segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O QUE SÃO AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ?

“Testemunhas de Jeová” é uma religião que usa a Bíblia de forma deliberadamente herética, enganando seus seguidores. Suas doutrinas procuram diminuir o Nome que está acima de todo nome, o Senhor Jesus Cristo. Eles negam que Cristo seja Deus e não dão honra ao filho como ao Pai (cf. João 5.23). A estes devemos tratar como está escrito em 2 João 1.7-11, pois são inimigos de Deus.

A salvação que pregam está baseada em obras, principalmente uma que é a de divulgar a doutrina da Sociedade Torre de Vigia e fazer novos escravos. Há, inclusive, um ranking dos melhores do mundo nessa prática de distribuição de literatura. A isso eles chamam "pregar o evangelho". Exceto para um suposto grupo de 144.000 membros da organização, os membros comuns não têm nenhuma esperança de viver no céu e o máximo que almejam é um lugar no Reino de mil anos que acontecerá aqui na terra. Mas, de onde surgiu esta contagem (144.000)? No final do artigo isso será explicado.

Jamais devemos sequer perder tempo ouvindo os membros desta seita, visto que não podemos aproveitar nada do que dizem. Mesmo que uma certa porcentagem do que dizem possa ser encontrado na Bíblia, não devemos dar ouvidos a eles. Lembre‑se de que há venenos para rato que são feitos com 90% do mais puro milho e apenas 10% de veneno fatal. Se você perguntar algo a eles, a resposta virá de um livro que eles possuem especialmente preparado com respostas para as principais perguntas das pessoas. Alguns deles levam o livro na pasta. Porém, não o usam publicamente.

Diante de um membro das Testemunhas de Jeová, devemos apenas pregar o evangelho da graça de Deus e bater na tecla de que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, e que é preciso crer nEle e em Sua obra consumada na cruz. Quando desejam falar sobre profecia, bom será que não percamos tempo em entrar neste tópico com eles, pois não entenderão a profecia corretamente enquanto não se converterem a Cristo.

BÍBLIA VS. TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Aqui vão algumas coisas que as Testemunhas de Jeová crêem e a resposta bíblica para cada uma das aberrações que geralmente ensinam. Veja como seus ensinos e crenças se diferem daquilo que a Bíblia diz:

Erro das TJ: O Espírito Santo é uma força ativa impessoal de Deus, The Watchtower, June 1, 1952, p. 24. O Espírito Santo é uma força, Reasoning from the Scriptures, 1985, pp. 406-407.

Refutação: O Espírito Santo é uma Pessoa divina que pensa, sente, sofre, fala, etc.

"E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13.2).

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção"
(Efésios 4.30).


Erro das TJ: Somente os membros da organização serão salvos, The Watchtower, Feb, 15, 1979, p. 30.

Refutação: O único meio de salvação é a pessoa de Jesus Cristo, graças à Sua obra na cruz. Nenhuma organização pode salvar.

"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4.12).

Erro das TJ: Jesus foi um anjo que se tornou um homem, The Watchtower, May 15, 1963, p. 307. Jesus foi o único homem perfeito, mas não Deus em carne, Reasoning from the Scriptures, 1985, pp. 306.

Refutação: Jesus é Deus, assim como o Pai é Deus e o Espírito Santo é Deus. Não há como entender; apenas crer.

“Eu e o Pai somos UM” (João 10.30).

“Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um”
(1 João 5.7).

“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”
(1 João 5.20).

“Se vós me conhecêsseis, também conheceríeis a meu Pai. De agora em diante o conheceis e o vistes”
(João 14.7).


“NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1).

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”
(João 1.14).

“O QUE era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida”
(1 João 1.1).

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tito 2.13).

Erro das TJ: Jesus não voltou da morte em seu corpo físico, Awake! July 22, 1973, p. 4. Jesus foi ressucitado "não como criatura humana, mas um espírito." Let God be True, p. 276.

Refutação: A visão do Senhor ressuscitado foi um privilégio apenas dos discípulos. Ele ressuscitou em um corpo físico, diferente do que tinha antes, pois era capaz de atravessar portas e paredes, mas igualmente físico. Não era um espírito.

“E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!” (João 20.26-28).

“Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; O que ele tomou, e comeu diante deles”
(Lucas 24.41-42).

“Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também”
(1 Coríntios 15.6).


Erro das TJ: Jesus retornou à terra invisivelmente, em 1914, The Truth Shall Make You Free, p. 300.

Refutação: Muitas religiões alegam ter Cristo voltado. No caso das TJ isso foi previsto numa falsa profecia que depois da data anunciada precisou receber a adição do “invisivelmente” para não voltarem atrás.

“E então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo; ou: Ei-lo ali; não acrediteis” (Marcos 13.21).

Erro das TJ: A Trindade não existe, Let God be True, p. 101-100.

Refutação: A existência da Trindade foi revelada no batismo do Senhor. O Espírito Santo desceu na forma de uma pomba e pousou sobre Ele; e Deus Pai declarou:
“Este é meu Filho amado em quem me comprazo” (Mateus 3.17). João 20.17 revela que o Pai é uma Pessoa distinta e que é Deus. 1 João 5.20 revela que Jesus é uma Pessoa distinta e que é Deus. Muitas passagens revelam que o Espírito Santo é uma Pessoa e é Deus (Gn 1.2; Mt 4.1; Jo 16.13; At 10.19; 13.2,4; 20.28; Rm 15.30; 1Co 2.10).

As três Pessoas são citadas na fórmula instituída por Cristo no batismo (Mt 28.19). No entanto, há um só Deus (1Tm 2.5). Satanás terá uma imitação da Trindade, representada na Besta, no falso profeta e no próprio Satanás (Ap 13.4,11; 20.10).

Erro das TJ: Boas obras são necessárias para a salvação, Studies in the Scriptures, Vol. 1, pp. 150, 152. A salvação é pela fé e pelo que você fizer, Studies in the Scriptures, Vol. 1, p. 150,152.

Refutação: As boas obras não salvam. Elas apenas podem ajudar a revelar se uma pessoa é salva em função dos frutos visíveis de sua transformação.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).

Erro das TJ: A alma cessa sua existência na morte, Let God be True, p. 59, 60, 67. Não existe inferno de fogo onde os condenados serão punidos, Let God be True, p. 79, 80.

Refutação: O inferno é o hades (sepultura), onde ficam os mortos perdidos até serem ressuscitados no fim do reino milenial de Cristo na terra para serem condenados. Só então serão lançados no Lago de Fogo (confundido por muitos com o inferno. O lago de fogo, onde o sofrimento é eterno, foi criado para Satanás e seus anjos, mas os homens também acabarão lá, embora não fosse essa a intenção original. Mesmo assim, não há fim para a alma ou para o fogo do sofrimento eterno. A palavra chave aí é "NUNCA". Assim como o salvo NUNCA perderá sua salvação, o condenado NUNCA ficará livre de sua condenação.

“E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.43-44).

“Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga”
(Lucas 3.17).


Erro das TJ: Somente 144.000 Testemunhas de Jeová irão para o céu, Reasoning from the Scriptures, 1985, pp. 166-167, 361; Let God be True, p. 121.

Refutação: O texto de Apocalipse mostra claramente que os 144.00 selados se tratam de ISRAELITAS das diferentes tribos de Israel, e não gentios salvos e pertencentes ao Corpo de Cristo que é a Igreja, cuja porção é celestial.

“E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados...” (Apocalipse 7.4).

Erro das TJ: Transfusão de sangue é pecado, Reasoning from the Scriptures, 1985, pp. 72-73.

Refutação: A passagem bíblica no Antigo Testamento e sua confirmação no Novo Testamento referente a essa questão mostra claramente tratar-se de “comer” sangue. Confundir o ato de comer com uma transfusão, que pode nem ser de sangue, mas de um derivado, é um erro grosseiro.

“Somente esforça-te para que não comas o sangue; pois o sangue é vida; pelo que não comerás a vida com a carne” (Deuteronômio 12.23 – admoestação feita a Israel).

“Todavia, quanto aos que crêem dos gentios, já nós havemos escrito, e achado por bem, que nada disto observem; mas que só se guardem do que se sacrifica aos ídolos, e do sangue, e do sufocado e da prostituição”
(Atos 21.25 admoestação feita aos crentes gentios – Igreja).


Erro das TJ: É possível perder a sua salvação, Reasoning from the Scriptures, 1985, pp. 358-359.

Refutação: Não é possível tirar das mãos de Deus aquele a quem Ele salvou pelo sacrifício de Seu próprio Filho. A palavra chave é "NUNCA".

“E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).

QUEM SÃO OS 144.000 SELADOS DE APOCALIPSE?

As “Testemunhas de Jeová” costumam usar o versículo de Apocalipse 7.4-8 para dizerem que somente 144.000 Testemunhas de Jeová irão para o céu. Esta é uma das maiores HERESIAS desta seita e qualquer criança alfabetizada pode constatar que o versículo de Apocalipse 7.4 está falando de JUDEUS que se converterão na Tribulação vindoura. São judeus israelitas, não gentios. Repare que a Bíblia identifica cada uma de suas tribos.

“E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados...” (Apocalipse 7.4).

Além dos judeus convertidos, há uma multidão (Ap 7.9‑17) de gentios convertidos que passarão pela tribulação (Ap 7.14).

