terça-feira, 26 de novembro de 2019

O “silêncio” dos tagarelas

A Escritura determina que um dos deveres primordiais dos santos neste mundo é JULGAR: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1Coríntios 6.2,3).

Há uma vasta lista de passagens bíblicas, tanto no Velho Testamento como no Novo, que nos estabelece uma das ordens mais enfáticas de Deus ao Seu povo: 'JULGUE e CONDENE o erro, a tempo e fora de tempo'. Sendo assim, eu poderia facilmente escrever um livro que tratasse somente desse tema.

No entanto, um movimento pseudopiedoso cresce em oposição ao evangelho. Eu costumo chamá-lo de "Seita dos Não-Julgueis". O que os membros dessa falsa religião fazem? Eles julgam você pelo seu ato de julgar, e geralmente o fazem com uma agressividade pobre de argumentos e sob a base de uma lista de xingamentos que não caberiam neste comentário. Os tagarelas defensores do "silêncio" são as pessoas mais hostis que podemos imaginar no campo ideológico, religioso e político. Além de não possuírem fundamentos para suas premissas claramente paradoxais, ainda te condenam por você tentar ensiná-los sobre qualquer assunto em que se deva estabelecer um julgamento justo. São analfabetos funcionais que passam a vida apontando os cinco dedos para os santos de Deus, embora, contraditoriamente, eles sejam contra o ato de julgar em qualquer sentido. Criam todo um estereótipo sensacionalista sob o nome de "paz e amor", mas não dormem enquanto não conseguem estigmatizar aqueles que, de bom grado, só tentaram alertá-los de seus erros.

Essa incoerência colossal em massa se estende na medida com que os defensores do "Silêncio" são os primeiros a se pronunciar contra o protesto. Eles nunca dizem nada contra o erro porque, dizem eles, isso deve ser discutido de "boca fechada". Agora veja onde a coisa vai parar: a heresia, segundo esses falsos piedosos, deve ser debatida às escuras (tente imaginar Jesus pensando dessa forma de frente para os fariseus de sua época); mas, paradoxalmente, encontram razões para nos atacar publicamente por causa do nosso prognóstico, e geralmente o fazem por meio do "ad hominem", isto é, por meio de ataques contra a nossa vida pessoal, e não contra a ideia discutida.

Ora, se esses mansos e amorosos "cristãos”, inimigos do protesto contra a heresia, se opõem ao ato de julgar publicamente, por que abrem a boca para estabelecer julgamentos hipócritas contra os que combatem o erro?

Guarde bem isso: Todo "cristão de vitrine", ou seja, falso cristão, que repudia o ato de julgar e que se emudece diante da profanação, com discursos de amor e piedade, pode ser facilmente detectado por falar frívola e inconsequentemente sem nada trazer de edificação. O falso piedoso é detectado por falar muito sem nada dizer de importante. Ele jamais irá estragar a festinha dos falsos mestres; ao contrário, ele irá censurar os que julgam retamente.

"E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Asia, e DISPUTAVAM com Estêvão. Mas o Espírito de Deus dava tanta sabedoria a Estêvão, que ele ganhava todas as DISCUSSÕES" (Atos 6.9,10).

“Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados” (Provérbios 31.8,9).

Continua em: 2 Coríntios 6.14-18 – Um chamado à separação

Para voltar ao início do livro, clique aqui:
SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

Acesse meu blog principal – JP Padilha – clicando aqui:
http://jppadilhabiblia.blogspot.com/

–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
–– Fonte 1: Página 
JP Padilha
–– Fonte 2: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário