença de Deus em lugar do povo. No cristianismo, todos nós somos sacerdotes, diferentemente do judaísmo, onde tudo funcionava diferente. Como sacerdotes em Cristo Jesus, exercemos nosso sacerdócio ao oferecer os sacrifícios de louvor a Deus e ao apresentar as petições a Ele em oração (Hb 13.15; 1Jo 5.14-15). Por isso que na Bíblia diz que, a partir do momento em que Jesus nos apresenta o evangelho da graça, todos nós somos sacerdotes, tendo Ele como nosso Sumo Sacerdote para sempre:
Quem são os sacerdotes no cristianismo? “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).
E quem é o nosso Sumo Sacerdote? “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão” (Hebreus 4.14). “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” (Hebreus 7.26).
Todavia, uma das causas da confusão que prevalece na cristandade professa é que, em muitos casos, o sacerdócio é considerado como um direito limitado a uma classe privilegiada de pessoas (os chamados “Padres”, “Pastores”, “Ministros”, etc), sendo que algumas delas nem sequer são salvas!
Por meio de Cristo, nosso Sumo Sacerdote nos céus, todos os cristãos são sacerdotes. O livro de Apocalipse declara que os cristãos são feitos "sacerdotes para Deus" por meio da fé na obra consumada de Cristo na cruz (Ap 1.6; 5.10). A epístola de Pedro confirma isso, dizendo que "vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1Pe 2.5, 9). Além disso, a epístola aos Hebreus exorta todos os cristãos a se aproximarem de Deus além do véu, entrando no santuário ou "santo dos santos" (Hb 10.19-22; 13.15-16).
O fato de dizer que o Senhor é o "Grande Sacerdote" ou "Sumo Sacerdote" implica que existe um grupo de sacerdotes que está abaixo dEle. Ele não presidiria como "grande" ou "sumo" sacerdote se não existissem sacerdotes sob Ele. Pela mesma razão, uma pessoa não seria chamada de líder de algum grupo de pessoas se não existissem pessoas para ele liderar. A exortação em Hebreus 10.19-22 visa encorajar os cristãos a se aproximarem de Deus e desempenharem seus privilégios sacerdotais.
Em cada uma das passagens do Novo Testamento, onde o assunto do sacerdócio é tratado, não há qualquer menção – nem uma sequer – de que apenas alguns dentre os santos sejam sacerdotes. Tampouco existe em qualquer outro lugar do Novo Testamento algo semelhante. Quando o Novo Testamento fala de sacerdócio, ele se refere, sem exceção, a todos os crentes como constituídos com este privilégio. Além do mais, essas passagens não apenas nos falam que todos os cristãos são sacerdotes, como também aprendemos delas que somos sacerdotes com privilégios que vão além daqueles que tinham os sacerdotes do Antigo Testamento.
Um sacerdote no cristianismo pode aproximar-se da própria presença de Deus, no santo dos santos. Esse é um lugar onde nenhum filho de Aarão podia entrar. Até mesmo quando Aarão, o sumo sacerdote em Israel, entrava uma vez por ano além do véu, ele não o fazia com ousadia, como podemos fazer agora. No dia da Expiação (sacrifício de animais) ele entrava ali com medo de morrer, mas nós podemos entrar "em inteira certeza de fé". Além disso, os sacerdotes da linhagem de Aarão prestavam um culto do qual pouco compreendiam. Eles não sabiam por que deviam fazer as coisas que lhes eram ordenadas. Mas nós temos um "culto racional" (Rm 12.1). Podemos desempenhar nossas funções sacerdotais com entendimento de tudo aquilo que fazemos na presença de Deus.
Portanto, considerando que as Escrituras ensinam que todos os cristãos são sacerdotes, e que todos nós temos igual privilégio de desempenhar nosso sacerdócio na presença de Deus, fica claro que não existe a necessidade de um clérigo para fazer isso pelos demais. Nas reuniões de culto, adoração e oração (quando os cristãos exercitam seu sacerdócio), tudo o que precisamos é esperar no Espírito de Deus para que Ele dirija as orações e os louvores dos santos. Se permitirmos que Ele lidere na assembleia, no lugar que Lhe é de direito, Ele irá guiar um irmão aqui e outro ali a expressar de forma audível uma adoração e louvor, como quem fala por toda a assembleia.
Evidentemente entendemos que não somente desempenhamos nosso sacerdócio nas ocasiões em que estamos congregados em uma assembleia. A qualquer momento um cristão pode entrar na própria presença de Deus em oração e adoração e desempenhar seu papel de sacerdote. Todavia, no contexto deste ponto em específico, estamos falando de cristãos reunidos em uma assembleia para adoração e ministério.
Quando compreendemos a proximidade do relacionamento que todos os cristãos têm como parte do Corpo e Noiva de Cristo, podemos ver como a ideia de uma casta ministerial mais próxima de Deus do que os demais é totalmente incompatível com isso (Ef 2.13; 5.25-32). Se nós, como cristãos, adotarmos uma classe de pessoas assim, estaremos negando que somos capacitados, como sacerdotes, a oferecer sacrifícios espirituais a Deus. Na prática, isso destrói os privilégios do cristianismo e, em certo sentido, restaura o judaísmo, ou ao menos nos leva de volta para aquele nível.
TÍTULOS LISONJEIROS
Enquanto algumas poucas denominações chegam ao ponto de possuírem um clérigo com o título de "Sacerdote” (dando a entender que os demais naquela denominação não o são), a maioria das igrejas chamadas evangélicas denomina seu clérigo como "Pastor", "Reverendo", "Ministro", etc. Nesse caso não há muita diferença, pois uma posição assim na igreja não está de acordo com a verdade das Escrituras. Trata-se de uma função puramente inventada pelo homem.
É certo que palavras como “ministro” e “pastor” são mencionadas na Bíblia, mas nunca são usadas como títulos. “Pastor” é um dom, não um título clerical. O ensino da Palavra de Deus é este: “Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador” (Jó 32.21-22).
O Senhor Jesus disse: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.8-12). Todavia, mesmo que as Escrituras digam isso com total clareza, algumas denominações chamam seus clérigos de “Padre”, que vem do latim e significa “Pai”. Este é o caso do Catolicismo Romano.
Algumas denominações chegam ao ponto de usar o título “Reverendo”. Todavia, a Bíblia, na versão inglesa, diz que "reverend" ("reverendo") é o nome do Senhor! O Salmo 111.9 da versão inglesa King James, traduzido para o português, diz: “Santo e reverendo é o Seu nome”. Acaso seria correto o homem usar um termo que é atribuído ao Senhor como um título para si mesmo? É claro que não.