A ordem dos acontecimentos é mais ou menos a seguinte: Acontece o arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), que inclui todos os salvos por Cristo. Ficarão na terra os que ouviram o evangelho e não creram e os que não ouviram o evangelho e não tiveram, portanto, a oportunidade de subirem no arrebatamento entre os salvos da Igreja. Os que ouviram e não creram não terão outra chance, pois Deus os fará crer na mentira do Anticristo que se levantará após o arrebatamento da Igreja (1Ts 2.7‑12).

Porém, os que não ouviram, judeus e gentios, poderão ainda se converter na Tribulação, e é desses que trata a passagem em Apocalipse em questão. No final da Tribulação, voltaremos com Cristo para julgar as nações (Segunda vinda) e terá início o Milênio, o Reino de Cristo sobre a terra. Não participaremos do Reino como súditos na terra, mas reinaremos com Cristo sobre a terra (2Tm 2.12). Entrarão no Milênio os judeus e gentios convertidos durante a Tribulação.

COMO REAGIR ÀS VISITAS DOS “TESTEMUNHAS DE JEOVÁ”?

O correto é repreendê-los e não recebê-los em casa, nem dar as boas vindas; nem mesmo cumprimentá-los (2Jo 1.10-11). Sendo assim, após detectá-los como falsos mestres, aplica-se Tito 3.10-11 e, por fim, 2Jo 1.10-11 naqueles indivíduos, pois são irrepreensíveis.

“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e vive em pecado, estando já em si mesmo condenado” (Tito 3.10,11).

“Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras” (2 João 1.10,11).

Não é correto se submeter ao proselitismo deles ou tentar convencê-los por nós mesmos. Cristo ORDENOU que não déssemos as coisas santas aos cães após sabermos que são cães (Mt 7.6). Visto que isso é um mandamento, pecamos ao desobedecê-lo.

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Trindade

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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

As incríveis semelhanças entre o Catolicismo e o Espiritismo

Sem sombra de dúvidas o Catolicismo Romano e o Espiritismo são duas dentre as maiores seitas antibíblicas do mundo. Neste artigo nós iremos falar exatamente sobre algumas semelhanças que o Catolicismo Romano nega ter com o Espiritismo. Embora o Catolicismo Romano condene o Espiritismo, não é pequeno o número de crenças e práticas que andam de mãos dadas pelos meandros das duas religiões. Fiéis romanistas por toda a parte creem, em algum nível e em algum aspecto, em alguma religião espírita. Eles praticam o espiritismo (muitas vezes sem se darem conta disso) e frequentam seus trabalhos, numa mistura de crenças que seriam “paralelas” com a religião herdada de seus pais como “única” e “santa” no mundo inteiro. Digo “paralelas” com aspas porque, no final das contas, o leitor verá que não há paralelismo algum entre as duas religiões. O que podemos encontrar são pequenos diferentes meios de se chegar ao mesmo abismo antibíblico.

Não são poucos os que, além de serem devotos de Maria e frequentarem assiduamente a seita católica, também creem em religiões esotéricas e astrológicas, confiam na força dos cristais ou sejam bruxos e encantadores. Esses fiéis misturam a fé do evangelho de Cristo com práticas condenadas pela própria Bíblia, inclusive satanistas. São pessoas muitas vezes cultas e bem informadas, mas que depositam sua confiança nos astros, na numerologia, no tarô, nos “pais de santo”, nos necromantes e em vários outros tipos de doutrinas de demônios. Essas pessoas praticam coisas abomináveis a Deus. Não satisfeitas com as aberrações do Catolicismo Romano ortodoxo, essas pessoas querem ir além. Elas querem o máximo de contato com o mundo dos mortos e não medem esforços para invocá-los em suas sessões espíritas. Elas não admitem que são sessões espíritas. Mas, se a invocação aos mortos não é uma sessão espírita, o que mais poderia ser? Elas invocam os nomes dos santos mortos e não querem ser comparadas aos espíritas? Oras, quanta hipocrisia! Afinal de contas, a prática é a mesma!

Uma reportagem da revista “Isto É” (n. 1629 – 6/20/2000, p. 96) nos dá um exemplo deste sincretismo religioso:

“Católica fervorosa e organizadora de uma festa do Divino que dura 15 dias, Maria Celeste Santos, a dona Celeste, é figura de destaque em São Luís do Maranhão. Quando o papa João Paulo II visitou a cidade, em outubro de 1991, ela foi escolhida para lhe entregar uma bandeja de prata em nome da população. Na época, porém, circulou pela cidade o boato de que o presente havia sido oferecido à Sua ‘Santidade’ pelo vodum Averequetê, que teria se incorporado em dona Celeste durante a solenidade. Embora não comente o episódio, ela sempre assumiu que é consagrada a Averequetê. Além de católica praticante, dona Celeste é também uma das líderes espirituais da Casa das Minas, um terreiro fundado em 1840 para cultuar os voduns, divindades africanas trazidas para o Brasil pelos escravos”.

O Catolicismo Romano possui em seu rol de doutrinas algumas práticas que se assemelham à citada acima, principalmente ao Espiritismo Kardecista. Pe. Artur Betti (2003), ao tentar refutar o Espiritismo, esclarece que as semelhanças entre Catolicismo Romano e Espiritismo são muitas e que o Catolicismo Romano condena crenças que ele mesmo possui, mas que existem com outra nomenclatura e história. Assim se expressa Artur Betti (p. 141 e 142):

“A doutrina espírita, até hoje, continua tendo como base e fundamentação a doutrinação original, acrescida das “comunicações dos espíritos”. Três pontos constituem verdadeiros dogmas para os espíritas: reencarnação, mediunidade e a fantasia de falar com os mortos (...) Segundo a sua doutrina, os espíritos se manifestam às pessoas, diretamente ou através da evocação ou chamamento feito pelo médium, que é um intermediário entre o mundo intermediário e o físico (...) Sabemos que a Palavra de Deus, a Bíblia, condena totalmente tais práticas e ensinamentos (...) Quem crê nessas coisas demonstra desconhecer a Bíblia, que diz: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). Desconhece também que, após a morte, vamos para um estado de vida definitivo, conforme o ensinamento do próprio Jesus (Lc 16.20-31)”.

Uma matéria publicada em um site católico (comshalom.org) rechaça aqueles que tentam encontrar semelhanças entre o Catolicismo e o Espiritismo, apontando 40 diferenças entre as duas religiões. A grande maioria dos pontos de fé citados concorda com o Catolicismo, obviamente. Por exemplo, quando se diz na matéria que a doutrina espírita nega a inspiração divina da Bíblia, a divindade de Cristo, a criação do mundo e do homem por Deus do nada, a redenção em Cristo, a existência do Céu e do inferno, entre outras.

Por outro lado, há de se dizer que em alguns pontos a doutrina espírita chega a concordar com a Bíblia, como quando nega a autoridade do Magistério da Igreja, a infalibilidade dos papas, os dogmas referentes a Maria, o valor dos sacramentos, a eficácia redentora do batismo nas águas (como se o batismo nas águas salvasse alguém), a presença real de Cristo na Eucaristia e a existência do purgatório. Todavia, devemos nos lembrar de que Satanás é sutil e sagas. Ele não negaria grande parte das Escrituras Sagradas para enganar o homem. O que ele faz, desde que tentou Jesus no deserto, é bem mais elaborado e caviloso. Quando ele deseja enganar, ele usa as Escrituras para distorcê-las e usá-las fora de seu contexto, fazendo mau uso das passagens bíblicas a fim de enganar por meio da própria Escritura (Mt 4.5-7).

O que o autor do artigo católico parece não saber é que as semelhanças entre o Catolicismo e o Espiritismo são muito mais sérias e comprometedoras do que as suas diferenças. Lendo os comentários acerca do Espiritismo feitos pelo padre Betti, podemos relembrar algumas doutrinas católicas que em tudo combinam com as doutrinas espíritas:

1. SALVAÇÃO E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL ATRAVÉS DAS OBRAS

O Catolicismo Romano tem sua crença baseada na “salvação por obras”. Embora afirmem que a salvação é pela graça, mediante a fé somente (Ef 2.8,9), é necessário – dentre várias outras coisas – o batismo, isto é, uma obra de iniciação no Cristianismo antes da fé. Sem o batismo, dizem eles, o fiel não recebe o Espírito Santo, não é salvo e não pode fazer parte da “Igreja”.

O Espiritismo, embora não creia na salvação da alma como crê o Catolicismo e o Protestantismo, mas na sua constante evolução espiritual até a perfeição, prega que a “salvação” se dá através das obras de caridade e do sofrimento pelo qual o espírito passa para purificar-se de seus pecados. A isto eles chamam de “expiação”, a qual parece substituir a expiação de Cristo na cruz. De qualquer forma, tanto do ponto de vista do Catolicismo Romano quanto do Espiritismo, a alma só alcança seu objetivo através de obras feitas pelas próprias mãos, onde faz-se necessário o sofrimento físico para ambos, como ensina Kardec no “Livro dos Espíritos” (2002):

“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. ‘Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta”.

