Antes de mais nada, é necessário comunicar ao
leitor de que o meu objetivo neste capítulo é expor a sã doutrina dos apóstolos
em sua pureza e condenar a heresia e o julgamento hipócrita contra hábitos que
a Bíblia jamais condenou. Meu alvo neste trabalho é o Gnosticismo moderno
disfarçado de “igreja santa”, desfazendo-me de qualquer posição baseada no
senso comum. Também é necessário ressaltar que este artigo não é um estímulo ao
fumo – um pequeno exemplo que escolhi como peça-chave para falar sobre o
consumo de qualquer substância química em geral. Ou seja, cada leitor em
particular deve inclinar sua ótica ao texto com base no uso moderado ou
exagerado de uma determinada substância digerível que seja considerado
relevante na discussão teológica.
Particularmente, sou abstêmio, embora não veja nenhum pecado em quem bebe com
moderação, visto que a Bíblia não o faz. Por outro lado, hoje sou um fumante
moderado de palheiro, e, da mesma forma, não me condeno naquilo que aprovo (Rm
14.22). Antes dou graças a Deus por tudo (1Ts 5.18), e tudo que faço com
consciência limpa, o faço para a Sua glória (1Co 10.29-31).
Por razão de zelo pelos que não têm consciência, digo que, por mim, ninguém no
mundo fumaria ou beberia, nem faria qualquer outra coisa que possa escandalizar
o seu irmão (1Co 10.32), uma vez que busco sempre pelo proveito do próximo e
não o meu próprio, embora eu não possa alcançar a todos (1Co 10.33).
FUMAR É PECADO?
As Escrituras não estabelecem qualquer restrição ou proibição direta ao consumo
do cigarro, do cachimbo ou do charuto. Todavia, isto não
significa que a mesma Escritura não contenha uma resposta quanto à pergunta.
Ela responde a várias questões não tratadas de maneira direta por Deus, mas de
forma a apontar costumes e práticas que constituem a mesma natureza.
Para começar, devemos entender que a Bíblia é quem determina o que é pecado, e
não o homem. Da mesma forma, os hábitos viciosos do ser humano não são
pecaminosos pelo fato de serem viciosos. A Palavra de DEUS é quem estipula se
uma prática viciosa é ou não pecado. A Palavra de Deus também apresentará ao
leitor a diferença entre restrição e proibição, como no caso da bebida
alcoólica, frequentemente causadora de males incontáveis no período
testamentário, mas que no entanto não é proibida de forma exaustiva por Deus. A
mesma Bíblia que nos adverte sobre os perigos do vinho (Pv 20.1) também diz que
o mesmo vinho é recomendado em doses equilibradas para fins de tratamento
estomacal e para várias outras enfermidades (1Tm 5.23). E agora? Será que a
Bíblia é – como dizem alguns insensatos – contraditória? Não. Quando a Bíblia
trata deste assunto, ela aplica regras de como lidar com qualquer tipo de
substância natural que Deus, em sua infinita sabedoria, proporcionou ao homem
para que ele usufrua com equilíbrio e sabedoria (Gl 5.22). Na verdade, isso é
tão fácil de entender que basta raciocinar no fato de que os medicamentos mais
simples que ingerimos no dia a dia são mais danosos ao corpo do que o cigarro e
a bebida juntos. Para ser mais franco, uma simples análise dos componentes do
adoçante (produto muito bem visto pela cultura atual) fará com que os leitores
humildes admitam que condenar um homem que fuma um charuto para relaxar não faz
sentido algum, além de ser antibíblico.
Antes de darmos início ao exame das Escrituras Sagradas, vamos observar alguns
pontos interessantes da história do Cristianismo com relação ao fumo:
Em primeiro lugar, até poucas décadas atrás o cigarro nunca foi
considerado um mal pelos cristãos ortodoxos. Na verdade, o fumo começou a
ser apontado como pecado por alguns ramos do protestantismo na metade do século
XX, somente quando descobriram os malefícios da nicotina. Ainda assim, até hoje
se espera de tais religiosos um argumento plausível que faça do fumo em si um
pecado diante de Deus.
