Reino Milenar é o nome dado aos 1000 anos do
reinado de Jesus Cristo na terra, quando Ele descer em Sua Segunda Vinda com
seus santos arrebatados da Igreja. Isso se difere completamente do
Arrebatamento. No Arrebatamento, que ocorre antes da Tribulação, o Senhor vem para os Seus santos (Jo 14.2-3); já na
Segunda Vinda (ou na Aparição de Cristo, em algumas versões) Ele vem com os Seus santos que foram levados em
glória no Arrebatamento (Jd 14; Zc 14.5). Esse evento ocorre após os sete anos
de Tribulação sobre a Terra, enquanto o Arrebatamento da Igreja já terá
ocorrido sete anos antes da Tribulação.
Alguns buscam interpretar os 1000 anos do Reino Milenar de forma
alegórica. Alguns entendem os 1000 anos meramente como uma forma
figurativa de dizer “um longo período de tempo”. O resultado dessas
interpretações alegóricas e espiritualizadas é que alguns não esperam um
reinado literal e físico de Jesus Cristo na terra. Todavia, por 6
vezes Apocalipse 20.2-7 fala do Reino Milenar com duração específica
de 1000 anos. Se Deus quisesse dizer “um longo período de tempo”, Ele poderia
facilmente tê-lo feito, sem explicitamente e repetidamente mencionar o exato
período de tempo.
Segundo a Bíblia, quando Cristo retornar à terra, Ele Se estabelecerá como
Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lc 1.32-33). Os pactos
incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o
Seu reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um
governante e uma bênção espiritual (Gn 12-1-3). O pacto da Palestina prometia a
Israel a restauração e ocupação da terra (Dt 30.1-10). O pacto de Davi prometia
a Israel perdão: meio pelo qual a nação de Israel poderia ser abençoada (Jr 31.31-34).
Na Segunda Vinda, estes pactos serão cumpridos quando Israel for “ajuntada”
das nações (Mt 24.31), se converter (Zc 12.10-14) e for restaurada à terra sob
a liderança do Messias, Jesus Cristo. A Bíblia fala das condições durante o
Milênio como um ambiente perfeito, fisicamente e espiritualmente. Será um tempo
de paz (Mq 4.2-4; Is 32.17-18); gozo (Is 61.7,10); conforto (Is 40.1-2);
sem qualquer pobreza (Am 9.13-15) ou enfermidade (Jl 2.28-29). A Bíblia também
nos diz que somente os santos que se converterão durante a Tribulação é que
terão acesso ao Reino Milenar. Por isso, será um tempo de completa justiça (Mt
25.37; Sl 24.3-4); obediência (Jr 31.33); santidade (Is 35.8); verdade (Is
65.16) e plenitude do Espírito Santo (Jl 2.28-29). Cristo governará como Rei (Is
9.3-7; 11.1-10), com Davi como regente (Jr 33.15,17,21; Am 9.11). Os
nobres e príncipes também reinarão (Is 32.1; Mt 19.28). Jerusalém será o
centro “político” do mundo (Zc 8.3).
Apocalipse 20.2-7 simplesmente dá o período de tempo exato do Reino
Milenar (mil anos literais). Este evento é futuro, pois ainda nos resta o
Arrebatamento da Igreja (2Ts 4.16-17), a Tribulação (Mt 24) e a Segunda Vinda
de Cristo para julgar as nações (Mt 25 – O Julgamento das Nações não é para
determinar a salvação eterna, mas sim física. As ovelhas são mantidas vivas
para entrarem no Reino e os bodes são mortos para aguardarem o Juízo Final – o Grande
Trono Branco). É muito importante entender que Mateus 25, onde fala da
separação de bodes e ovelhas – no Julgamento das Nações –, não se trata da
salvação eterna, já que esta não é obtida por meio de boas obras. A promessa é
de participarem vivos do reino de Cristo na terra, o qual durará mil anos.