2. PURGATÓRIO E REENCARNAÇÃO

Esta purificação nos lembra do sistema do purgatório, sendo que o purgatório é o fogo purificador do Catolicismo e a reencarnação é o sistema purificador do Espiritismo. Após uma vida inteira dedicada a Deus e à “Igreja”, ou mesmo após uma vida não tão santa e piedosa, o católico romano ainda tem que amargar uma estadia no purgatório para purificar-se daqueles pecados que não foram totalmente expiados em vida – uma clara negação de que Cristo morreu na cruz para pagar pelos pecados dos eleitos (Cl 2.13-15). Esta purificação se dá através do fogo purificador e da intervenção dos vivos ao seu favor. No Espiritismo o sistema é parecido – existe a necessidade de purificação (expiação) e os meios: sofrimentos e provas. No Concílio de Trento podemos ler:

983. “Já que a Igreja Católica, instruída pelo Espírito Santo, apoiada nas Sagradas Letras e na antiga Tradição dos Padres, ensinou nos sagrados Concílios e recentemente também neste Concílio Ecumênico, que existe purgatório [cfr. n° 840], e que as almas que nele estão detidas são aliviadas pelos sufrágios dos fiéis, principalmente pelo sacrifício do altar [cfr. n° 940, 950], prescreve o santo Concílio aos bispos que façam com que os fiéis mantenham e creiam a sã doutrina sobre o purgatório, aliás transmitida pelos santos Padres e pelos Sagrados Concílios, e que a mesma doutrina seja pregada com diligência por toda parte. Sejam, outrossim, excluídas das pregações populares à gente simples as questões difíceis e sutis e as que não edificam (cfr. l. Tim l, 4) nem aumentam a piedade. Igualmente não seja permitido divulgar ou discorrer sobre assuntos duvidosos ou que trazem a aparência do falso. Sejam ainda proibidas como escandalosas e prejudiciais aos fiéis aquelas coisas que têm em vista provocar a curiosidade ou que rescendem a superstição ou a um torpe lucro...”

840. Cân. 30. “Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, no purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o reino dos céus — seja excomungado” [cfr. n° 807].

A doutrina católica do purgatório, também ensinada no seu Catecismo, se apresenta como um lugar para quem já tem a salvação eterna garantida, mas que ainda precisa de uma purificação extra a fim de obter uma santidade necessária para entrar na alegria do Céu (nº 1030 a 1032). Isto significa que o sacrifício vicário de Cristo na cruz foi em vão, pois a crença do purgatório consiste na ideia de que as pessoas são salvas pelos seus próprios méritos ou pela intercessão de parentes e amigos vivos. Com isso, o morto prepara a sua alma para a salvação definitiva enquanto os entes queridos ou amigos rogam pelo indivíduo que supostamente está pagando pelos seus pecados no purgatório. Ou seja, a doutrina do purgatório elimina o fato de que foi Cristo quem pagou pelos pecados dos eleitos de uma vez por todas e coloca nas mãos dos homens o poder de salvarem-se a si mesmos e aos outros. De qualquer forma, de acordo com esse dogma, não existe uma ida direta para o céu por meio de Cristo, assim como é impossível para o fiel católico ou espírita purificar-se de uma vez por todas em apenas uma vida.

Assim como o purgatório é a segunda chance de Deus ao fiel católico, a reencarnação é a segunda chance de Deus ao espírita. O que o fiel católico purifica depois de morto no purgatório, o fiel espírita purifica, também depois de morto, através de outras encarnações. Todavia, o Espiritismo não crê no inferno (e menos ainda no lago de fogo – onde o sofrimento dos perdidos é eterno – Mt 25.41,46; Ap 20.10-15). Já o Catolicismo crê no “tormento eterno” e por isso se apegam às indulgências, missas, orações e mortificações. No texto abaixo citado (idem, p. 121) está explícita a semelhança entre a segunda chance do católico para se arrepender e purificar-se dos seus pecados após a sua morte e a segunda chance do espírita para se santificar onde, em vida, não o pôde fazer. Também podemos notar neste trecho o universalismo – a ideia herética de que Deus tem por filhos todos os seres humanos:

“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão” (...) Todos os espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhe concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova”.

3. A COMUNHÃO DOS SANTOS (VIVOS E MORTOS) E AS MESAS BRANCAS

O Catolicismo Romano critica o Espiritismo pela sua conduta em relação aos mortos em mesas brancas através dos médiuns ou livremente através do espírito intervindo no mundo dos vivos. Todavia, o dogma da “comunhão dos santos” coloca o fiel católico em contato com os que já morreram para venerá-los e observar seu exemplo de vida. E mais: o Concílio Vaticano II, cânon. 136, vai muito mais além quando afirma:

“Todavia não somente a título de exemplo veneramos a memória dos habitantes do céu, mas mais ainda para corroborar a união de toda a Igreja no Espírito, pelo exercício da caridade fraterna (cf. Ef 4.1-6). Porque assim como a comunhão cristã entre os viajores mais nos aproxima de Cristo, assim o consórcio com os Santos nos une também a Cristo, do Qual como de sua Fonte e Cabeça promana toda a graça e a vida do próprio Povo de Deus. Convém portanto sumamente que amemos esses amigos e co-herdeiros de Jesus Cristo, além disso irmãos e exímios benfeitores nossos, rendamos devidas graças a Deus por eles, ‘os invoquemos com súplicas e que recorramos às suas orações, à sua intercessão e ao seu auxílio’ para impetrarmos de Deus as graças necessárias, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, único Redentor e Salvador nosso”.

Porém, tudo o que já vimos sobre o purgatório e que se refere à “comunhão dos santos” nos leva a crer que o Catolicismo Romano mantém uma prática de convívio com os mortos tão profunda quanto o Espiritismo. Senão vejamos: a) os espíritas consultam os mortos; os católicos rezam a eles, fazem votos, promessas e simpatias; b) os espíritas acreditam em “fantasmas”, que são espíritos (bons ou maus) que entram em contato com os vivos para algum fim; os católicos contêm uma vasta lista de aparições de santos que já morreram, principalmente de Maria. De 1347 a 1987 foram 24 aparições de Maria reconhecidas pela Igreja Católica. Ainda existem 10 sendo examinadas pela “Igreja” e 47 sem pronunciamento oficial, estas datando até o ano de 1994. Temos o total de 81 aparições de Maria espalhadas pelo mundo. Isto sem contar o número de aparições não contadas de intervenções de diversos santos mundo a fora, seja diretamente e de forma pessoal, seja concedendo graças.

Evocar uma pessoa falecida implica comunicar-se com ela. Você diz seu nome, conversa com ela, pede seu auxílio, ouve a sua voz, sente a sua presença, etc. Todas essas coisas acontecem quando um fiel católico se ajoelha para rezar a algum santo falecido ou mesmo a um parente ou defunto milagreiro da moda. Oras, esta é uma prática espírita, como podemos ver no “O Livro dos Médiuns”, de Allan Kardec (2007, p. 364):
“Todos os espíritos, qualquer que seja o grau em que se encontrem na escala espiritual, podem ser evocados”. A forma como cada um procede é diferente, mas o fim é o mesmo. O padre Artur Betti, no texto supracitado, fala da “fantasia de falar com os mortos”. Mas não seria exatamente isso que os católicos fazem todas as vezes que rezam pedindo a intercessão de algum santo falecido ou quando invocam seus entes já falecidos, pedindo-lhes auxílio e bênçãos? Não seria um poder mediúnico o daqueles que afirmam ver, ouvir e conversar com os santos mortos, principalmente com Maria, como no caso das aparições em Fátima? Ora, se os mortos não têm qualquer tipo de contato com os vivos, como poderão ouvir orações e, ainda pior, respondê-las?

4. SANTOS CATÓLICOS E ENTIDADES DA UMBANDA

Dentro do seu discurso ecumênico, o Catolicismo Romano convive tranquilamente com o sincretismo religioso, o que o leva a promover cultos ecumênicos com judeus, muçulmanos, espíritas, evangélicos e adeptos de diversas religiões afro-brasileiras. Dentro deste sincretismo religioso, podemos perceber algo em comum com os santos católicos e os orixás da Umbanda (Baixo Espiritismo). Muitos santos cultuados pelo Catolicismo Romano são invocados pelos umbandistas com nomes diferentes. Alguns exemplos: Jesus Cristo (OXALÁ), Nossa Senhora (YEMANJÁ), Cosme e Damião (CRIANÇAS), São Jorge (OGUM), São Sebastião (OXOSSI), São Jerônimo (XANGÔ), São Cipriano ou São Lázaro (PRETOS-VELHOS), etc. É certo que a forma como cada um trata estes ícones e os invoca é diferente, mas a essência permanece a mesma: culto aos mortos e idolatria. Assim como os espíritas, os católicos possuem seus ídolos e vice-versa.

5. OBRAS DE CARIDADE

Outra semelhança entre estas duas religiões é a prática da caridade como pré-requisito para ser salvo. É claro que praticar a caridade é um mandamento bíblico. Todo aquele que é convertido ao evangelho de Cristo produz “boas obras” (Efésios 2.10), se empenha na caridade, auxilia os que nada têm, etc. O que os católicos e espíritas não entendem é que essas boas obras não podem salvá-los, por mais que eles se esforcem em se salvar a si mesmos por meio disso. Basta ler os dois versículos anteriores a essa passagem: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9). Além do mais, o próprio versículo 10 diz que Deus nos “preparou para que andássemos nas boas obras”, e não que essas obras procedem de nós mesmos. Essa é, sem dúvida, a estaca que finca no coração dos católicos e espíritas. Suas próprias obras de justiça não podem salvá-los e isso está registrado nas Escrituras.