Considerado como uma prática indiferente, no passado era comum ver cristãos
piedosos, claramente fieis a Deus e à Sua Palavra, fumarem seus cachimbos e
charutos pelas ruas. Isso porque os cristãos mais instruídos estavam atentos ao
que de fato era pecaminoso, como por exemplo o uso de roupas íntimas em
público. Para quem não sabe, quando o biquíni foi inventado, as empresas
tiveram que contratar prostitutas para propagarem seus produtos, uma vez que as
mulheres da época, mesmo as não-cristãs, ficaram chocadas e se negaram, por
muitos anos, a ficarem seminuas em qualquer lugar público. Mas o mundo é mesmo
muito louco. A falta de pudor e modéstia, severamente condenada na Bíblia sob o
nome de lascívia e prostituição, é vista pelas igrejas contemporâneas como algo
normal. Enquanto isso, os fumantes que fazem uso moderado do cigarro são vistos
como monstros, mesmo Deus nunca tendo proferido qualquer julgamento contra
eles.
Não obstante, muitos argumentam dizendo que fumar é pecado por várias razões
sem nexo. Tais argumentos são tão circulares e repetitivos que chegam a clamar
por inteligência. Vejamos alguns desses argumentos e respondamos a eles com a
Palavra de Deus.
1. “Fumar é pecado porque vicia”.
Se o cigarro é pecado por ser um vício, o café, o chocolate, os refrigerantes,
os chás e o chimarrão do sul também o são, pois todos eles contêm cafeína,
uma substância química estruturalmente semelhante
à nicotina contida no tabaco, com poder de causar dependência (vício)
equivalente ao desta última.
“A Cafeína é a droga psicoativa mais amplamente consumida e é um
estimulante de uso legal facilmente disponível até para crianças. A
Cafeína tem sido ocasionalmente considerada uma droga de abuso e seu
potencial para causar dependência tem sido debatido”. [NAOSHI OGAWA md,
HIROFUMI UEKI md (2007); Clinical importance of caffeine dependence and
abuse/Psychiatry and Clinical Neurosciences, Volume 61, Number 3, June 2007,
pp. 263-268(6)].
Agora note uma coisa
interessante no sistema religioso mundano - Comer em demasia é um pecado
denunciado com todas as letras na Palavra de Deus. A glutonaria aparece ao lado
de "invejas, homicídios e
bebedices" em Gálatas 5.21. Ela é também companheira das "dissoluções, concupiscências,
borrachices, bebedices e abomináveis idolatrias" em 1 Pedro
4.3 e Romanos 13.13, além de ter sido particularmente denunciada pelo próprio
Senhor Jesus em Lucas 21.34. Ainda assim, você já deve ter presenciado muito
crente obeso lançar condenações maldosas contra um irmão fumante. Certamente
que pessoas como essas ainda não aprenderam, ou, no mínimo, se esqueceram do ensino
de Jesus sobre o julgamento hipócrita em Mateus 7.4: "Como
dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no
teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o
argueiro do olho do teu irmão".
Esta passagem, muitas vezes usada para afirmar que Jesus nos proíbe de julgar o
erro, na verdade é uma denúncia contra um tipo de julgamento específico. Aqui,
o Senhor Jesus condena o julgamento hipócrita, que é quando julgamos alguém por
algo que nós mesmos praticamos. No caso em questão, qualquer pessoa que tenha
vícios (seja em televisão, em celular, em doces, em refrigerantes ou café) está
julgando sem a reta justiça requerida por Cristo na passagem e, portanto, está
em pecado.
2. “Fumar é pecado porque destrói o templo do Espírito Santo que somos nós”.