Quando os moradores da Licaônia tentaram atribuir a Barnabé e Paulo títulos elevados, eles se recusaram a recebê-los, dizendo: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões” (At 14.15). Semelhantemente, hoje todo servo do Senhor deveria recusar títulos lisonjeiros. A Palavra de Deus ensina que pastor é apenas mais um dentre os muitos dons dados por Cristo (Ef 4.11). Por que alguém iria querer elevar especificamente este dom na igreja, ao ponto de transformá-lo em um título oficial que ocupasse um lugar de preeminência sobre os outros dons? Não existe uma linha sequer nas Escrituras que indique que a igreja deveria fazer algo assim.
6. PODE O “SACERDOTE” PERDOAR PECADOS?
Como já vimos no ponto anterior, não existem mais sacerdotes no sentido do Antigo Testamento, pois o evangelho da graça estabelece que todo crente em Jesus é sacerdote, tendo como único Sumo Sacerdote Jesus. Sendo assim, a pergunta mais correta é: Pode algum homem perdoar os pecados? A Bíblia registra uma questão levantada pelos escribas diante de Jesus. A questão era: “Por que fala ele [Jesus] deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?” (Marcos 2.5-11). Jesus, em primeira instância, aceitou o questionamento como legítimo, pois os escribas estavam certos. Somente Deus pode perdoar os pecados.
Ninguém pode perdoar pecados senão Deus. Para o homem comum, o simples reivindicar desse poder já é uma blasfêmia. Mas Jesus disse aos escribas: “O Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (v. 10). Assim, Jesus não era mero homem. Jesus é Deus. Nenhum homem pode perdoar pecados, mas Jesus pode e o fez porque Ele é Deus. Nenhum “padre” ou “pastor” (como são erroneamente chamados) pode perdoar pecados, pois são meros homens. Temos livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo, nosso Mediador, para obtermos o perdão de nossos pecados.
Rebeldes não podem perdoar rebeldes; apenas Deus pode. Pecadores não podem perdoar pecadores; só Deus pode. O principal dos apóstolos deixou isso claro ao falar a Cornélio, como se lê em Atos 10.43: “Dele [Jesus] todos os profetas dão testemunho de que, por meio de Seu nome, todo aquele que nEle crê recebe remissão de pecados”. Portanto, os apóstolos não praticavam a confissão auricular de pecados. Isso é pura invenção religiosa e não possui nenhum amparo das Escrituras.
7. DEVE-SE POSSUIR IMAGENS DOS SANTOS E DO SENHOR E SE PROSTRAR DIANTE DELAS EM ADORAÇÃO?
A Bíblia diz “NÃO”! Veja o que diz Êxodo 20.4-5: “Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Confira também Deuteronômio 4.15-23 e Isaías 44.15-19).
Assim, fica claro que a Bíblia proíbe e condena terminantemente o uso de imagens e a adoração a elas. Na verdade, a veneração das “relíquias dos santos” nem sequer é mencionada na Bíblia.
Mas alguém poderá questionar: “A igreja católica diz que podemos ter imagens e que devemos adorá-las ou consultá-las”. De fato, a Igreja Católica diz “sim” à adoração de imagens. O Catecismo do Concílio de Trento não somente permite, mas determina que “quem é contra a adoração de imagens e relíquias deve ser AMALDIÇOADO pelo papa”. O Concílio de Trento é, segundo a tradição católica, IRREVOGÁVEL.
Portanto, se você se diz católico romano e é contra a adoração dos santos, das imagens e relíquias porque compreende que a Bíblia proíbe e condena tal prática, você está se contrapondo à sua própria religião e ao “soberano” papa, o qual é considerado vigário de Cristo pela Igreja Católica Romana. Nesse caso, aqueles que afirmam ou se posicionam ao contrário do que a tradição católica ensina não estão de acordo com o ensino da Igreja Católica. Não seria melhor se posicionar com a Palavra de Deus ao invés de se submeter a uma tradição humana?
8. ALGUÉM VAI PARA O “PURGATÓRIO” APÓS A MORTE?
Quando consultamos a Bíblia, da primeira à última palavra, não encontramos nela um único versículo sobre a doutrina do purgatório. Não há absolutamente nenhum ensino sobre isso nas Escrituras. Essa doutrina é, portanto, uma invenção humana, pois Deus não a menciona na Bíblia. Por outro lado, a Bíblia afirma que os filhos de Deus (os eleitos), ao partirem desta vida, vão direto para a presença de Cristo. Vejamos:
“Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1.23).
Perceba que quando partirmos desta vida não iremos para um “purgatório”, pois esse lugar não existe. Nós, os “salvos antes da fundação do mundo” (Ef 1.4), vamos direto para a presença gloriosa de Jesus. Iremos para onde Ele está! Se houvesse purgatório, partir desta vida não seria “incomparavelmente melhor” do que ficar aqui. “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5.8).
No momento em que deixarmos o corpo, estaremos na presença do SENHOR. Esse ensino é claro e inegável na própria Bíblia católica (como já fora salientado, não há diferença entre as passagens da Bíblia católica e as passagens da Bíblia original). Isso significa que o salvo jamais terá de sofrer a pena dos seus pecados. Seu julgamento já é passado. Veja o que diz a Bíblia em João 5.24 (que Deus ilumine a sua mente para esta verdade!): “Quem ouve a minha palavra e crê nAquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.
Preste atenção na conjugação “passou da morte para a vida”. No momento da conversão, o crente passa de um estado de perdição para a vida eterna, e não entrará em condenação jamais. Sendo assim, o purgatório não existe. A propósito, porventura aquele ladrão na cruz não foi diretamente para o paraíso com Cristo no momento da crucificação? A promessa de Jesus para ele foi: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23.43). Jesus não disse a ele que ele estaria em uma espécie de purgatório, mas sim no paraíso. Se o ladrão na cruz não precisou sofrer por seus pecados após arrepender-se e voltar-se para Cristo, por que, então, você teria de sofrer pelos pecados dos quais foi perdoado de uma vez por todas naquela Cruz? Não, você não vai para o purgatório, pois tal lugar não existe. Se você é um salvo, irá para a presença de Cristo. Se você não é um salvo, está condenado e por isso não crê, nem ouve (Jo 3.36).
Se você já é salvo, seu destino é ir direto para o céu e estar com Cristo. Jesus suportou todo o sofrimento necessário pelos escolhidos de Deus. Ele pagou o preço do pecado por você [se você é um salvo], pois o seu sofrimento não adiantaria de nada. Suas obras não podem salvá-lo da ira de Deus, a qual permanece sobre os réprobos eternamente (Jo 3.36). É o sangue de Jesus que nos lava dos pecados, não o nosso sofrimento ou boas obras (1Jo 1.7). Não há nada que você possa fazer para libertar os seus queridos do “purgatório”, pois tal lugar nem sequer existe. Aqueles que morrem no SENHOR “descansam” e são “bem-aventurados” [felizes], conforme diz Apocalipse 14.13. Como poderiam estar assim se estivessem sofrendo em um purgatório?