As obras de justiça citadas na Bíblia em nada tem a ver com justiça social, como prega a “Teologia da Libertação”, mas sim com a prática do amor, isto é: a caridade está inserida dentro de um contexto de amor e não político. Todavia, o objetivo desta caridade advinda de instituições filantrópicas é que torna a prática católica e espírita repreensível. Os católicos praticam a caridade como uma forma de aliviar suas futuras dores no purgatório e merecer o Reino dos Céus, além de aliviar o sofrimento de seus entes queridos que já estão lá. As obras formam aquilo que o Catecismo da Igreja Católica denomina de “mérito do homem” (nº 2007 e 2008). Embora o Catecismo confirme que a salvação é somente mérito de Cristo e que tudo vem do Criador, este mesmo Catecismo católico ensina o seguinte:

“O mérito do homem diante de Deus, na vida cristã, provém do fato de que Deus livremente determinou associar o homem à obra de sua graça. A ação paternal de Deus vem em primeiro lugar por seu impulso, e o livre agir do homem, em segundo lugar, colaborando com Ele, de sorte que os méritos das boas obras devem ser atribuídos à graça de Deus, primeiramente, e só em segundo lugar ao fiel. O próprio mérito do homem cabe, aliás, a Deus, pois suas boas ações procedem, em Cristo, das inspirações e do auxílio do Espírito Santo”.

O Catecismo católico consegue separar “salvação” de “vida eterna” (nº 2010), como se ambos não fossem a mesma coisa, para confirmar a meritocracia do homem no plano da salvação. Já os espíritas praticam a caridade como uma obrigação religiosa da alma para evoluir em seu Karma – amenizar seu sofrimento infligido pela necessidade de expiar seus pecados pela eternidade. Isto não descarta a possibilidade das pastorais católicas e as obras de caridade espíritas estarem agindo com boas intenções, mas, a princípio, seriam essas as motivações para tais práticas. No entanto, a caridade deve ser praticada como mandamento divino, por amor, sem esperar receber nada em troca, principalmente naquilo que concerne à salvação da alma. Esta não pode ser comprada.

CONCLUSÃO

Como podemos ver, as doutrinas e práticas romanistas e as espíritas têm fortes ligações. Embora difiram no modo de se praticar, a essência e a prática são as mesmas. A busca frenética pelo contato com os mortos, as visões e aparições de pessoas que já morreram, a necessidade de obras em favor próprio e para obter a salvação, a purificação dos pecados, a idolatria, etc., estão todas de mãos dadas com o Catolicismo Romano e o Espiritismo. Todas formam um conjunto de crenças que se mesclam em um sincretismo religioso pagão totalmente desprovido de fundamento bíblico. Para tal feita, os católicos romanos possuem a Tradição e, os espíritas, inúmeros livros, sendo o principal deles “O Evangelho segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec. Tanto um quanto outro pecam em não reconhecerem as Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta, assemelhando-se aos Mórmons e aos Testemunhas de Jeová, cujas literaturas também pretendem ser complementares ou substitutivas à Bíblia.

Se perguntarmos a algum católico comum se ele é espírita, ele negará e provavelmente se benzerá três vezes. Mas se mudarmos a pergunta para os cinco pontos tratados acima, ouviremos várias afirmativas. Depois, confrontado com a realidade de que sua crença está intimamente ligada a práticas Kardecistas, o que ele dirá?

Tanto o Catolicismo Romano quanto o Espiritismo existem para anular a eficácia do sacrifício expiatório de Cristo. É como se Jesus tivesse falhado em sua missão em salvar os predestinados à salvação, os quais Deus escolheu antes da fundação do mundo (Ef 1.4). É como se Jesus não tivesse dito “tome a sua cruz e siga-me” (Mc 8.34), mas “tome seus méritos, suas obras e as obras dos que já morreram e siga-me”. As Escrituras são claras em dizer que só existe um Intercessor entre Deus e os homens, o qual é Jesus Cristo e mais ninguém (1Tm 2.5). Então, por que os católicos e os espíritas insistem em buscar ajuda por meio da intercessão dos mortos? Porventura não leram nas Escrituras que, por detrás desses supostos mortos está Satanás (Lv 20.27; At 16.16; 2Co 11.14)? Salvação sem Jesus como único Intercessor não é salvação. Salvação por obras também não é salvação.

O Catolicismo Romano e o Espiritismo existem para negar a doutrina da depravação total, comprometer a expiação particular (limitada aos eleitos), pregar um desejo de Deus de salvar o réprobo, silenciar o fato de que Deus odeia a todos os quais Ele não amou na eternidade e, então, negar a eleição e reprovação incondicional, recusando, assim, condenar o universalismo religioso e seus falsos mestres, permitindo a comunhão aberrativa com pessoas de todas as religiões, em uma grande festa ecumênica onde o jugo desigual é quem dita as regras.

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja amaldiçoado. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja maldito. Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1.8-10).


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O QUE SÃO AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ?

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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

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DESMASCARANDO O ESPIRITISMO

O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias mais hediondas e que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte, devido ao fascínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes de pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento da Palavra de Deus. Elas estão alienadas e totalmente distantes de Deus.

Alheio à Palavra de Deus e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído de uma espécie de “profundezas de Satanás”, pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios. Pessoas que desconhecem o evangelho não sabem o risco que correm espiritualmente ao buscar a Deus fora das Escrituras Sagradas.

1. RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

O espiritismo se constitui no mais antigo engano religioso já surgido.
Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque.

ESTRANHOS FENÔMENOS:

Em dezembro de 1847, Margaret e Kate Fox, respectivamente de doze e dez anos, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A princípio, julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares e uma mão fria tocou no rosto de uma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí, as meninas criaram um meio de se comunicar com o autor dos ruídos, o qual respondia perguntas com um determinado número de pancadas.

EXPANSÃO DO MOVIMENTO:

Partindo desse acontecimento que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali solo fértil, onde a semente do superticionismo espírita haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países da Europa também foram visitados com sucesso pelos espíritas norte-americanos. Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lyon, na França, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser este a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer em 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou “O Livro dos Espíritos”, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou toda a literatura afim disponível na Inglaterra e nos Estados unidos e dizia ser guiado por espíritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a idéia da reencarnação. De 1861 a 1867, publicou quatro livros: “Livro dos Médiuns”, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”.

Sendo um homem dotado de características físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi “apóstolo” das novas idéias que haveriam de influir na organização do espiritismo. Fundou a Revista Espírita, periódico mensal editado em vários idiomas. Ele mesmo assentou as bases da “Sociedade Continuadora da Missão de Allan Kardec”. Morreu em 1869.

2. SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO

Embora consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os
próprios espíritas preferem admitir haver diferentes formas de espiritismo, assim designadas:

ESPIRITISMO COMUM:

Dentre as muitas práticas dessa classe de espiritismo, destacam-se as seguintes:

a) Quiromancia – Adivinhação pelo exame das linhas das mãos. É o mesmo que “quiroscopia”.
b) Cartomancia – Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.
c) Grafologia – Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.
d) Hidromancia – Adivinhação pela aparência e movimento de um líquido, geralmente por meio da água.
e) Astrologia – Estudo e/ou conhecimento da influência dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecida como “uranoscopia”.

BAIXO ESPIRITISMO:

O baixo espiritismo, também conhecido como espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes práticas:

a) Vudu – Culto de negros, antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual católico romano. É praticado principalmente no Haiti.
b) Candomblé – Religião dos negros ioruba, na Bahia.
c) Umbanda – Designação dos cultos afro-brasileiros, os quais se confundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, catimbó e outros cultos sincréticos.
d) Quimbanda – Ritual da macumba que se confunde com os do umbanda.
e) Macumba – Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de religiões indígenas brasileiras e do catolicismo romano.

ESPIRITISMO CIENTÍFICO:

O espiritismo científico é também chamado “alto Espiritismo”, “Espiritismo Ortodoxo”, “Espiritismo Profissional” ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, como “sociedade”, como, por exemplo, a LBV (Legião da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida também como:

a) Ecletismo – Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade.
b) Esoterismo – Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.
c) Teosofismo – Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que têm por objetivo a união do homem com a divindade mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado por Helena Petrovna Blavatsky, mística norte-americana (1831-1891), fanática adepta do budismo e do Iamaísmo.

ESPIRITISMO KARDECISTA:

O espiritismo Kardecista é a classe de espiritismo comumente praticada no Brasil e tem como principais teses, entre muitas outras, as seguintes:

a) Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados.
b) Crença da reencarnação.
c) Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos.
d) Crença na pluralidade dos mundos habitados.
e) A caridade é a virtude suprema e que define o ser humano; é aplicada tanto aos vivos como aos mortos.
f) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando em um mundo longínquo.
g) Mais perto dos homens estão os “espíritos-guia”.
h) Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.