Quantas vezes somos surpreendidos por clichês do tipo: "Você fuma? Então
você está destruindo o templo do Espírito Santo”. “Você fez tatuagem? Então
você está destruindo o templo do Espírito Santo”. Você come salsicha?
Então você está destruindo o templo do Espírito Santo...” etc. Há várias outras
razões pelas quais a ignorância acerca das Escrituras Sagradas leva cristãos
nominais a esse entendimento espúrio. Contudo, a simples leitura do contexto
bíblico nos diz o que é "Destruir o
Templo do Espírito Santo", que somos nós. Quando a Palavra de Deus diz
isso, ela está se referindo a um pecado específico: A prostituição (ou, em
outras traduções – fornicação). Observemos: "Fugi da FORNICAÇÃO. Todo o pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas O QUE FORNICA PECA CONTRA O SEU PRÓPRIO CORPO. Ou não sabeis que o
vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Coríntios 6.18,19).
Mais uma vez, o julgamento contra o fumo em si é herético. Tal postura
farisaica não condiz com a genuína Palavra de Deus e deve ser considerada como
um falso evangelho, isto é, maldito (Gl 1.6-10). Neste caso, até que se prove o
contrário, quem está condenado ao inferno são aqueles que traçam um prognóstico
desprovido da reta justiça e contrário às leis de Cristo. Tais indivíduos devem
se arrepender de fazerem julgamentos hipócritas e se converter de seus maus
caminhos.
EQUILÍBRIO PRÓPRIO
“Não é o que entra pela boca
que torna o homem impuro, mas o que sai de sua boca, isto o torna impuro...” (Mateus 15.11).
“Porquanto veio João, não comendo nem bebendo, e dizem: Tem demônio. Então
chega o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: ‘Eis aí um glutão e bebedor
de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Todavia, a sabedoria é comprovada
pelas obras que são seus frutos” (Mateus 11.18,19).
1. A Bíblia não proíbe o consumo de substâncias naturais, mas se restringe
em condenar o ABUSO delas.
Um dos frutos do Espírito é o equilíbrio
próprio (Gl 5.22). A virtude do equilíbrio
próprio consiste em evitar toda espécie de excesso ou descontrole. Ou seja,
tanto o ABUSO da comida como o do álcool, do fumo ou de medicamentos é
condenado explicitamente pela Escritura (Gl 5.22). Porém, nada é dito contra
qualquer uma dessas coisas em si mesmas. Em contraste com o fruto do Espírito,
encontramos dezessete obras da carne nos versículos 19,20 e 21 de Gálatas 5.
Entre elas estão a glutonaria e a bebedice, ambas relacionadas ao ato de ABUSAR
da comida e da bebida, não de fazer o uso equilibrado delas. Sendo assim,
comer, beber e fumar moderadamente não é pecado.
2. A hipocrisia disfarçada de piedade.
Pessoas por todas as partes consomem uma quantidade equilibrada de cigarros de
tabaco, uma ou duas vezes por dia. Algumas delas usufruem disso uma ou duas
vezes por semana. Isso vale também para o cachimbo e o charuto. Não obstante,
não há estudo comprovado nenhum que prove que o fumo moderado cause qualquer
dano relevante à saúde. E isso não é, em hipótese alguma, um incentivo para se
fumar. Todavia, posso afirmar, sem falso temor e sob a base da ciência, que o
cigarro é menos nocivo ao corpo humano do que muitas porcarias que a nossa
sociedade consome tranquilamente nos Fast-food's
da vida, sem que nenhum moralista hipócrita venha nos incomodar com prognósticos
insensatos envolvendo o nosso caráter cristão. Os poucos cristãos genuínos que
ainda restam na cristandade piram com esse tipo de farisaísmo mascarado de
piedade e ortopraxia.