9. A SALVAÇÃO SE DÁ POR MEIO DE CRISTO OU DA IGREJA?
Muitas pessoas pensam que é a Igreja que salva e que não há salvação fora da Igreja Católica Romana (e esse erro é também cometido pela Igreja Evangélica ou Protestante). Assim, confunde-se Igreja com Cristo. Mas o que diz a Escritura? Como a Bíblia católica responde a essa importante questão?
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1.12). O que a Escritura diz a respeito de nos tornarmos filhos de Deus? Tornamo-nos filhos de Deus ao receber a Jesus Cristo como nosso Salvador. A propósito, ninguém pode “aceitar a Jesus”, como muitos pensam, como se Jesus necessitasse da aceitação humana para habitar em alguém. Na verdade a Bíblia diz que Cristo habita em nós quando O recebemos, e não quando O aceitamos. Independente de aceitarmos ou não a Ele, Ele operará a Sua vontade nos Seus escolhidos (Fp 2.13). A Escritura não cita nada aqui sobre a Igreja.
“Para que todo o que nEle crê tenha a vida eterna” (João 3.15). Como se obtém a vida eterna? Pertencendo à Igreja? Não. Mas sim depositando a fé integralmente no Senhor Jesus Cristo.
“Deus amou ao mundo (Kosmos – Mundo – aqui se refere aos escolhidos, não a cada indivíduo do mundo – vide contexto) de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Novamente, nem uma palavra da Escritura sobre a Igreja. Mais uma vez, o que temos aqui é apenas Cristo. Todo aquele que nEle crê e confia tem a vida eterna.
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; todavia, aquele que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus [eternamente]” (João 3.36). Nossa salvação repousa inteiramente sobre o nosso relacionamento com Cristo e não com a Igreja, pois é Cristo quem nos salva. A Igreja não é mencionada quando se trata da salvação dos escolhidos.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Foi Jesus quem afirmou isso. Perceba que Ele não disse “a Igreja é o caminho!” ou “ninguém vem ao Pai senão pela Igreja”. Não. Ele apenas disse: “Eu sou o caminho”. Jesus Cristo é o único caminho que pode nos levar até Deus.
“Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.12). Mais uma vez Jesus nos diz, por meio do apóstolo João, que não é a Igreja, mas Ele mesmo, o Cristo, que salva. Ele diz: “Aquele que tem o Filho”, não “aquele que tem a Igreja”.
“Não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12). Agora o testemunho e a palavra de autoridade vem dos lábios do próprio Pedro. O que ele diz? Pedro diz que a salvação está no nome de Cristo e em nenhum outro nome. “Nenhum outro nome”, diz ele, seja do protestantismo ou do catolicismo romano; seja padre, papa, pastor, Maria ou qualquer outro “santo”.
“Nenhum outro... debaixo do céu”, insiste Pedro, qualquer que seja a denominação (seita) em que alguém esteja inserido por pura ignorância. Pedro declara que a salvação se dá por meio de Cristo e só de Cristo. Então, por que não nos voltarmos para Cristo, já que a própria Bíblia católica diz que Ele é quem salva e não a Igreja?
10. SOMOS SALVOS PELAS OBRAS OU PELA GRAÇA?
A maioria esmagadora de crentes dentro da cristandade moderna, incluindo católicos romanos e evangélicos, diz que é pelas obras e pelos sacramentos. A Bíblia, porém, afirma que é somente pela graça, mediante a fé (Ef 2.8-9). Qual dessas posições está correta? Se é por obras, não pode ser pela graça; e se é pela graça, não pode ser por obras. Das duas, uma: Ou você se salva a si mesmo pelas obras, ou Deus salva você pela graça, mediante a fé por Ele concedida. Vejamos:
“Mas, ao que não trabalha [pela própria salvação], porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” (Romanos 4.5).
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).
“Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, Ele nos salvou” (Tito 3.5).
É isso que a Bíblia ensina. Você pode ler tudo isso na Bíblia original ou na Bíblia católica. Em ambas as Bíblias essas verdades estão contidas com riqueza de detalhes. O que você fará a respeito disso? Todos esses versículos que acabamos de contemplar mostram, de modo claro e definitivo, que a salvação não é por obras, mas pela graça, mediante a fé que Deus concede aos seus eleitos.
Porém, onde entra o papel das obras? A Bíblia responde da seguinte forma a essa questão: “Mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tiago 2.18). As obras são frutos da verdadeira fé. A verdadeira fé produz as boas obras e não o inverso. Somos salvos PARA as boas obras e não pelas boas obras: “Porque somos feitura Sua [de Deus], criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou [de antemão] para que andássemos nelas” (Efésios 2.10).
Se você foi salvo, sua vida irá mostrar isso por meio das suas obras. Tudo que o verdadeiro cristão faz para Deus, ele o faz porque é salvo, não porque busca ser salvo por meio disso. “Fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Se não há mudança, e se a pessoa permanece escrava dos mesmos pecados, não tendo experimentado a libertação de suas más obras, então, não há evidência de que ela tenha sido salva. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17).
E agora? Você crerá na Palavra de Deus tal como ela está registrada na Bíblia ou continuará crendo em doutrinas de demônios? Faça uma escolha. Lembre-se: Há apenas duas religiões no mundo – uma de Deus, outra dos homens. A religião dos homens prega a salvação pelas obras (pelo próprio esforço, por meio de jejuns, rezas e obediência à Igreja). Isso transforma a pessoa em sua própria salvadora. A religião de Deus diz que a salvação é pela graça conquistada por Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois Ele pagou o preço de uma vez por todas no madeiro. “O justo viverá da fé” (Romanos 1.17). Nesse caso, Cristo é o Salvador.
O meu apelo é para que os escolhidos de Deus que estejam lendo este artigo desistam de toda confiança em si mesmo, de todo esforço, de toda obra e sacramento (não estamos falando da nossa responsabilidade imediata como cristão, mas sim da Salvação). Abra o coração para Jesus Cristo, se arrependa de seus pecados, peça perdão a Ele por ter vivido uma falsa religião até aqui, e O invoque como Seu Salvador único e pessoal. Confie no sacrifício de Cristo e no sangue que Ele derramou para a salvação dos que creem. Ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11.28).
Ele nunca rejeitou ninguém dentre os que O buscam da maneira bíblica. “O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37). Venha, então, e ore para que Ele lhe conceda a verdadeira fé, pois “é Deus quem opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2.13). Por que continuar rebelde? Por que continuar tentando a Deus, uma vez que Ele se revelou de forma tão simples? Como podemos perceber, a Bíblia e a tradição católica romana entram em total contradição. Ou você crê e pratica o que está na Bíblia, ou você abre mão das Escrituras para seguir suas vãs tradições.
