A resposta é “não”. O Sábado nunca foi ordenado
às nações pagãs, nem à Igreja de Deus, mas tão somente à nação de Israel.
Dentre os pecados citados no Novo Testamento, a guarda do Sábado nunca é
mencionada. A transgressão do Sábado simplesmente não existe na dispensação da
graça, porque o povo celestial (Igreja) de Deus não possui essa lei.
O maior problema dos cristãos professos da atualidade não é a falta de estudo
da Palavra, mas a falta de compreensão da diferença entre o que é dito para
Israel e o que é dito para a Igreja. Não sancionam a distinção que há entre a
nação terrenal de Deus e o Seu povo celestial. Quando exortamos essas pessoas a
respeito do tema, agem como animais irracionais; nos acusam de sermos "estudiosos
e detalhistas demais". Por conta disso, fica a critério de cada um o que
irão ou não cumprir na Bíblia. Cada denominação religiosa segue uma cosmovisão
mais bizarra do que a outra por causa desse distúrbio. Na visão dessas pessoas,
a Bíblia é um conjunto de leis direcionadas somente à Igreja, quando, na
verdade, a Igreja só veio a existir em Atos 2.
Vale salientar que a Lei não foi abolida. A Lei continua tendo o seu papel,
pois foi o próprio Senhor Jesus Cristo que afirmou que não veio para abolir a lei,
mas sim para cumpri-la (Mt 5.17). Aliás, Ele foi o único capaz de cumpri-la.
Nenhum outro homem pode cumprir a Lei.
No entanto, é preciso que entendamos que, na Bíblia, existem duas coisas
completamente distintas: o que funcionava antes da Igreja e o que é direcionado
para a Igreja. Enquanto a morte e ressurreição de Cristo não ocorre na Bíblia,
Deus está tratando com Seu povo terreno, Israel. Após a morte e ressurreição de
Jesus, Deus coloca Israel de lado e começa a tratar com o Seu povo celestial, a
Igreja, escolhida antes mesmo dos judeus nos desígnios de Deus, antes mesmo da
fundação do mundo. Finalmente, após o período experimental de Atos, chegamos na
doutrina dos apóstolos (epístolas), onde os preceitos para a Igreja estão
compilados. Ali sim, Deus está falando especificamente com os santos da Igreja.
Todavia, por não entender o que vem antes da Igreja e o que vem depois dela, a
maioria das pessoas da cristandade encontra muita dificuldade para compreender
o princípio do Sábado ou o Shabat dos judeus. Muita gente acredita que o
cristão deve guardar o Sábado da mesma maneira que faziam os israelitas.
O SÁBADO NÃO É ENCONTRADO NO NOVO TESTAMENTO
Não só nos preceitos de Atos 15.19-20, 29, como também em todo o Novo
Testamento, ou seja, na doutrina dos apóstolos, não há recomendação ou
mandamento para se guardar o Sábado, apesar de encontrarmos todos os outros
mandamentos do Decálogo:
1º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
terás outros deuses diante de mim" (Êxodo 20.3).
1º Mandamento no Novo Testamento: "Assim que, quanto ao comer das coisas
sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há
outro Deus, senão um só" (I
Coríntios 8.4).
2º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos
céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (Êxodo
20.4).
2º Mandamento no Novo Testamento: "Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
Amém" (1 João 5.21)
3º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente
o que tomar o seu nome em vão" (Êxodo 20.7)
3º Mandamento no Novo Testamento: "Para que o nome de Deus e a doutrina
não sejam blasfemados". (I Timóteo 6.1b)
4º Mandamento no Antigo Testamento: "Lembra-te
do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua
obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra,
nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o
teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas"
(Êxodo 20.8-10)
4º Mandamento no Novo Testamento: NÃO
EXISTE!
5° Mandamento no Antigo Testamento: "Honra
a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o
Senhor teu Deus te dá" (Êxodo 20.12).
5º Mandamento no Novo Testamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa" (Efésios 6.2).
6º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
assassinarás" (Êxodo 20.13)
6° Mandamento no Novo Testamento: "Com efeito:...não matarás..."
(Romanos 13.9).
7º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
adulterarás" (Êxodo 20.14)
7º Mandamento no Novo Testamento: "Não erreis:... nem os adúlteros
herdarão o reino de Deus" (1 Coríntios 6.10).
8º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
furtarás" (Êxodo 20.15).
8º Mandamento no Novo Testamento: "Aquele que furtava, não furte mais;
antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir
com o que tiver necessidade" (Efésios 4.28).
9º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
dirás falso testemunho contra o teu próximo" (Êxodo 20.16).
9º Mandamento no Novo Testamento: "Com efeito:... não darás falso
testemunho, ..." (Romanos 13.9).
10º Mandamento no Antigo Testamento: "Não
cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o
seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma
do teu próximo" (Êxodo 20.17).
10º Mandamento no Novo Testamento: "Com efeito:... não cobiçarás"
(Romanos 13.9).
POR QUE O QUARTO MANDAMENTO DO DECÁLOGO NÃO APARECE NO NOVO TESTAMENTO?
"Porque, mudando-se o sacerdócio,
necessariamente se faz também mudança da lei" (Hebreus 7.12).
“Porque não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém, um que, como nós, em tudo foi
tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça,
para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados
em tempo oportuno” (Hebreus 4.15,16).
“Chamado por Deus Sumo Sacerdote (Jesus), segundo a ordem de Melquisedeque”
(Hebreus 5.10).
“... Jesus,
nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente
Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hebreus 6.20).