Sob a base da Escritura e após exaustivo exame temente e responsável da Palavra
de Deus, aprendi que não é a comida, o álcool ou o fumo que degrada o homem,
mas o homem é quem degrada tanto a comida como o álcool, o fumo e tudo que ele
encontra pela frente. É o mau uso que faz do homem um dependente mórbido das
coisas terrenas, fazendo-o criar ídolos para si (Cl 3.5). Nunca vi taças de
vinho com vida própria, se insinuando para os homens com trajes de prostituta,
olhos lascivos e línguas venenosas, colocando-se em suas bocas. Do mesmo modo,
jamais presenciei um cigarro se levantando para envenenar a mente das pessoas
com palavras torpes, ganância, inveja, mentiras, calúnias, falsas suspeitas e
heresias de perdição. A propósito, tenho certeza que jamais verei um cigarro
falante pedindo para ser fumado. Logo, concluímos que o mal está no homem e não
no que ele toca, prova ou manuseia (Cl 2.20,21).
3. TRÊS PREMISSAS E UMA CONCLUSÃO:
1 - O primeiro milagre de Cristo, o qual inaugurou Seu ministério na terra, foi
transformar a água em vinho em uma festa de casamento (Jo 2.1-12).
2 - Deus não pode ser tentado pelo mal, e Ele a ninguém tenta (Tg 1.13).
3 - Ao contrário do cigarro e de outras substâncias existentes no mundo, a
bebida é claramente apontada pela Bíblia como algo extremamente perigoso para a
vida espiritual (embora não condenável em si), e que deve ser evitado. Um
pequeno exemplo dentre muitos está em Isaías 28.7. Veja o que Deus diz sobre o
vinho e sobre qualquer outra bebida forte: “Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida forte se
desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são
absorvidos pelo vinho; desencaminham-se por causa da bebida forte; andam
errados na visão e tropeçam no juízo” (Isaías 28.7).
Conclusão - Pergunto aos fariseus da nova era: Jesus pecou? Ou, como costumam
afirmar os liberalistas teológicos, a Bíblia entra em contradição consigo
mesma? Como alguém, sendo no mínimo alfabetizado, pode afirmar que tomar vinho
ou qualquer outro tipo de bebida com álcool, de forma moderada, santa e
agradável diante de Deus, é pecaminoso? Se a bebida alcoólica, que possui
componentes que podem alucinar um homem devido ao seu mau uso, como poderíamos
condenar um ato tão demasiadamente menos ameaçador como o fumo?
Mas, se alguém ousa repetir as velhas queixas baseadas em seus próprios
pensamentos e tradições humanistas, inúteis para a vida espiritual, o que lhes
restará senão que suas vãs filosofias virem fumaça quando o Filho do Homem vier
para julgar todos os que viveram de fato no pecado, incluindo o ato de julgar
sem a reta justiça (Jo 7.24)? Visto que a lei e o testemunho são os alicerces
do julgamento justo, como escaparão do inferno (Is 8.20)?
Mas, aos que ouvem a palavra da verdade e se vêem livres dos velhos hábitos,
digo: O fruto do equilíbrio próprio produz no homem a vontade e a aplicação de
uma vida longe de hábitos exacerbados, quer no comer, quer no beber ou no
fumar. A temperança o leva a evitar toda a espécie de excessos, inclusive de
medicamentos prescritos por médicos vocacionados por Deus para esta tarefa (o
apóstolo Lucas era um). A Escritura alerta o tempo todo sobre aqueles que, em
estado de embriaguez ou por gosto imoderado de qualquer coisa, estão pecando
contra aqueles por quem Cristo se sacrificou e pondo em risco a segurança de
todos à sua volta, tornando-se culpados por suas quedas.
BÍBLIA ‘VS’ ACHISMO
"Bom é não comer carne, nem
beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se
escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus.
Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que
aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não
come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado" (Romanos
14:21-23).