Disse Jesus: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição” (Marcos 7.9 – cf. Mc 7.13; Mt 15.6).
Continua em: Pedro possui as chaves da Igreja?
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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces
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Com relação aos católicos militantes e irrepreensíveis, os quais desprezam o verdadeiro conhecimento da Palavra de Deus em prol de suas tradições papistas, saliento que não precisam participar do que será exposto aqui. Vocês não são obrigados a lerem este artigo, nem a me suportarem em seus espaços virtuais. Sendo assim, sugiro que cliquem no botão "Excluir" ou "Bloquear" e continuem felizes na lama da ignorância religiosa medieval.
O QUE ENSINA A BÍBLIA CATÓLICA?
O livro que tenho em mãos é uma Bíblia católica. Você alguma vez chegou a lê-la? Se ainda não, deveria. Não há diferenças nas passagens bíblicas com relação a qualquer outra Bíblia cristã. O papa Benedito XV disse o seguinte sobre ela:
"A responsabilidade do nosso ofício apostólico nos impele a promover o estudo da Sagrada Escritura, segundo os ensinos de nossos predecessores Leão XII e Pio X. Não devemos jamais desistir de estimular os fieis a lerem diariamente os evangelhos, os Atos e as epístolas, de forma a obter deles o alimento para a alma. Ignorância bíblica produz ignorância a respeito de Cristo".
Concordo com as palavras ditas acima. E é por essa razão que, diante de algumas perguntas importantíssimas, iremos inclinar nossa atenção para a Bíblia em busca de respostas.
1. JESUS DISSE SER PEDRO O FUNDAMENTO DA IGREJA?
Jesus disse, conforme cita a Bíblia: "...tu és Pedro, e sobre esta Rocha edificarei a minha igreja" (Mateus 16.18).
Líderes e fieis católicos costumam ler este versículo e concluir que Jesus está dizendo que Pedro é o fundamento da Igreja. Mas isso é uma heresia. É muito importante saber que Jesus não disse que construiria Sua Igreja tendo a pessoa de Pedro como fundamento. Existem duas palavras-chaves nesse versículo que são diferentes uma da outra: A primeira delas é “Pedra” (grego – Petros); e a segunda é “Rocha” (grego – Petra). O que Jesus diz é "Edificarei a minha Igreja sobre esta Rocha", e não sobre esta “pedra”. Ele mesmo é a Rocha. Jesus jamais disse que edificaria a Sua Igreja sobre Pedro, uma "pedra". O que acontece é que na maioria das traduções bíblicas o manuscrito nos foi apresentado de forma simplória, sem alguns detalhes do grego que precisaríamos em algumas passagens para uma melhor compreensão delas. E é o caso de Mateus 16.18 – na tradução original (grego Koiné) a palavra “pedra” não aparece duas vezes, mas somente na primeira vez, quando Jesus se refere a Pedro. Na segunda vez, Jesus fala sobre si mesmo, a Rocha.
A identificação de Jesus como a Rocha já existia. Porém, os judeus não sabiam disso. Foi Jesus a Rocha que acompanhou os israelitas na peregrinação no deserto: "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra (Petra) era Cristo” (1Co 10.4). Numa tradução mais fiel seria a palavra “Rocha”.
A dificuldade dos leitores surge porque algumas traduções em português usam "pedra" tanto para PETROS como para PETRA. Em 1 Pedro 2.5-8 podemos constatar esse sentido, onde o próprio Pedro chama os cristãos de "pedras" e Jesus de "Rocha": “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo. Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a Pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido” (1 Pedro 2.5,6).
A Igreja, portanto, não é edificada sobre Pedro nem sobre seus sucessores, mas sobre o próprio Cristo, a Rocha. Para confirmar isso, basta consultarmos vários outros textos nas epístolas, como por exemplo no caso de 1 Coríntios 3.11: "Ninguém pode lançar outro fundamento além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3.11).
Como vemos, o apóstolo Paulo também nos ensina que Cristo é o Fundamento, a Rocha. Sobre esta Rocha é que a Igreja está edificada (Confira também 1Co 10.4).
2. O SACRIFÍCIO DIÁRIO DA MISSA AINDA É NECESSÁRIO?
Vejamos o que diz a Bíblia, em Hebreus 10.11-12,14 e 18: “Todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados”. Assim, de acordo com a Bíblia, de nada vale oferecer sacrifícios diários, já que o próprio Deus diz que eles “nunca jamais podem remover pecados”.
“Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus (v. 12)...Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados... Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado” (v. 18).
Quão maravilhosa e estupenda é a obra de Jesus! Ele ofereceu “um único sacrifício”. Que “único sacrifício pelos pecados” foi esse? O próprio Jesus! Sim, Ele Se entregou na cruz do Calvário como oferta pelos pecados dos eleitos. Tal sacrifício não pode ser repetido, pois Deus diz que ele vale “para sempre”. Esse “único sacrifício” é suficiente para a “remissão” dos pecados. No verso 18 se conclui: “já não há oferta pelo pecado”. Graças a Deus não há mais necessidade de sacrifício. “Está consumado”, clamou Jesus quando foi suspenso na cruz para a nossa (dos eleitos) redenção. A obra foi acabada, a redenção obtida, a dívida quitada. Sim, Jesus mesmo a pagou completamente.
O sacrifício da missa não é mais necessário. Segundo a própria Bíblia católica (que não foi alterada, exceto pelo acrescentamento dos livros apócrifos – históricos), Jesus realizou o único sacrifício que necessitava ser oferecido. O que se pode acrescentar a um trabalho concluído? Deus mesmo diz que “já não há [mais] oferta pelo pecado”.
Na ceia do Senhor, o pão e o vinho relembram o Seu sacrifício único e suficiente. Trata-se de um memorial ordenado por Jesus aos Seus escolhidos. Não oferecemos Jesus em sacrifício novamente.
3. PODEM MARIA, UM “SACERDOTE” OU OS SANTOS SEREM NOSSOS MEDIADORES DIANTE DE DEUS?
Quando abrimos a Bíblia, lemos: "Há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Timóteo 2.5). Portanto, se há apenas um Mediador – pois é isso que Deus diz – não pode haver dois. A Bíblia afirma que há apenas um Mediador e este é Jesus Cristo.
Em 1 João 2.1-2 lemos: "Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados". Quem é, portanto, o nosso Advogado? Maria? Não. Jesus Cristo. Quem é a nossa propiciação? Maria? Não. Jesus Cristo. Vemos que não há nenhuma menção à Maria como intercessora em nenhum lugar das Escrituras.