Evidentemente, o diabo é um demagogo muito versátil e maleável, capaz de muitas transformações. Aos psicólogos, ele diz: “Trago-vos uma nova ciência”. Aos ocultistas, ele assevera: “Dou-vos a chave para os últimos segredos da criação”. Aos racionalistas e teólogos modernistas, ele declara: “Não estou aí. Nem mesmo existo”. Assim faz o espiritismo: muda de roupagem, como o camaleão muda de cor, de acordo com o ambiente, ainda que, na essência, continue sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabólico.

3. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO

A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir. Sobre este assunto, escreveu Allan Kardec:
“A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição… A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho Segundo o Espiritismo).

A BÍBLIA NEGA A REENCARNAÇÃO E REFORÇA A RESSURREIÇÃO

A Bíblia não faz qualquer referência à palavra “Reencarnação” e tampouco a confunde com a palavra “Ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Francisco da Silveira Bueno, “Reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar; é uma pluralidade de existências”. É a crença de que, após a morte, a alma e o espírito de um ser humano retorna à vida com outro corpo.

Em contraste com essa ideia, a palavra “Ressurreição”, no grego, é “Anastasis” e “Égersis”, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra, com o mesmo corpo, alma e espírito. No latim, “Ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “Ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo após a morte física.

RESSURREIÇÃO NA BÍBLIA

No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida na terra, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno e final – o de Jesus, que já ocorreu, e de seus santos no arrebatamento – que ainda há de ocorrer antes da Tribulação vindoura. A ressurreição de Jesus é diferente porque se trata de ressurreição para nunca mais morrer, assim como ocorrerá com a Igreja dos santos antes da Tribulação (1Ts 4.16-17; Ap 3.10). No caso de Jesus, sua ressurreição não se dá somente pelo fato de Ele ser Deus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressurreição real (1Co 15.20-23).

Comecemos falando das ressurreições futuras e, no final, falaremos daquelas já ocorridas. Sim, TODOS ressuscitarão, cada um por sua vez e com objetivos e destinos diferentes. Deus sempre faz distinção entre salvos e perdidos, até quando diz dos salvos que “dormem” e dos perdidos que estão mortos. Por isso você não encontrará o mesmo tratamento dado à ressurreição dos perdidos como o que é dado à ressurreição dos salvos em passagens como 1 Coríntios 15, onde tudo ali é muito positivo na forma de linguagem utilizada.

Repare que ele fala da ressurreição DENTRE os mortos, ou seja, dos salvos, enquanto os mortos continuam mortos aguardando pela ressurreição da condenação que ocorrerá no Juízo Final:

“Assim também a ressurreição DENTRE os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” (1Co 15.32-44).

Não podíamos esperar que Deus falasse da ressurreição dos perdidos como uma ressurreição em incorrupção, glória e vigor porque estes privilégios são exclusividade dos salvos. Mas, que os perdidos ressuscitarão é um fato. Mas ai deles quando ressuscitarem, porque do sofrimento atual que experimentam no hades (inferno) enquanto estão apenas em alma e espírito, entrarão numa eternidade de sofrimento no lago de fogo com seus corpos também, como já fora explicado.

A Bíblia fala da ressurreição de todos os mortos. Porém, a mesma Bíblia faz distinção entre os que ressuscitarão para a vida e os que ressuscitarão para a condenação, lembrando sempre que a ressurreição não significa ganhar um novo corpo, mas sim receber de volta o nosso corpo em uma condição que não morre mais. Quando Jesus ressuscitou, o túmulo ficou vazio. Seu corpo não ficou lá.

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Daniel 12.2-3).

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5.28-29).

Antes que você se apresse em achar que é fazendo o bem que se obtém a vida eterna, o versículo está falando do apanhado geral e final. Os que aí aparecem com a característica de terem feito o bem são aqueles que foram salvos pela graça, mediante a fé (e não por obras), para praticarem o bem que Deus lhes designou fazerem. Isso vai contra tudo o que o espiritismo ensina, pois no espiritismo o que importa é se você faz o “bem” segundo o que você pensa, enquanto na Bíblia é dito que você é salvo pela graça, mediante a fé somente, e não por praticar o “bem” segundo a sua imaginação. Senão, vejamos:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).

Outro versículo que fala da ressurreição dos que fizeram o bem por terem sido justificados pela fé é Lucas 14.14: “E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos”. Mas não se apresse em achar que a ressurreição é só dos justos, pois Atos 24.15 logo corrige tal pensamento: “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos”.

Jesus ressuscitou de entre os mortos, e os salvos também ressuscitarão de entre os mortos, pois a ressurreição é seletiva. Repare no versículo abaixo a palavra "dentre" ou "de entre". Uma coisa é dizer que todos ressuscitarão, ou falar genericamente da ressurreição "dos mortos"; outra coisa é traçar uma distinção para alguns que ressuscitarão "dentre" ou "de entre" os mortos, enquanto outros continuam mortos, como também já fora mencionado aqui.

“Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição DENTRE os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento” (Lucas 20.35).

Quando Jesus ressuscitou, somente o seu corpo saiu da sepultura naquela condição que os salvos terão, isto é, de um corpo perfeito e incorruptível, não mais sujeito ao tempo e ao espaço. Os corpos dos salvos, quando forem ressuscitados, serão de carne e ossos, assim como é o corpo de Jesus hoje no céu. Todavia, repare que é dito que sua ressurreição foi “dentre” os mortos, pois os outros continuaram em suas sepulturas naquele tempo.

“E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito DENTRE os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Colossenses 1.18).

“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou DENTRE os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Tessalonicenses 1.10).

No fim dos tempos, ressuscitarão apenas os perdidos, os quais receberão de volta seus corpos para poderem receber a sentença da condenação eterna no lago de fogo:

“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o hades deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” 
(Apocalipse 20.11-15).

Esta passagem, que costuma ser chamada de "Juízo Final", é na realidade o juízo final dos perdidos. Nenhum salvo tem participação nisso, visto que já terão sido salvos em vida e, se morreram, já estarão ressuscitados para a vida. Aqui apenas os mortos aparecem. A passagem que diz “deu o mar os mortos que nele havia, e a morte e o hades deram os mortos que neles havia” nos fala dos corpos, das almas e dos espíritos. Um corpo sepultado no mar é a condição de maior degradação que você possa imaginar, já que na vida marinha, em quase toda a sua esfera, é carnívora e literalmente nada sobra de um corpo sepultado lá. Mesmo assim, Deus saberá recuperar cada partícula dele na ressurreição. O hades nos fala da condição de morte em que se encontram as almas e espíritos dos mortos, separados de seus corpos. O que muitos não sabem é que o hades é o verdadeiro inferno, onde ficam os perdidos em um estado de morte, ao contrário do que muitos pensam, alegando que o inferno é o lugar de sofrimento dos mortos perdidos. Só que lá é apenas um lugar temporário até que eles sejam lançados no verdadeiro lugar de sofrimento eterno – o Lago de Fogo e Enxofre.

É bom lembrar que o assunto aqui é a ressurreição definitiva, aquela da qual ninguém mais voltará a morrer, e não as ressurreições que encontramos nas Escrituras, como a de Lázaro e outros. Ainda falaremos sobre as ressurreições que ocorreram no período testamentário.

A expressão “ressurreição dentre os mortos”, como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20.36). Essa expressão é a tradução correta do original. A palavra “dentre” indica que os mortos perdidos continuarão sepultados quando os santos ressuscitarem no arrebatamento, porquanto a ressurreição dos perdidos ocorre somente no Juízo Final para que eles sejam julgados e lançados no Lago de Fogo (Ap 20.10-15). Há um intervalo de mil e sete anos entre a ressurreição dos salvos e a dos perdidos, visto que Cristo e Sua Igreja (ressuscitada e arrebatada antes da Tribulação) reinarão sobre a terra por mil anos – por isso é chamada de “primeira ressurreição”, pois se trata dos salvos ressuscitando mil e sete anos antes dos perdidos (Ap 20.6). Ou seja, os salvos são ressuscitados para irem para o céu, enquanto os perdidos são ressuscitados para serem condenados e nada mais (Ap 20.10-15).

AS RESSURREIÇÕES OCORRIDAS NO PERÍODO TESTAMENTÁRIO

Há oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno e final – o de Jesus, que já ocorreu. No caso de Jesus é diferente porque Ele já subiu ao céu e, em breve, ressuscitará a sua Igreja para estar com Ele na casa do Pai, e assim a Igreja ficará por um tempo significativo no céu, como prometido por Ele (Jo 14.3; 1Ts 4.17)

Além da ressurreição de Jesus, sete outros casos de ressurreição na Bíblia são mencionados. Podemos constatar isso por ordem cronológica:

1 – O filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.19-22);
2 – O filho da sunamita (2Rs 4.32-35);
3 – O defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2Rs 13.21);
4 – A filha de Jairo (Mc 5.21-23,35-43);
5 – O filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17);
6 – Lázaro (Jo 11.1-46);
7 – Dorcas (At 9.36-43).

O caso da ressurreição de Jesus, que, como já dissemos, é diferente por Ele já ter subido aos céus, está registrado em Mateus 28.10-10, Marcos 16.1-8, Lucas 24.1-12, João 20.1-10 e em 1 Coríntios 15.4,20-23.

Allan Kardec nega ressurreição da seguinte forma:
“A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos”.

É evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Citaremos abaixo apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.