Enquanto eu dava continuidade neste artigo, uma senhora, se dizendo “cristã”,
com ares de intelectual e postura soberba, fez um comentário no meu Facebook no
mínimo estarrecedor – pelo menos para alguém que se diz cristão. Assim, percebendo
o perigo de alguém passar a ter uma mente cauterizada como a dela, e preocupado
com aqueles que podem ser contaminados pelo mesmo tipo de mentalidade,
registrei suas palavras, as quais se seguem: “Entendo como pecado qualquer vício! Mas é aí que o Espírito Santo
entra: para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo. ‘Tô tranqüila!’ A
morte de Jesus por mim não foi em vão; ele morreu pelos meus pecados de ontem,
hoje e do futuro. Santificação, é esse processo que devemos viver: de tentar
agradar a Deus todos os dias” (Sra. Achismo).
Para a compreensão do leitor, editei os erros ortográficos e pontuações da Sra.
Achismo. Como se pode perceber, também adaptei seu nome para que ela não seja
exposta e reflita nas palavras de correção as quais tecerei igualmente no
parágrafo abaixo:
Pensamentos como o da Sra. Achismo podem parecer bíblicos à primeira vista, mas
não são. Na verdade, esse tipo de confusão doutrinária traz sérios
desdobramentos para a vida prática do cristão e o coloca numa situação bem
complicada. A respeito do primeiro ponto, a Bíblia diz: "Bem-aventurado
aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova" (Romanos
14:22). Isto significa que, quando você se condena por qualquer prática que não
constitui-se necessariamente pecado, você está tornando-a pecado por si mesmo e
está condenando a si mesmo porque sua consciência está suja. Em segundo lugar,
o argumento de que "não é preciso se preocupar com isso ou aquilo pelo
fato de Jesus ter pagado o preço na cruz" é uma heresia antiga, praticada
principalmente pelos antinomiano. Essa doutrina possui até o seu sistema de doutrinas
próprio e se chama “Antinomianismo” (Confira o artigo chamado “Por Que Devo
Obedecer a Deus se Já Está Tudo Decretado?” – Cap. 3). Adeptos da filosofia
antinomiana pensam que a graça de Deus anula a responsabilidade da Igreja em se
santificar em temor e obediência às leis de Cristo. Tal doutrina antibíblica é
também denominada como “Fatalismo Teológico”. Portanto, que todo leitor esteja
atento a este alerta e fuja de tais heresias.
“Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados
e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam
que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e
desobedientes, e reprovados para toda a boa obra” (Tito 1.15,16).
A sacarose possui mais de setenta e seis (76) meios de acabar com a saúde de um
ser humano. Se os indivíduos que condenam o hábito de fumar se baseiam na
impureza dos alimentos e de qualquer substância ingerida, eles terão que dizer
adeus ao AÇÚCAR.
Segue abaixo o link de um artigo chamado “Os 76 Modos do Açúcar acabar
com a Saúde”:
http://www.guiavegano.com/nutricao/nancy/76modos.htm
“O açúcar é oito vezes mais viciante que a cocaína e seu consumo diário é a
causa de 95% de todas as doenças existentes” (David Permulter – Phd
americano – autor do livro A Dieta da Mente).
FALSOS PROFETAS SEMPRE CONDENARÃO OU ACEITARÃO AQUILO QUE LHES CONVÉM
Não demorará muito tempo e, assim como ocorreu ao longo da história do Cristianismo,
surgirão mais falsos mestres gnósticos para estipularem suas listas preferidas
de “pecados” para manter a mente de homens carnais e ineptos cativas às suas
fábulas e longe da Escritura Sagrada. O diabo é sagaz, e se tem uma técnica que
ele desenvolveu e aperfeiçoou com maestria durante a história da humanidade é o
sofisma. Assim, ele pode usar grandes verdades de Deus para distorcê-las,
aplicando regras com aparência de santidade a fim de que a doutrina de Cristo
seja censurada e o pecado – o verdadeiro pecado – faça um ninho nas cabeças
incautas.