Em contrapartida, vemos Maria se colocando no mesmo papel que os demais santos de todas as eras, isto é, o de serva do Senhor: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou para a insignificância de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lucas 1.46-48).
Alguém pode alegar que o versículo 48 indica que ela está sendo colocada num status acima dos demais crentes ou no papel de “Senhora de alguém” por ter sido chamada “bem-aventurada”. No entanto, a Bíblia nos ensina que todos aqueles que ouvem a Palavra de Deus e fazem a Sua vontade são igualmente bem-aventurados e até mais do que a própria Maria, como Jesus salienta em Lucas 11.27-28:
“E aconteceu que, dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste. Mas Ele disse: ANTES bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (Lucas 11.27,28).
Quando uma mulher, em meio a multidão, tentou exaltar Maria, Jesus foi rápido em repreendê-la, dizendo: “ANTES bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam” (vs. 27,28). O termo “bem-aventurado”, usado em várias outras ocasiões por Jesus ao se dirigir a outras pessoas na Bíblia, significa simplesmente “Feliz”. Ser “bem-aventurado” não é privilégio apenas de Maria. Temos outro exemplo no Velho Testamento, onde uma mulher é chamada igualmente “bem-aventurada”. Trata-se de Lia, esposa de Jacó: “Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada” (Gênesis 30.13). E o que dizer do Sermão do Monte? Maria foi bem-aventurada assim como são aqueles tantos mencionados pelo Senhor Jesus Cristo em Mateus 5.
Sendo assim, não se pode inferir um sentido que não existe em Lucas 1.48, pois ali não diz que Maria seria a única bem-aventurada. E mesmo que fosse a única, seria impossível tirar qualquer conclusão de que ela fosse um tipo de intercessora após a morte. Interpretações como essas são aberrativas, e o argumento de que ela seja a única santa com base nesse versículo é extremamente evasivo e antibíblico. O sentido de santo na Bíblia é que todo aquele que é nascido de novo, em Cristo Jesus, é santo (santificado). Na Bíblia, santo não significa “perfeição”, mas “Justificação”.
Pergunto ao leitor: Não seria melhor imitarmos Maria, entregando todo o nosso ser ao Único e Suficiente Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo? Pois essa foi a posição de Maria enquanto esteve viva: O de “serva do Senhor”, e não de “Senhora de alguém”.
4. O QUE É UM SANTO?
Um dos maiores enganos promovidos pela tradição católica em oposição à Bíblia está no significado da palavra "santo". Segundo o que lhes foi ensinado fora da Bíblia, um santo seria aquela pessoa que vive ou viveu uma vida exemplar. Todavia, a Bíblia NUNCA usou o termo “santo” nesse sentido. A Escritura Sagrada usa o termo “santo” para descrever todos os crentes, isto é, todos aqueles que verdadeiramente se converteram a Cristo – até mesmo aqueles em Corinto, que eram notórios por suas divisões e carnalidade (1Co 3.1-4). Os crentes que se encontravam em Corinto estavam associados ao mal moral (1Co 5) e alguns chegaram ao ponto de professar uma má doutrina que atacava os próprios fundamentos do cristianismo (1Co 15). Não existe um grupo de cristãos na Bíblia que estivesse em uma situação mais precária do que os coríntios. Talvez os Gálatas possam ser comparados, mas isso não será discutido agora. Mesmo assim, apesar de todo o fracasso dos coríntios, a Palavra de Deus os chama de "santos" (1Co 1.2)! Sendo assim, percebemos facilmente que a Bíblia aplica à palavra "santo" um sentido totalmente diferente do que as pessoas costumam pensar atualmente.
As pessoas costumam pensar que ser santo é algo mais que ser cristão. Isso é um terrível engano e vai contra o que a Bíblia nos ensina a respeito das duas terminologias. Na verdade, um cristão é algo mais do que um santo! Aqueles que desconhecem a Bíblia podem se escandalizar com esta doutrina porque a maioria das pessoas, pelo menos na América, é considerada cristã, porém, pouquíssimos em todo o mundo são considerados santos. Talvez nenhum destes seja visto assim até chegar ao céu. Não obstante, a Bíblia ensina o contrário: Um cristão é um santo e muito mais do que isso.
Nas palavras de Bruce Anstey, “santo é alguém "santificado". Ser santificado, posicionalmente falando, é ter sido "colocado à parte" ou "separado" por Deus para bênção. Isso acontece quando nascemos de novo. Aqueles que são nascidos de Deus foram colocados à parte ou SEPARADOS da massa da humanidade que caminha rumo à destruição. Todos os crentes desde o início dos tempos são santos. Por isso podemos chamar de "santos" aqueles que viveram nos tempos do Antigo Testamento (Dt 33.3; 1Sm 2.9; 2Cr 6.41 etc.). Todavia, eles não eram cristãos. Apenas os crentes a partir de Pentecostes até o Arrebatamento estão nessa posição diante de Deus. Um "cristão" é alguém que creu "no evangelho da vossa salvação" e, por conseguinte, foi selado com o Espírito, tendo assim sido feito parte da Igreja (Ef 1.13). Ele foi deste modo colocado em uma posição muito mais abençoada (estando ligado a Cristo, a Cabeça da Igreja) do que um santo do Antigo Testamento. O cristão é um santo, mas é muito mais que isso – ele é membro do corpo de Cristo (1Co 12.12-13) e filho de Deus (Rm 8.14-15; Gl 4.5-7; Ef 1.5). Estas são coisas que os santos do Antigo Testamento não eram. (Existe também a santificação prática, que tem a ver com o aperfeiçoamento da santidade na vida do crente – que significa tornar nossa vida praticamente consistente com nossa posição – Jo 17.17; 1Ts 4.3-4; 5.23; Hb12.14; 2Co 7.1)” (Trecho de “A Ordem de Deus” – Bruce Anstey).
5. EXISTE SACERDOTE (OU CLÉRIGO)?
O significado da palavra "sacerdote" é "aquele que faz a oferta" (Hb 5.1; 8.3; 1Pe 2.5). Um sacerdote é alguém que tem o privilégio de entrar na presença de Deus em lugar do povo. No cristianismo, todos nós somos sacerdotes, diferentemente do judaísmo, onde tudo funcionava diferente. Como sacerdotes em Cristo Jesus, exercemos nosso sacerdócio ao oferecer os sacrifícios de louvor a Deus e ao apresentar as petições a Ele em oração (Hb 13.15; 1Jo 5.14-15). Por isso que na Bíblia diz que, a partir do momento em que Jesus nos apresenta o evangelho da graça, todos nós somos sacerdotes, tendo Ele como nosso Sumo Sacerdote para sempre:
Quem são os sacerdotes no cristianismo? “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).