LÁZARO:

O testemunho de João no capítulo 11 é que Lázaro:

1 – Estava morto (vs. 14,21,32,37);
2 – Estava sepultado já havia quatro dias (vs. 17,39);
3 – Já cheirava mal (vs. 39);
4 – Foi ressuscitado ainda amortalhado (vs. 44);
5 – Foi ressuscitado com o mesmo corpo e com a mesma aparência que possuía antes de morrer (vs. 44).

JESUS:

O testemunho das Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo é que:

1 – Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33).
2 – José de Arimateia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19.38-42).
3 – Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6).
4 – Mesmo depois de ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos a fim de mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27).

UMA TEORIA ABSURDA

Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, conhecida como “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, usaram a versão bíblica do padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 de João 3: “Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que
renascer de novo” (grifo meu), quando o versículo original é escrito da seguinte forma: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (grifo meu).

Oras, “Renascer” já significa nascer de novo, enquanto que “renascer de novo”, como foi acrescentado pelos tradutores do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, se constitui numa intolerável redundância e heresia, mas não sem sentido próprio por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.

JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?

Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discípulos: – “Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus respondeu: – De fato Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram… Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista” (Mateus 17.10-13).

A opinião espiritista destas passagens é aberrativa! Prevalecendo-se do literalismo destes versículos, escreveu Allan Kardec:
“A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade…” “É ele mesmo o Elias, que havia de vir”. Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, págs 25-27).

OBJEÇÃO BÍBLICA

Um dos conceitos de hermenêutica mais conhecido e que não deve ser ignorado é aquele que diz que a Bíblia interpreta a si mesma. Portanto, como verdadeiros cristãos, somos impedidos de fazer uso de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar o mais simples dos seus ensinos. A Bíblia mesma dá respostas às suas indagações. A prova disso é que quando perguntado a João Batista se ele era Elias encarnado ou não, Ele mesmo responde, dizendo: “Não sou” (João 1.21).

Sobre João Batista, é dito em Lucas 1.17: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Isto não quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria peculiaridade do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João Batista e Elias. Essa situação é semelhante ao jargão que diz “Tal pai, tal filho”. Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnação do outro, mas sim que existem hábitos comuns entre ambos.

CINCO PONTOS A CONSIDERAR SOBRE JOÃO BATISTA E ELIAS

Dentre as muitas razões pelas quais devemos crer que João Batista não era Elias reencarnado, temos os seguintes fatos:

• Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc 9.7-8).

• Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado ao mesmo tempo (Lc 9.7-9).

• Se reencarnação é o fato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser a reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, já que Elias não morreu, mas foi arrebatado vivo ao céu (2Rs 2.11).

• Se João Batista fosse Elias, seria ele o primeiro a saber disso, e não os judeus ou os espíritas. Quando lhe perguntaram “És tu Elias?”, ele respondeu rispidamente: “Não sou” (João 1.21).

• Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt 17.18).

Fica provado, portanto, que as Escrituras não apoiam a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados “fatos comprovados” da reencarnação, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.

4. A INVOCAÇÃO DE MORTOS

Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o espiritismo cai por terra irremediavelmente. E já caiu.

DEUS CONDENA A INVOCAÇÃO DE MORTOS

Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem que consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque nações, que hás de possuir, ouvem os prognasticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa” (Deuteronômio 18.9-14).

Com base neste mandamento, que veio por meio de Moisés, no seu livro “O Céu e o Inferno”, Allan Kardec diz:
“… Moisés devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de contatos com o inimigo”.

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec, atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas.

A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. Nas práticas de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações, mentiras, farsas e manifestações de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos – espíritos enganadores – manifestam-se, identificando-se com pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, os quais terminam sempre em destroços. São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.

O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8.19-20).

ESTADO DOS MORTOS

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada que se faz e acontece na Terra (Ec 9.5-6; Sl 88.10-12; Is 38.18-19; Jó 7.9-10).

Nenhum dos textos bíblicos mencionados contradiz a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna. Os citados textos mostram, sim, que o homem, após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na Terra.

SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR:

Sugiro que o leitor abra a sua Bíblia neste momento e leia o capítulo 28 de 1 Samuel. Leia todo o capítulo e em seguida volte à leitura deste artigo.

Concluída a leitura desta porção das Escrituras, algumas perguntas vêm à mente, tais como: É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita em En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: “A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião”. Essa também era a opinião de alguns dos mais destacados escritores da Igreja dos primeiros séculos, tais como Justino Mártir e Orígenes. Porém, vemos homens de mais destaque na história da Igreja dizendo o contrário. Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam – com toda a razão – que um demônio apareceu em forma de pessoa, personificando Samuel. Oras, é muito fácil concordar com estes homens, uma vez que eles não precisaram ir muito longe para perceber, logo no versículo 7, após Saul não obter respostas por parte de Deus (pois Deus não respondia mais às suas orações), o mesmo mandou que seus criados fossem atrás de uma mulher com “espírito de feiticeira”. Seus criados sabiam que em En-Dor havia uma mulher que tinha um “espírito de adivinhação” (vs 7). Era simplesmente uma necromante – uma bruxa. Todos nós sabemos o que Deus pensa de uma necromante. Quem se atentou ao capítulo inteiro de 1 Samuel 28 sabe muito bem que já no versículo 7 não é preciso pensar muito antes de tirar uma conclusão.

Até mesmo uma despretensiosa análise de 1 Samuel 28 mostra com clareza meridiana que um espírito de engano (e não Samuel) foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a opinião de que Samuel (já morto) apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:

1 – Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prática que o próprio Deus condenou (Dt 18.9-14). Deus não iria permitir que uma prática enganosa desse certo porque Ele mesmo disse que se trata de um engano de Satanás. Então, por que Deus permitiria uma aberração dessas?

2 – Quando vivo, Samuel informou a Saul que Deus o tinha rejeitado. Após isso, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei. Nem em vida e muito menos em morte.

3 – Se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso. Oras, Samuel era profeta de Deus. Como ele poderia fazer uma coisa dessas, mesmo em vida? E mais: Samuel não diria que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vs. 19).

4 – Saul mesmo disse que Deus não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (vs. 6,15), pelo que Deus, no último momento, não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação, não teria entrado em contradição com sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7.9-10; Ec 9.5-6; Lc 16.31), não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é um pecado – o mau agindo – como Ele mesmo disse ser (Dt 18.9-14) e não teria afirmado que Saul morreu por causa da consulta feita à médium (1Cr 10.13).

5 – Saul disse à médium a quem ela deveria chamar. É óbvio que ela não tinha conhecimento da aparência de Samuel quando ele estava vivo. Mas as Escrituras não nos deixam sem resposta quanto a isso. Se você abrir a Bíblia em 2 Coríntios 11.14, verá que Satanás pode se disfarçar de qualquer criatura. Ele se transfigura até mesmo em anjo de luz (2Co 11.14).

6 – A médium temeu porque: (a) em seu transe ela reconheceu Saul (vs. 12), que era conhecido como inimigo das práticas espiritistas, como Deus sempre o ensinou. (b) Ela viu um espírito pairando em torno da aparição que, com “prodígios de mentira”, se fazia passar por Samuel.

7 – Saul mesmo não viu Samuel. Ele simplesmente supôs que era Samuel de acordo com a descrição da médium.

8 – Quanto à profecia abordada durante a sessão em En-Dor, temos as seguintes possibilidades:

• A mulher percebeu o medo de Saul de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse.

• A mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (1Sm 15.15,18), que vinha perseguindo Saul (1Sm 16.2; 20.31, etc.) pelo que lhe disse que ele esperava ouvir.

• Se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher teria sido lembrada da profecia de Samuel, fazendo uso dela.

9 – Não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. A Bíblia nos ensina que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), e isso é válido para toda a era do povo de Deus. No capítulo 15 de 1 Samuel, a questão dessa guerra já havia sido levantada bem antes de Saul consultar a médium.

10 – A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos. Pelo contrário, o SENHOR o puniu tempos depois, justamente por ele ter consultado a médium, traindo a LEI MORAL de Deus.

“Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1 Crônicas 10.13).

PROFUNDEZAS DE SATANÁS

A melhor maneira de se definir o espiritismo é chamá-lo de “Profundezas de Satanás” (Ap 2.24). Assim devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44), sabe imitar a realidade com os seus embustes (Ex 7.22; 8.7), se transforma em anjo de luz (2Co 11.14) e tem o poder de operar milagres (2Ts 2.9).

Aqueles que se envolvem com o espiritismo estão sob as malhas da rede de Satanás, correndo o risco de jamais se libertarem dela.

5. PODEM OS MORTOS AJUDAR OS VIVOS?

Para saber se os mortos podem ajudar ou não os vivos, leia a parábola do rico e Lázaro, contada por Jesus em Lucas 16.19-31. Precisamente os versículos 22 e 23 dizem: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio”.

Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso de Deus, enquanto que o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, de onde, em agonia, clama: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (vs. 24).

Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento daquele infeliz. Porém, o pai Abraão respondeu: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá parar para cá” (vs. 25-26). Esta parábola seria suficiente para um crente genuíno sair correndo do espiritismo, pois a mensagem predominante de Cristo ao contar esta estória é: É IMPOSSÍVEL, POR DECRETO DE DEUS, QUE UM MORTO VENHA PARA O MUNDO DOS VIVOS, OU QUE TENHA QUALQUER CONTATO COM O MUNDO NOVAMENTE. Em contrapartida, podemos consultar passagens onde a ordem é direta: “... Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo” (
Hebreus 9.27).

Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que chegamos são:

a) A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que viveu aqui na terra. Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto que o homem rico, vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi levado para o inferno de trevas e sofrimento.

b) O lugar para onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno (Mt 25.46), e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos espíritos.

c) Se o homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, possui uma “porta de escape” após a morte, como admite o espiritismo, o evangelho de Cristo deixa de ser o que é. O sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia. Seu sacrifício vicário não teria sentido algum.

d) Se um falecido pudesse, de alguma forma, ajudar os seus entes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro à casa dos seus irmãos a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno. Se um morto pudesse ajudar um vivo, ele mesmo teria feito isso.

e) Se fosse possível que o espírito de um falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes deste.

f) Tudo quanto o homem precisava conhecer concernente à salvação e à vida eterna se encontra claramente nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo.

Toda revelação divina escrita encerra-se nas seguintes palavras de Jesus Cristo: “Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22.18,19)

Assim, os chamados “bons ensinamentos” dos espíritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois se apresenta como nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus – a Bíblia Sagrada.

Quanto a isso, a Palavra de Deus não poderia ser mais clara do que em Gálatas 1.6-10: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja AMALDIÇOADO. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja MALDITO. Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1.6-10 – ênfase minha).

6. DE DEUS NÃO SE ZOMBA

As pessoas correm um grande perigo quando se enveredam a essas tristes aventuras e experiências de sessões espiritistas. Para ilustrar isso, usaremos a história do bispo episcopal James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim e o relacionamento de ambos com o espiritismo. Esta história foi publicada no Anuário Espírita de 1971. A intenção ao nos reportarmos a ela é oferecer subsídios ao leitor no combate ao erro espiritista e advertir aqueles que estão se deixando iludir por esses ensinos e experiências de demônios.

A TRÁGICA MORTE DE JIM

Pike tinha um único filho, Jim, um belo e culto jovem. Em 1966, pai e filho se encontravam na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar aos Estados Unidos. Voou para Nova York e, ali, no seu quarto de hotel, se matou com um tiro. Jim tinha dificuldades em se relacionar com as pessoas e estava distante em relação ao pai. Por ironia, somente após a morte, através de médiuns americanos e Ingleses, ele teria conseguido, segundo o relato, comunicar-se com seu pai, Pike. Jim tinha 22 anos. Sua morte deixou seu pai arrasado! A coisa ficou ainda mais dramática porque, por incrível que pareça, Pike não acreditava na vida após a morte. Era seminarista católico e se desiludiu com o catolicismo. Mesmo como bispo episcopal, sua situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas da religião, via-se constantemente atacado e não poucas vezes taxado de herege (Pudera).

COISAS ESTRANHAS COMEÇAM A ACONTECER

Após os funerais do filho, nos Estados Unidos, Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer. Roupas eram atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes, etc.

Como qualquer pessoa que se envolve com o espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em lugar de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém que pudesse explicar tais fenômenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato com uma médium inglesa chamada Ena Twigg. Uma sessão foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquele que julgou ser o espírito do seu filho Jim. O suposto espírito dizia: “Tenho sido tão infeliz!” Quando solicitado pelo pai, respondeu que não acreditava em Deus como uma “pessoa”, mas que, agora, acreditava na eternidade (???).

Além disso, o rapaz o exortou a prosseguir em suas pesquisas e “predisse” que o pai abandonaria sua “igreja”. Pike se mostrou constrangido, mas Jim insistiu: “Você o fará”. Isto ocorrerá no dia 1º de agosto.

PIKE DEIXA A IGREJA

Logo após voltar à América, Pike entrou em contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual participou de um programa de televisão. No citado programa, Ford ficou em transe, transmitiu mensagens que ele acreditava ser de Jim a Pike. O programa produziu tão grande escândalo, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deixá-la.

Não muito depois da morte de Jim, após ingerir forte dose de barbitúricos, morre a senhora Marem Bergrud, secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Alguns dias atrás, estando ela melhor de saúde, os espíritos cochicharam ao seu ouvido que, se ela pusesse fim a sua vida, ela poderia perpetuar aquele estado de melhora. Foi o que ela fez.

Com a morte do filho e agora da secretária, Pike ficou ainda mais devastado. Mesmo assim, continuou buscando fenômenos relacionados com o além-do-túmulo.

O OUTRO LADO

Pike juntou todo o material das sessões espíritas das quais havia participado e escreveu o livro “O OUTRO LADO”. Pike foi uma presa fácil, caindo sob a armadilha do espiritismo sem nenhuma resistência. Ao abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psíquicos em um dos seus diálogos com o suposto espírito de seu filho. Jim indagou se ele ouvia falar de Jesus no espiritismo, ao que Pike respondeu: “Meus mentores dizem: ‘Você ainda não está em condições de compreender. Eu não encontrei nada, mas todos falam a respeito de Jesus como um místico – um vidente. Eles não o mencionam como o salvador, mas como um exemplo (Mais uma vez, como de costume de qualquer seita, Cristo é apresentado não como o Salvador de seus escolhidos, mas como um “exemplo de homem moral”). Você compreendeu? O que eu tenho a dizer é que Jesus é ‘triunfante’. Você não pode me pedir que lhe diga o que ainda não compreendo. Ele não é o salvador, mas um exemplo a ser seguido”. Na folhinha de revelações ainda é acrescentado: “… e agora Pike julga-se um ‘cristão autêntico’”.

A LEI DA SEMEADURA E DA COLHEITA

Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Jesus andou, e exerceu o seu ministério espiritista. A Bíblia já não valia mais nada para ele. Jesus, o Cristo – o Filho de Deus, não passava de um místico, um vidente, e nada mais que isso. Ali aconteceu o que certamente ele não previa: no dia 7 de setembro de 1969 o seu corpo foi encontrado sem vida, quase que completamente encoberto pela areia dos desertos próximos do mar Morto.

Vale a pena lembrar o que a Palavra de Deus diz quanto a isso: “Não vos enganeis; Deus não se deixa ser zombado; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6.7-8).

7. VOCABULÁRIO ESPIRITISTA

Assim como a pessoa é conhecida pelo vocabulário que usa, de igual modo o espiritismo é mais bem identificado por seu vocabulário, usado para comunicar os seus enganos. É evidente que muitas das palavras seguintes, usadas no linguajar espiritista, podem ter diferentes sentidos. Na lista a seguir, vamos dar o significado de cada termo usado pela seita, de acordo com a interpretação dada pelo próprio espiritismo.

PALAVRAS DE ENGANO

Do grande universo de vocábulos usados pelo espiritismo, destacam-se os seguintes:

• MÉDIUM – Pessoa a quem se atribui o poder de se comunicar com os espíritos de pessoas mortas.

• MEDIUNIDADE – É o fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do médium. Nisso, o espírito passa a falar por meio desse médium, usando o seu corpo para tal.

• CLARIVIDÊNCIA E CLARIUNDIÊNCIA – Fenômenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo de ligação e comunicação entre o mundo visível e invisível.

• LEVITAÇÃO – Força psíquica por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde o objeto ou uma pessoa pode se elevar do solo. É muito praticada na parapsicologia, que é uma falsa ciência. Resumindo: Uma farsa tão escancarada que somente as mentes mais incautas, desprovidas de intelecto ou do próprio senso comum, chega a acreditar.

• TELEPATIA – Comunicação por via sensorial entre duas mentes à distância; transmissão de pensamento.

• CRIPTESTESIA – É o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum vivo.

• PREMONIÇÃO – Sensação ou pressentimento do que vai acontecer.

• METAGNOMIA – É a resolução de problemas matemáticos – obras artísticas que se produzem e línguas desconhecidas que se decifram. É muito parecido com aquelas línguas desconexas que os evangélicos pentecostais pronunciam, achando que estão a exercer o “dom de línguas” da era apostólica. Um grande engano de satanás.

• TELECINÉSIA – Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais e alterações de balanços sem o toque de mãos.

• IDIOPLASTIA – É a alteração do corpo físico em virtude do pensamento.

CARACTERÍSTICAS DESSES FENÔMENOS

Cássio Colombo, em um “Estudo sobre o Espiritismo”, chama a nossa atenção para o fato de que esses “fenômenos”:

1 – Não são fatos comuns da vida; antes, impressionam pela sua anormalidade.

2 – Ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem o nome de “clarividentes” ou “médiuns”.

3 – Todos são, pelo menos na aparência, fatos inteligentes.

4 – São fenômenos que ninguém tem a consciência das causas. Daí a atribuí-los cada qual a outrem, ou seja, não há entidade responsável pelos trabalhos.

5 – Os fenômenos meta-psíquicos independem de espaço e de tempo. Há conhecimentos diretos e imediatos.

6 – Há condições necessárias para as manifestações meta-psíquicas: concentração, penumbra, etc. O medo, a desconfiança e o sarcasmo perturbam essas manifestações.

7 – Há quase sempre o que se tem chamado de projeção, isto é, os fenômenos são objetivos e não subjetivos. Não há alucinações.