Tais doutores engravatados tem disseminado e praticado os pecados mais
abominados por Deus como se fossem práticas normais. Através do método do
sofisma, eles apresentam um falso evangelho em seus púlpitos ao se declararem
abstêmios de tantas coisas para, no final, fazerem uma falsa aplicação da
Palavra de Deus. O divórcio e o segundo casamento de divorciados (Conferir cap. 5)
são pecados enfaticamente condenados por Cristo, e, no entanto, ambas as
práticas são tidas como santas nas igrejas que rotulam o fumante de “pecador”.
Enquanto esses facínoras, travestidos de “pastores”, defendem o divórcio e o
segundo casamento de divorciados como direitos invioláveis, com pretextos
baseados na era patriarcal (ordenanças caducas da lei de Moisés), a inerrância
das Escrituras é lançada no mar do esquecimento e essas duas práticas
pecaminosas não são mencionadas nas suas ditas “igrejas”.
Querem condenar o crente por fumar um charuto antes de dormir, lançar outro
crente na fogueira porque fez uma tatuagem das no braço, lançar no inferno
outros vários fieis que tomam doses equilibradas de cerveja em casa com sua
família, mas pensam estar sendo “cristãos” ao ordenarem e seguirem “pastores”
que estão divorciados e/ou no vigésimo casamento.
Porém, eu lhes digo que todos que permanecem em estado de adultério ao deixarem
seus cônjuges e se juntarem com terceiros irão para o inferno. Por que? Porque
Jesus Cristo assim o diz (Mt 19.3-11; 1Co 7.10,11; 1Co 7.39; Rm 7.1-3; 1Co
7.15).
A LIBERDADE CRISTÃ E SEUS ASPECTOS
As cartas de Paulo são as mais enfáticas sobre a liberdade cristã e como nós
devemos vivê-la com autoridade, não dando ouvidos ao que o próprio apóstolo
denomina como “fábulas judaicas” e “doutrinas de homens”. Também é
necessário uma busca pela maturidade espiritual a fim de que nossa liberdade
não seja confundida com “liberalismo teológico”, o que está longe de ser
sinônimo de liberdade em Cristo. O liberalismo desemboca na irresponsabilidade
e falta de consciência para com a vida do próximo, além de nos afastar das leis
de Cristo. Por outro lado, a liberdade cristã resulta em uma completa
emancipação de inibições e tabus religiosos sem ferir nenhum princípio bíblico.
Ou seja, o cristão, quando entende e desfruta dessa libertação, tem uma
consciência limpa porque sabe o que é pecado e o que não é. Isso é bem
diferente de ser “liberal”.
Não sendo conivente com qualquer padrão antibíblico, o apóstolo Paulo se
adaptava facilmente a qualquer ambiente com a finalidade de apresentar Cristo
(1Co 9.22). Longe dos métodos liberalistas do ecumenismo religioso, o qual tem
a pretensão de apresentar um evangelho que se adapte ao gosto do pecador, Paulo
tinha como alvo apresentar o verdadeiro Cristo a estas pessoas de diferentes
lugares pagãos, sem, contudo, tentar retirar o fio da navalha do evangelho.
Da mesma forma, ao desfrutar da liberdade cristã com ousadia e intrepidez, o
mesmo Paulo sabia que muitos cristãos não eram completamente libertos na
consciência como ele. E essa deve ser nossa postura diante dos “fracos na fé”. Estamos agora falando da
nossa conduta diante de pessoas que [ainda] estão em fase de crescimento
espiritual. Elas simplesmente não estão preparadas para lidar com a liberdade
concedida por Cristo em termos de ambientes, circunstâncias e culturas
variadas. Nas palavras de Paulo, são bebezinhos espirituais e ainda se
alimentam de leite, não de alimento sólido, porque ainda são incapazes de
ingeri-lo.