E quem é o nosso Sumo Sacerdote? “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão” (Hebreus 4.14). “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” (Hebreus 7.26).
Todavia, uma das causas da confusão que prevalece na cristandade professa é que, em muitos casos, o sacerdócio é considerado como um direito limitado a uma classe privilegiada de pessoas (os chamados “Padres”, “Pastores”, “Ministros”, etc), sendo que algumas delas nem sequer são salvas!
Por meio de Cristo, nosso Sumo Sacerdote nos céus, todos os cristãos são sacerdotes. O livro de Apocalipse declara que os cristãos são feitos "sacerdotes para Deus" por meio da fé na obra consumada de Cristo na cruz (Ap 1.6; 5.10). A epístola de Pedro confirma isso, dizendo que "vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" (1Pe 2.5, 9). Além disso, a epístola aos Hebreus exorta todos os cristãos a se aproximarem de Deus além do véu, entrando no santuário ou "santo dos santos" (Hb 10.19-22; 13.15-16).
O fato de dizer que o Senhor é o "Grande Sacerdote" ou "Sumo Sacerdote" implica que existe um grupo de sacerdotes que está abaixo dEle. Ele não presidiria como "grande" ou "sumo" sacerdote se não existissem sacerdotes sob Ele. Pela mesma razão, uma pessoa não seria chamada de líder de algum grupo de pessoas se não existissem pessoas para ele liderar. A exortação em Hebreus 10.19-22 visa encorajar os cristãos a se aproximarem de Deus e desempenharem seus privilégios sacerdotais.
Em cada uma das passagens do Novo Testamento, onde o assunto do sacerdócio é tratado, não há qualquer menção – nem uma sequer – de que apenas alguns dentre os santos sejam sacerdotes. Tampouco existe em qualquer outro lugar do Novo Testamento algo semelhante. Quando o Novo Testamento fala de sacerdócio, ele se refere, sem exceção, a todos os crentes como constituídos com este privilégio. Além do mais, essas passagens não apenas nos falam que todos os cristãos são sacerdotes, como também aprendemos delas que somos sacerdotes com privilégios que vão além daqueles que tinham os sacerdotes do Antigo Testamento.
Um sacerdote no cristianismo pode aproximar-se da própria presença de Deus, no santo dos santos. Esse é um lugar onde nenhum filho de Aarão podia entrar. Até mesmo quando Aarão, o sumo sacerdote em Israel, entrava uma vez por ano além do véu, ele não o fazia com ousadia, como podemos fazer agora. No dia da Expiação (sacrifício de animais) ele entrava ali com medo de morrer, mas nós podemos entrar "em inteira certeza de fé". Além disso, os sacerdotes da linhagem de Aarão prestavam um culto do qual pouco compreendiam. Eles não sabiam por que deviam fazer as coisas que lhes eram ordenadas. Mas nós temos um "culto racional" (Rm 12.1). Podemos desempenhar nossas funções sacerdotais com entendimento de tudo aquilo que fazemos na presença de Deus.
Portanto, considerando que as Escrituras ensinam que todos os cristãos são sacerdotes, e que todos nós temos igual privilégio de desempenhar nosso sacerdócio na presença de Deus, fica claro que não existe a necessidade de um clérigo para fazer isso pelos demais. Nas reuniões de culto, adoração e oração (quando os cristãos exercitam seu sacerdócio), tudo o que precisamos é esperar no Espírito de Deus para que Ele dirija as orações e os louvores dos santos. Se permitirmos que Ele lidere na assembleia, no lugar que Lhe é de direito, Ele irá guiar um irmão aqui e outro ali a expressar de forma audível uma adoração e louvor, como quem fala por toda a assembleia.
Evidentemente entendemos que não somente desempenhamos nosso sacerdócio nas ocasiões em que estamos congregados em uma assembleia. A qualquer momento um cristão pode entrar na própria presença de Deus em oração e adoração e desempenhar seu papel de sacerdote. Todavia, no contexto deste ponto em específico, estamos falando de cristãos reunidos em uma assembleia para adoração e ministério.
Quando compreendemos a proximidade do relacionamento que todos os cristãos têm como parte do Corpo e Noiva de Cristo, podemos ver como a ideia de uma casta ministerial mais próxima de Deus do que os demais é totalmente incompatível com isso (Ef 2.13; 5.25-32). Se nós, como cristãos, adotarmos uma classe de pessoas assim, estaremos negando que somos capacitados, como sacerdotes, a oferecer sacrifícios espirituais a Deus. Na prática, isso destrói os privilégios do cristianismo e, em certo sentido, restaura o judaísmo, ou ao menos nos leva de volta para aquele nível.
TÍTULOS LISONJEIROS
Enquanto algumas poucas denominações chegam ao ponto de possuírem um clérigo com o título de "Sacerdote” (dando a entender que os demais naquela denominação não o são), a maioria das igrejas chamadas evangélicas denomina seu clérigo como "Pastor", "Reverendo", "Ministro", etc. Nesse caso não há muita diferença, pois uma posição assim na igreja não está de acordo com a verdade das Escrituras. Trata-se de uma função puramente inventada pelo homem.
É certo que palavras como “ministro” e “pastor” são mencionadas na Bíblia, mas nunca são usadas como títulos. “Pastor” é um dom, não um título clerical. O ensino da Palavra de Deus é este: “Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras lisonjeiras com o homem! Porque não sei usar de lisonjas; em breve me levaria o meu Criador” (Jó 32.21-22).
O Senhor Jesus disse: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23.8-12). Todavia, mesmo que as Escrituras digam isso com total clareza, algumas denominações chamam seus clérigos de “Padre”, que vem do latim e significa “Pai”. Este é o caso do Catolicismo Romano.
Algumas denominações chegam ao ponto de usar o título “Reverendo”. Todavia, a Bíblia, na versão inglesa, diz que "reverend" ("reverendo") é o nome do Senhor! O Salmo 111.9 da versão inglesa King James, traduzido para o português, diz: “Santo e reverendo é o Seu nome”. Acaso seria correto o homem usar um termo que é atribuído ao Senhor como um título para si mesmo? É claro que não.
Quando os moradores da Licaônia tentaram atribuir a Barnabé e Paulo títulos elevados, eles se recusaram a recebê-los, dizendo: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões” (At 14.15). Semelhantemente, hoje todo servo do Senhor deveria recusar títulos lisonjeiros. A Palavra de Deus ensina que pastor é apenas mais um dentre os muitos dons dados por Cristo (Ef 4.11). Por que alguém iria querer elevar especificamente este dom na igreja, ao ponto de transformá-lo em um título oficial que ocupasse um lugar de preeminência sobre os outros dons? Não existe uma linha sequer nas Escrituras que indique que a igreja deveria fazer algo assim.