8 – As mensagens mediúnicas são muitas vezes apresentadas de modo simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida.

9 – Os fenômenos referidos várias vezes ocorrem na hora da morte. Suponha-se que, neste caso, os fenômenos surjam por causa da tensão emotiva e das condições vitais que, fugindo à regra, permitem a manifestação das forças latentes do suposto espírito.

10 – Há comportamentos nas manifestações meta-psíquicas que parecem expressar existência de personalidades dos que tomam parte da sessão. É o caso da fraude e da fantasia comuns no espiritismo.

8. O ESPIRITSMO E AS SUAS CRENÇAS

Já fora dito que as duas principais estacas de sustentação do Espiritismo são o dogma da reencarnação e a alegada possibilidade de os vivos se comunicarem com os espíritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista é muito mais que isso, como é mostrado a seguir:

COMPLEXO DOUTRINÁRIO:

O conjunto de doutrinas do espiritismo é grande e complexo. Na verdade, se constitui em um esquema de negação de toda a Doutrina Bíblica Cristã. Veja, por exemplo, o que crê o espiritismo acerca dos seguintes temas da doutrina cristã:

A PREPOTÊNCIA E AS BLASFÊMIAS DO ESPIRITISMO CONTRA A BÍBLIA

DEUS:

“Ab-rogamos a idéia de um Deus pessoal” (The Physical Phenomena In Spiritualism Revealed).

“Deve-se entender que existem tantos deuses quantos as mentes que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, ou três, mas muitos” (The Banner of. Light, 03/02/1866).

CRISTO:

“Qual o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo” (Spiritual Telegraph, n. º 37).

“Cristo foi um “homem bom”, e não poderia ter sido divino, exceto no sentido de que todos somos divinos” (Mensagem por um “espírito”, citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretation).

A EXPIAÇÃO (Sacrifício):

“A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago. A razão dessa doutrina (bíblica) é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante! Porventura o sangue não ferve de indignação ante tal doutrina?” (Médium and Daybreak).

A QUEDA:

“Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem” (A. Conan Doyle).

“Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à matéria” (The True Light).

O DIABO:


Quanto à existência de Satanás e seus anjos (demônios), Allan Kardec diz:
“Satanás e seus anjos são tão somente espíritos atrasados, impuros, mas que um dia chegarão à perfeição, tornando-se ‘anjos de luz’”. No Livro dos Espíritos, questão 131, assim diz Kardec com referência a Satanás: “É evidente que se trata de personificação do mal sob a forma alegórica”.

O INFERNO - HADES (Aqui eles confundem o inferno com o lago de fogo).

“Posso dizer que o inferno é eliminado totalmente, como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo o homem sensato. Essa idéia odiante e blasfema em relação ao Criador originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal, quando os homens eram assustados com as chamas, como as feras são espantadas pelos viajantes” (A. Conan Doyle, em Outlines of. Spiritualism).

A IGREJA:

“Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao fazê-lo passo a passo, a tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase não se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio às trevas espessas… Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como já fazia há mil e oitocentos anos” (Mind and Matter, 08/-5/1880).

“Se o cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o cristianismo deve desaparecer. São as antíteses um do outro…” (Mind and Matter, junho de 1880).

A BÍBLIA:

“Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para o público” (Outline of. Spiritualism).

“Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia porque, além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos” (Carlos Imbassaby), (O Espiritismo Analisado).

REFUTAÇÃO BÍBLICA CONTRA ESSAS AFIRMAÇÕES PROFANAS

A Bíblia Sagrada, a espada do Espírito Santo, lança a doutrina espiritista por terra e declara em alto e bom som que:

DEUS PAI:

a) É um Ser Pessoal (Jo 17.3; Sl 116.1-2; Gn 6.6; Ap 3.19);
b) É um Ser Único e, ao mesmo tempo, Triúno (Ex 3.14; Lm 3.37-38; Dt 6.4; 32.39; 43.13; 45.7; Pv 16.4; Ef 1.3-14; Fp 2.13; 1Tm 1.17; Jd 1.25).

JESUS CRISTO:

a) É superior aos homens (Hb 7.26);
b) Ele é Deus encarnado e visível, filho do Altíssimo, Profeta, Sacerdote e Rei, e não um médium (Jo 1.1,14; 8.23,24,28; 10.30; 14.8,9; 1Jo 1.1; 5.20; At 3.19-24; Tt 2.13; Hb 7:26-27; Fp 2.9-11).

A EXPIAÇÃO:

a) Foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2.14);
b) Foi um ato de sacrifício de Jesus para que, somente pela graça, mediante a fé dada por Deus aos escolhidos, eles alcancem a salvação. Por causa do sacrifício de Jesus, tudo que o cristão precisa para ser salvo é crer nEle. Essa fé não é alcançada por esforço próprio, mas é um dom gratuito de Deus (At 10.43; Ef 2.8-10);
c) É adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça (Ef 1.7).

A QUEDA:

a) Sobreveio como conseqüência da desobediência do homem (Rm 5.12,15,19);
b) Decorreu da tentação do Diabo (Gn 3.1-5; 1Tm 2.14).

O DIABO:

O Novo Testamento deixa bem claro que Satanás – que é descrito como “o deus deste século” (2Co 4.4) e “o príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11; cf. 1Jo 4.4) – é extremamente ativo na terra durante a era atual. Ele não somente “anda em derredor, como leão que ruge, buscando a quem possa devorar” (1Pe 5.8), mas também está envolvido em uma série de outras atividades: ele conta mentiras (Jo 8.44); ele tenta crentes a pecar (1Co 7.5; Ef 4.27); ele se disfarça como um anjo de luz (2Co 11.13-15); ele procura enganar os filhos de Deus (2Co 11.3); ele arrebata o evangelho dos corações incrédulos (Mt 13.19; Mc 4.15; Lc 8.12; cf 1Ts 3.5); ele leva “vantagens” sobre crentes (2Co 2.11); ele influencia as pessoas a mentir (At 5.3); ele mantém os incrédulos sob seu poder (At 26.18; Ef 2.2; 1Jo 5.19); ele “esbofeteia” os servos de Deus (2Co 12.7); ele impede o progresso do ministério (1Ts 2.18); ele procura destruir a fé dos crentes (Lc 22.31); ele promove guerra contra a igreja (Ef 6.11-17); ele ilude e engana as pessoas, mantendo-as cativas para fazerem sua vontade (2Tm 2.26).

O LAGO DE FOGO:

O lago de fogo, confundido por muitos com o "inferno", foi preparado para o diabo e seus anjos, que é para onde vão também os perdidos. Mas este lugar, por enquanto, está vazio. Ninguém nunca esteve lá, como pensam muitos. Os mortos em seus pecados (sem salvação) estão no hades (grego – “Inferno”, que significa “Sepultura”), que é uma condição de morte enquanto aguardam a ressurreição de seus corpos para serem lançados no “lago de fogo” (Mt 25.41; Ap 20:10-15). Trata-se de um lugar temporário, no qual os mortos perdidos aguardam o Juízo Final para a condenação deles (Pv 15.24; Mt 23.33; 2Pe 2.4-17). Essa condenação é eterna, pois assim o Senhor a chama: "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mateus 25.46). Se duvidarmos que a condenação é eterna, teremos de duvidar também que a vida seja eterna. O Senhor avisou de forma clara que o fogo "nunca" se apaga: “Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.44). Da mesma forma, Ele consolou os Seus escolhidos dizendo que "nunca" pereceriam nem seriam arrebatados de Sua mão: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).

O destino dos perdidos, incluindo dos espíritas, é serem ressuscitados somente após o Milênio para serem julgados no Grande Trono Branco. O lago de fogo será a habitação final e eterna dos perversos, preordenados para este mesmo fim, mediante os decretos de Deus (Sl 9.7; Mt 25.41; Jd 1.4). No fim, o lago de fogo será inaugurado quando a besta e o falso profeta forem lançados lá (Ap 20:10-15), juntamente com os perdidos. Os salvos não fazem parte dessa lista, pois já estão com Cristo e jamais serão tirados de Sua presença
(
Jo 5.24).

A IGREJA:

a) Foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18);
b) Jamais será vencida (Mt 16.18);
c) É guardada pelo Senhor e será arrebatada ao céu, sendo livrada da Tribulação que virá sobre a terra (Ap 3.10).

A BÍBLIA:

a) É a Palavra de Deus (2Sm 22.31; Sl 12.6; Jr 1.12);
b) Foi escrita sob inspiração divina (1Co 2.4);
c) É absolutamente digna de confiança (Hb 4.12);
d) É descrita como pura (Sl 19.8); espiritual (Rm 7.14); santa, justa e boa (Rm 7.12); amplíssima (Sl 119.96); perfeita (Sl 19.7; Rm 12.2); verdadeira (Sl 119.142); não pesada (1Jo 5.3).

A passagem em Efésios 2.8-10 é a estaca que finca no coração dos espíritas, pois ali está o resumo bíblico de que “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).

Um certo poeta alemão, chamado Henrique Heine, disse uma vez:

“Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha vida e correra a taberna da filosofia, depois de me haver entregado a todas as politiquices do espírito e ter participado de todos os sistemas possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia”.


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As incríveis semelhanças entre o Catolicismo e o Espiritismo

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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

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