Durante esses mil anos, aqueles que pecarem serão julgados todas as manhãs e
serão mortos, para depois serem julgados no Grande Trono Branco. Entenda-se que
o reino de Cristo na terra será formado por pessoas que não necessariamente
nasceram de novo, mas que apenas professam submissão ao Rei, algo muito
parecido com o que acontece hoje na cristandade. É preciso lembrar que no final
dos mil anos Satanás será solto (ele ficará preso no período de mil anos) e irá
arrebanhar milhões de seguidores para lutarem contra Cristo, o que mostra que
nem todos terão entrado no milênio realmente convertidos, e nem todos os que
nascerem nesse período serão de Deus.
Durante o reino milenar de Cristo haverá julgamentos todas as manhãs com a
aplicação da Pena de Morte imediata. Todavia, essa pena é para os indivíduos
que estiverem vivendo na Terra. A Igreja não estará necessariamente na terra no
milênio, mas estará vivendo no céu. Lembre-se de que a Igreja – a qual foi
arrebatada antes da Tribulação – permanecerá no céu até que tudo se consuma,
isto é, até que o Juízo Final ocorra e o Senhor crie novos céus e nova terra.
Só então a Igreja descerá à terra para habitar com o Senhor na Nova Jerusalém
(Ap 21). Não podemos confundir o Reino Milenar de Cristo (Ap 20.2-7) com
novos céus e nova terra (Ap 21), que é o fim eterno e glorioso de todo o povo
de Deus, que inclui Israel (Seu povo terrenal) e a Igreja (Seu povo celestial).
Novos céus e nova terra só serão inaugurados após o Grande Trono Branco (o
Juízo Final). O fato é que, antes que todo o povo de Deus desfrute da
eternidade, é necessário que haja o período de mil anos de reinado de Cristo
prometido por Deus a Israel.
Mesmo sem estas Escrituras, há inúmeras outras que apontam para um reino
literal do Messias na terra. O cumprimento de muitos dos pactos e promessas de
Deus feitas a Israel se baseia em um futuro reino literal e físico. Não há
bases sólidas para que se negue uma compreensão literal do Reino Milenar e sua
duração de 1000 anos.
CUIDADO! VENENO!
A
Teologia do Pacto desafia a lógica em muitas de suas interpretações. Quando
submetidas à lógica, muitas de suas “espiritualizações” não fazem sentido. Não
importa a maneira que você escolhe para interpretar algumas das coisas que eles
ensinam — alegoricamente, espiritualmente etc. — seria bem difícil convencer
alguém de que isso é mesmo verdade. Por exemplo, os teólogos do Pacto nos dizem
que já estamos agora mesmo no reino público de Cristo. Mas as descrições que as
Escrituras fazem de Seu reino em poder indicam que Cristo irá governar com vara
de ferro (Ap 2.27), e que a justiça irá encher o mundo todo (Is 32.1-19). Além
disso, Satanás e seus anjos caídos serão aprisionados no abismo e não
conseguirão sair para enganar as nações (Is 24.21-22; Ap 20.1-3). Acrescente-se
a isso que o juízo será executado a cada manhã contra os que pecarem (Sl 101.8;
Sf 3.5), e também que o reino animal, os leões e ovelhas, se deitarão juntos
etc. (Is 11.6; 65.25 etc.).
Será que devemos crer que a justiça reina neste mundo hoje? Ao contrário, a
injustiça está em todo lugar! Será que Satanás hoje se encontra mesmo
aprisionado? Seu trabalho maligno pode ser visto em cada nação e modo de vida.
Será que o juízo realmente cai sobre os que praticam o mal a cada manhã como
atestam as Escrituras? (Os teólogos do Pacto poderão “espiritualizar” isto, mas
então estariam indo contra seu ensino que afirma que no Antigo Testamento os
juízos são literais). E o que dizer do reino animal vivendo em paz? Se eles
dizem que o leão e a ovelha estão deitados juntos hoje espiritualmente, o que
isso poderia significar?
Continua em: E
quanto aos "mil anos" em Apocalipse 20?
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