6. PODE O “SACERDOTE” PERDOAR PECADOS?
Como já vimos no ponto anterior, não existem mais sacerdotes no sentido do Antigo Testamento, pois o evangelho da graça estabelece que todo crente em Jesus é sacerdote, tendo como único Sumo Sacerdote Jesus. Sendo assim, a pergunta mais correta é: Pode algum homem perdoar os pecados? A Bíblia registra uma questão levantada pelos escribas diante de Jesus. A questão era: “Por que fala ele [Jesus] deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?” (Marcos 2.5-11). Jesus, em primeira instância, aceitou o questionamento como legítimo, pois os escribas estavam certos. Somente Deus pode perdoar os pecados.
Ninguém pode perdoar pecados senão Deus. Para o homem comum, o simples reivindicar desse poder já é uma blasfêmia. Mas Jesus disse aos escribas: “O Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados” (v. 10). Assim, Jesus não era mero homem. Jesus é Deus. Nenhum homem pode perdoar pecados, mas Jesus pode e o fez porque Ele é Deus. Nenhum “padre” ou “pastor” (como são erroneamente chamados) pode perdoar pecados, pois são meros homens. Temos livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo, nosso Mediador, para obtermos o perdão de nossos pecados.
Rebeldes não podem perdoar rebeldes; apenas Deus pode. Pecadores não podem perdoar pecadores; só Deus pode. O principal dos apóstolos deixou isso claro ao falar a Cornélio, como se lê em Atos 10.43: “Dele [Jesus] todos os profetas dão testemunho de que, por meio de Seu nome, todo aquele que nEle crê recebe remissão de pecados”. Portanto, os apóstolos não praticavam a confissão auricular de pecados. Isso é pura invenção religiosa e não possui nenhum amparo das Escrituras.
7. DEVE-SE POSSUIR IMAGENS DOS SANTOS E DO SENHOR E SE PROSTRAR DIANTE DELAS EM ADORAÇÃO?
A Bíblia diz “NÃO”! Veja o que diz Êxodo 20.4-5: “Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes darás culto” (Confira também Deuteronômio 4.15-23 e Isaías 44.15-19).
Assim, fica claro que a Bíblia proíbe e condena terminantemente o uso de imagens e a adoração a elas. Na verdade, a veneração das “relíquias dos santos” nem sequer é mencionada na Bíblia.
Mas alguém poderá questionar: “A igreja católica diz que podemos ter imagens e que devemos adorá-las ou consultá-las”. De fato, a Igreja Católica diz “sim” à adoração de imagens. O Catecismo do Concílio de Trento não somente permite, mas determina que “quem é contra a adoração de imagens e relíquias deve ser AMALDIÇOADO pelo papa”. O Concílio de Trento é, segundo a tradição católica, IRREVOGÁVEL.
Portanto, se você se diz católico romano e é contra a adoração dos santos, das imagens e relíquias porque compreende que a Bíblia proíbe e condena tal prática, você está se contrapondo à sua própria religião e ao “soberano” papa, o qual é considerado vigário de Cristo pela Igreja Católica Romana. Nesse caso, aqueles que afirmam ou se posicionam ao contrário do que a tradição católica ensina não estão de acordo com o ensino da Igreja Católica. Não seria melhor se posicionar com a Palavra de Deus ao invés de se submeter a uma tradição humana?
8. ALGUÉM VAI PARA O “PURGATÓRIO” APÓS A MORTE?
Quando consultamos a Bíblia, da primeira à última palavra, não encontramos nela um único versículo sobre a doutrina do purgatório. Não há absolutamente nenhum ensino sobre isso nas Escrituras. Essa doutrina é, portanto, uma invenção humana, pois Deus não a menciona na Bíblia. Por outro lado, a Bíblia afirma que os filhos de Deus (os eleitos), ao partirem desta vida, vão direto para a presença de Cristo. Vejamos:
“Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1.23).
Perceba que quando partirmos desta vida não iremos para um “purgatório”, pois esse lugar não existe. Nós, os “salvos antes da fundação do mundo” (Ef 1.4), vamos direto para a presença gloriosa de Jesus. Iremos para onde Ele está! Se houvesse purgatório, partir desta vida não seria “incomparavelmente melhor” do que ficar aqui. “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5.8).
No momento em que deixarmos o corpo, estaremos na presença do SENHOR. Esse ensino é claro e inegável na própria Bíblia católica (como já fora salientado, não há diferença entre as passagens da Bíblia católica e as passagens da Bíblia original). Isso significa que o salvo jamais terá de sofrer a pena dos seus pecados. Seu julgamento já é passado. Veja o que diz a Bíblia em João 5.24 (que Deus ilumine a sua mente para esta verdade!): “Quem ouve a minha palavra e crê nAquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”.
Preste atenção na conjugação “passou da morte para a vida”. No momento da conversão, o crente passa de um estado de perdição para a vida eterna, e não entrará em condenação jamais. Sendo assim, o purgatório não existe. A propósito, porventura aquele ladrão na cruz não foi diretamente para o paraíso com Cristo no momento da crucificação? A promessa de Jesus para ele foi: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23.43). Jesus não disse a ele que ele estaria em uma espécie de purgatório, mas sim no paraíso. Se o ladrão na cruz não precisou sofrer por seus pecados após arrepender-se e voltar-se para Cristo, por que, então, você teria de sofrer pelos pecados dos quais foi perdoado de uma vez por todas naquela Cruz? Não, você não vai para o purgatório, pois tal lugar não existe. Se você é um salvo, irá para a presença de Cristo. Se você não é um salvo, está condenado e por isso não crê, nem ouve (Jo 3.36).
Se você já é salvo, seu destino é ir direto para o céu e estar com Cristo. Jesus suportou todo o sofrimento necessário pelos escolhidos de Deus. Ele pagou o preço do pecado por você [se você é um salvo], pois o seu sofrimento não adiantaria de nada. Suas obras não podem salvá-lo da ira de Deus, a qual permanece sobre os réprobos eternamente (Jo 3.36). É o sangue de Jesus que nos lava dos pecados, não o nosso sofrimento ou boas obras (1Jo 1.7). Não há nada que você possa fazer para libertar os seus queridos do “purgatório”, pois tal lugar nem sequer existe. Aqueles que morrem no SENHOR “descansam” e são “bem-aventurados” [felizes], conforme diz Apocalipse 14.13. Como poderiam estar assim se estivessem sofrendo em um purgatório?
9. A SALVAÇÃO SE DÁ POR MEIO DE CRISTO OU DA IGREJA?
Muitas pessoas pensam que é a Igreja que salva e que não há salvação fora da Igreja Católica Romana (e esse erro é também cometido pela Igreja Evangélica ou Protestante). Assim, confunde-se Igreja com Cristo. Mas o que diz a Escritura? Como a Bíblia católica responde a essa importante questão?
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1.12). O que a Escritura diz a respeito de nos tornarmos filhos de Deus? Tornamo-nos filhos de Deus ao receber a Jesus Cristo como nosso Salvador. A propósito, ninguém pode “aceitar a Jesus”, como muitos pensam, como se Jesus necessitasse da aceitação humana para habitar em alguém. Na verdade a Bíblia diz que Cristo habita em nós quando O recebemos, e não quando O aceitamos. Independente de aceitarmos ou não a Ele, Ele operará a Sua vontade nos Seus escolhidos (Fp 2.13). A Escritura não cita nada aqui sobre a Igreja.
“Para que todo o que nEle crê tenha a vida eterna” (João 3.15). Como se obtém a vida eterna? Pertencendo à Igreja? Não. Mas sim depositando a fé integralmente no Senhor Jesus Cristo.
“Deus amou ao mundo (Kosmos – Mundo – aqui se refere aos escolhidos, não a cada indivíduo do mundo – vide contexto) de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Novamente, nem uma palavra da Escritura sobre a Igreja. Mais uma vez, o que temos aqui é apenas Cristo. Todo aquele que nEle crê e confia tem a vida eterna.
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; todavia, aquele que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus [eternamente]” (João 3.36). Nossa salvação repousa inteiramente sobre o nosso relacionamento com Cristo e não com a Igreja, pois é Cristo quem nos salva. A Igreja não é mencionada quando se trata da salvação dos escolhidos.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Foi Jesus quem afirmou isso. Perceba que Ele não disse “a Igreja é o caminho!” ou “ninguém vem ao Pai senão pela Igreja”. Não. Ele apenas disse: “Eu sou o caminho”. Jesus Cristo é o único caminho que pode nos levar até Deus.
“Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.12). Mais uma vez Jesus nos diz, por meio do apóstolo João, que não é a Igreja, mas Ele mesmo, o Cristo, que salva. Ele diz: “Aquele que tem o Filho”, não “aquele que tem a Igreja”.
“Não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12). Agora o testemunho e a palavra de autoridade vem dos lábios do próprio Pedro. O que ele diz? Pedro diz que a salvação está no nome de Cristo e em nenhum outro nome. “Nenhum outro nome”, diz ele, seja do protestantismo ou do catolicismo romano; seja padre, papa, pastor, Maria ou qualquer outro “santo”.
“Nenhum outro... debaixo do céu”, insiste Pedro, qualquer que seja a denominação (seita) em que alguém esteja inserido por pura ignorância. Pedro declara que a salvação se dá por meio de Cristo e só de Cristo. Então, por que não nos voltarmos para Cristo, já que a própria Bíblia católica diz que Ele é quem salva e não a Igreja?
10. SOMOS SALVOS PELAS OBRAS OU PELA GRAÇA?
A maioria esmagadora de crentes dentro da cristandade moderna, incluindo católicos romanos e evangélicos, diz que é pelas obras e pelos sacramentos. A Bíblia, porém, afirma que é somente pela graça, mediante a fé (Ef 2.8-9). Qual dessas posições está correta? Se é por obras, não pode ser pela graça; e se é pela graça, não pode ser por obras. Das duas, uma: Ou você se salva a si mesmo pelas obras, ou Deus salva você pela graça, mediante a fé por Ele concedida. Vejamos:
“Mas, ao que não trabalha [pela própria salvação], porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” (Romanos 4.5).
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8-9).
“Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, Ele nos salvou” (Tito 3.5).
É isso que a Bíblia ensina. Você pode ler tudo isso na Bíblia original ou na Bíblia católica. Em ambas as Bíblias essas verdades estão contidas com riqueza de detalhes. O que você fará a respeito disso? Todos esses versículos que acabamos de contemplar mostram, de modo claro e definitivo, que a salvação não é por obras, mas pela graça, mediante a fé que Deus concede aos seus eleitos.
Porém, onde entra o papel das obras? A Bíblia responde da seguinte forma a essa questão: “Mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tiago 2.18). As obras são frutos da verdadeira fé. A verdadeira fé produz as boas obras e não o inverso. Somos salvos PARA as boas obras e não pelas boas obras: “Porque somos feitura Sua [de Deus], criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou [de antemão] para que andássemos nelas” (Efésios 2.10).
Se você foi salvo, sua vida irá mostrar isso por meio das suas obras. Tudo que o verdadeiro cristão faz para Deus, ele o faz porque é salvo, não porque busca ser salvo por meio disso. “Fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Se não há mudança, e se a pessoa permanece escrava dos mesmos pecados, não tendo experimentado a libertação de suas más obras, então, não há evidência de que ela tenha sido salva. “Assim, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17).
E agora? Você crerá na Palavra de Deus tal como ela está registrada na Bíblia ou continuará crendo em doutrinas de demônios? Faça uma escolha. Lembre-se: Há apenas duas religiões no mundo – uma de Deus, outra dos homens. A religião dos homens prega a salvação pelas obras (pelo próprio esforço, por meio de jejuns, rezas e obediência à Igreja). Isso transforma a pessoa em sua própria salvadora. A religião de Deus diz que a salvação é pela graça conquistada por Jesus Cristo na cruz do Calvário, pois Ele pagou o preço de uma vez por todas no madeiro. “O justo viverá da fé” (Romanos 1.17). Nesse caso, Cristo é o Salvador.
O meu apelo é para que os escolhidos de Deus que estejam lendo este artigo desistam de toda confiança em si mesmo, de todo esforço, de toda obra e sacramento (não estamos falando da nossa responsabilidade imediata como cristão, mas sim da Salvação). Abra o coração para Jesus Cristo, se arrependa de seus pecados, peça perdão a Ele por ter vivido uma falsa religião até aqui, e O invoque como Seu Salvador único e pessoal. Confie no sacrifício de Cristo e no sangue que Ele derramou para a salvação dos que creem. Ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei” (Mateus 11.28).
Ele nunca rejeitou ninguém dentre os que O buscam da maneira bíblica. “O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (João 6.37). Venha, então, e ore para que Ele lhe conceda a verdadeira fé, pois “é Deus quem opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Filipenses 2.13). Por que continuar rebelde? Por que continuar tentando a Deus, uma vez que Ele se revelou de forma tão simples? Como podemos perceber, a Bíblia e a tradição católica romana entram em total contradição. Ou você crê e pratica o que está na Bíblia, ou você abre mão das Escrituras para seguir suas vãs tradições.
Disse Jesus: “Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição” (Marcos 7.9 – cf. Mc 7.13; Mt 15.6).
Continua em: Pedro possui as chaves da Igreja?
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