“E eu, irmãos, não vos pude falar
como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos
criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora
podeis” (1 Coríntios 3.1,2).
OS FRACOS E OS FORTES NA IGREJA
Dois grupos da comunidade cristã em Roma são o centro da mensagem de Romanos
14.1–15.13, identificados como “os fracos” e “os fortes”. Nesta carta, o
apóstolo dos gentios exige que os “fracos” sejam tratados com mais tato,
paciência e sabedoria pelos mais “fortes”.
OS FRACOS
A palavra grega para “fraco” é astheneo,
que indica “fraqueza”, “indigência”, “impotência”, “falta de força por variados
motivos”. No Novo Testamento, o termo é usado pelo menos quarenta vezes para
designar doentes físicos. Desta forma, fica fácil perceber que o autor
inspirado aponta para um tipo de “fé
enferma”, ou, como eu prefiro chamar, “processo de amadurecimento na fé”.
Sendo assim, o que falta ao fraco não é a fé em si, mas a liberdade de
consciência.
Mas, afinal, quem são os fracos mencionados nesse contexto? Examinemos as
possibilidades com base na carta em questão:
1. Ex-idólatras – Recém-convertidos do paganismo; grupo semelhante ao
mencionado por Paulo em 1 Coríntios 8. Indivíduos que, mesmo resgatados da
idolatria, por escrúpulo (hesitação da consciência), sentiam-se impedidos de
comer carne que, antes de ser vendida nos açougues, era dedicada a ídolos.
2. Ascetas – Pessoas que exercitavam a disciplina do “autocontrole do
corpo”, considerando que isso era algo necessário e imprescindível para chegar
até Deus. Havia ascetas presentes na igreja em Roma, o que explica por que se
abstinham do vinho e da carne (Rm 14.21).
3. Legalistas – Consideravam as abstenções como “boas obras” necessárias
para a salvação. Esse grupo é facilmente encontrado em qualquer esquina hoje,
especialmente entre evangélicos e católicos, e, sobretudo, no movimento
pentecostal e carismático. Eles não entendem a suficiência da fé em Cristo
Jesus para a justificação do salvo.
4. Cristãos judeus – No caso da epístola que estamos examinando, essa é
a possibilidade mais satisfatória. Eram os que ainda permaneciam com a
consciência voltada para as regras do judaísmo, especialmente referentes a
dietas (comer apenas alimentos considerados limpos – Rm 14.14,20) e aos dias
festivos do Velho Testamento, os quais foram abolidos por Cristo (guarda do
sábado e festivais judaicos – cerimônias que nunca foram ordenadas aos
cristãos). A carne de porco, por exemplo, era considerada impura no Judaísmo e
a Lei exigia que eles não a comecem. É por isso que os cristãos judeus tiveram
tanta dificuldade para deixar esse vão costume, uma vez que a abstinência de
alimentos no cristianismo é totalmente inútil e, às vezes, pecaminoso.
OS “FORTES”
A palavra grega para “forte” é dynatos,
e significa “alma forte”, “capaz de suportar calamidades com coragem e
paciência, firmes nas virtudes cristãs”. Embora todo homem seja fraco por
natureza (Rm 3), aqui o termo indica um cristão maduro na fé e no trato com o
próximo, pois Cristo concedeu a ele essa força, enquanto que para outros não.
Por dever de ofício, devo esclarecer ao leitor que esses “fortes” na fé não são
fortes por serem valentes em si mesmos, nem por serem mais espirituais que os
fracos aqui mencionados. Nesse sentido, devo lembrar-vos de que “quando estou fraco é que sou forte”
(2Co 12.10). Todavia, aqui nós estamos a tratar de uma força no sentido de que
o crente está amadurecido espiritualmente para lidar com ambientes e
circunstâncias que não interferem mais em seu caráter cristão, embora ele deva
vigiar em todo o tempo a fim de se manter de pé (1Co 10.12).
Com a Igreja atual não é diferente. Assim como a igreja em Roma, o cenário da
igreja de nossos dias revela sua inegável similaridade. Existem fracos e fortes
na fé. É nosso dever orar sem cessar para que os poucos cristãos que ainda
prezam pelo evangelho santo e puro saibam lidar com essas pessoas debaixo do
temor a Deus e com conhecimento.
A MATURIDADE NA FÉ (Rm 14.1-2)
A Palavra de Deus registra pelo menos quatro níveis de fé dentro do Corpo de
Cristo: (1) nenhuma fé (Mc 4.35-41), (2) pouca fé (Mt 14.22-33), (3) grande fé (Mt
15.21-28) e (4) inigualável fé (Mt 8.5-15). Continuando nossa análise do
contexto de Romanos 14.1–15.13, percebemos que a união entre os membros da
igreja em Roma estava ameaçada. Isso aconteceu pelo fato de que os cristãos
maduros, já libertos do jugo do legalismo e das regrinhas caducas do judaísmo,
estavam em constante conflito com os cristãos imaturos, os quais ainda
permaneciam debaixo de pensamentos e filosofias hipócritas, mesmo tendo o
conhecimento de Deus. Enquanto o primeiro grupo entendia bem a amplitude da
liberdade cristã pela fé em Cristo Jesus e sob as leis direcionadas à Igreja de
Deus, o segundo grupo se mantinha com a consciência perturbada devido às velhas
crenças e práticas arraigadas em suas mentes. Eles simplesmente não sabiam
exatamente o que fazer e o que não fazer quando se deparavam com questões
frívolas da vida, tais como: “posso comer
isto? Posso beber aquilo? Posso usar isso? Posso tocar naquilo?”...
etc.
Mais uma vez, com a Igreja atual não é diferente. O problema da falta de pureza
na consciência ainda insiste em corromper a Igreja de Cristo e a levar muitos a
se apostatarem da fé (uns por causa do legalismo, outros devido ao
liberalismo). Ao questionarem os assim chamados “pastores” e “líderes” a
respeito do uso do fumo, da bebida, da tatuagem e de outros hábitos alvos do
farisaísmo secular, os membros são alienados pelos mais variados tipos de
respostas malucas que visam prendê-los debaixo de um jugo cruel e inútil para a
vida espiritual. Isso é tão sério, que pessoas por toda a parte, pensando
servir a Deus, se afastam de Sua lei para dar ênfase a essas listas de
regrinhas que lhe foram impostas pelo sistema religioso com relação aos
hábitos, usos e costumes que a Bíblia jamais condenou em si mesmos.
De volta às passagens bíblicas, sabendo que os cristãos maduros entenderiam
melhor esse conflito, o apóstolo da graça direciona a eles duas ordens práticas
em relação aos imaturos – enfermos na fé: “Ora, quanto ao que está
enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas” (Romanos
14.1). Imaturos e enfermos na fé são aqueles que vêem pecado em tudo: no comer,
no beber, no fumar, etc.
1. Recebam de forma genuína e de boa mente aos que são débeis
na fé, porquanto não estamos, agora, lidando com ímpios irredutíveis, mas com
homens claramente tardios em compreender o que vocês já compreendem. Eles são
lentos no entendimento, mas não estão regredindo nem se apostatando. Antes,
mesmo devagar, estão crescendo em graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus
Cristo. Portanto, recebamos esses queridos irmãos com amor não fingido.
2. Não entrem em contendas duvidosas com esses crentes; não os
recebam com o objetivo de discutir opiniões frívolas e inúteis para
a salvação. Não entrem em conflito envolvendo a consciência individual.
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam” (1Coríntios
10.23).
Continua em: Fazer
greves e outras manifestações políticas, ainda que sejam atos legais, é uma
atitude cristã?
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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces
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