“Temos um Sumo Sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono
da majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o
Senhor fundou, e não o homem. Porque todo o sumo sacerdote é constituído para
oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse
alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem tão pouco
sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, Os
quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais” (Hebreus 8.1-5).
“Mas, vindo Cristo, o Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito
tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez
no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hebreus 9.11,12).
Porque em Deuteronômio Deus diz a Israel: "Porque
te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te
tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o Senhor teu Deus te
ordenou que guardasses o dia de sábado" (Deuteronômio 5.15).
O texto sagrado nos mostra que Deus ordenou a guarda do Sábado em lembrança da
libertação de Israel da escravidão do Egito, e, por isso, a ordenança do Sábado
é exclusiva para Israel. Ela em nada tem a ver com a Igreja.
Agora, note bem uma coisa: É muito importante perceber que o apóstolo Paulo
disse que tudo de útil ensinou, e que não deixou de ensinar todo o conselho de
Deus à Igreja. Ora, se Paulo não deixou passar nada do que Deus estabelecera ao
Seu povo celestial, onde está o “Sábado Cristão”? A resposta para tal é que o
apóstolo nada ensinou para nós cristãos a respeito do Sábado:
"Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar
publicamente e pelas casas, testificando, tanto aos judeus como aos gregos,
a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, no dia de
hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos. Porque nunca deixei de vos anunciar todo o
conselho de Deus" (Atos 20.20,21,26,27)
Sendo assim, pergunto aos defensores do Sábado: Paulo ensinou ou não todo o
conselho de Deus? Teria Paulo esquecido de ensinar que temos que guardar o
Sábado? Precisamos separar as coisas e abrir mão de doutrinas de homens, dos
nossos vãos costumes e tradições religiosas a fim de compreender a simplicidade
do que é dito para nós, cristãos. Nós, a Igreja de Deus, somos salvos quando
cremos no Senhor Jesus, quando cremos no evangelho da graça e recebemos o
Espírito Santo, e não por guardar o Sábado ou outro “dia santo” que tenham
inventado por aí:
"Em quem também vós estais, depois
que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele
também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa"
(Efésios 1.3).
"Não deem ouvidos às fábulas
judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade"
(Tito 1.14).
Todos os dias para os cristãos devem ser santos, visto que a qualquer momento
Jesus arrebatará a Igreja nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor
(1 Ts 4.17).
AS PROMESSAS DE QUE A GUARDA DO SÁBADO CESSARIA
"Eis que dias vêm, diz o Senhor, em
que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não
conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para
os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de
eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa
de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu
interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o
meu povo" (Jeremias 31.31-33).
NOTA: Essa promessa é
feita à Israel, não à Igreja. Essa nova aliança é prometida à nação de Israel.
Israel está agora em estado de total cegueira enquanto Deus trata com a Igreja.
Por isso que essa promessa se cumpre em todo homem que se converte a Jesus
Cristo, como no caso dos cristãos judeus, que antes estavam debaixo da Lei de
Moisés. No entanto, quanto à Israel, essa promessa ainda não foi cumprida, mas
será futuramente.
Essa Nova Aliança trará o fim do Sábado:
"E farei cessar todo o seu gozo, as
suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas
festividades" (Oséias 2:11)
Essa promessa se cumpriu na pessoa de Cristo para todos aqueles que se
convertem ao Seu nome:
"Havendo (Cristo) riscado a cédula
que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era
contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os
principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer,
ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados"
(Colossenses 2.14-16).
Por essa razão, nos preceitos ensinados pelos apóstolos aos gentios que se convertem
ao Evangelho de Cristo, a guarda do Sábado não aparece. Há sim muitas coisas as
quais devemos guardar no Novo Testamento, mas nada é dito a respeito de guardar
o Sábado:
"Por isso julgo que não se deve perturbar os gentios que se convertem a
Deus. Mas escrever-lhes que se guardem das contaminações dos ídolos, da
prostituição, do que é sufocado e do sangue. Que vos guardem das coisas
sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição,
das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá" (Atos
15.19-20; 29).
Isso é o que a Bíblia diz. Isso é o princípio da hermenêutica irrefutável,
quando os contextos acerca de um determinado assunto são unidos através de uma
exegese histórico-gramatical consistente e concluem uma premissa sensata, sem
eufemismos filosóficos.
QUAIS SÃO AS ORDENS PARA A IGREJA?
Enquanto os opositores do evangelho da graça pensam em uma resposta ridícula e
esdrúxula para a minha explanação sobre o tema, tecerei aqui os princípios da
Igreja de Deus que colocam em xeque
toda essa prática judaizante infundada. Todo “sabatista” ou “dominguista”
defende a ideia de que a Igreja deve guardar um dia especial para santificação,
culto, adoração, oração e demais ordens de Deus. Porém, quando olhamos para os
ensinamentos de Jesus Cristo a respeito da conduta cristã, não é bem assim que
funciona. O Senhor Jesus Cristo ensinou que:
1 – Devemos desenvolver nossa santidade em todo o tempo, sem cessar
(1 Pe 1:7; 1:15-20; 1 Tm 2:1-2; 2:8; At 6:4; 2 Tm 1:3; 1 Ts 1:3; Ef 4:20-32).
2 – Devemos orar e dar graças em todo o tempo, sem cessar (1 Ts
1:3; 2:13; 5:17; Lc 18:1; 1 Tm 2:8).
3 – Devemos cultuar a Deus todos os dias. Ainda que por tradição
tenhamos o “dia do Senhor”, que é o primeiro dia da semana para culto, adoração
e ministério públicos, esse culto também se estende à vida cotidiana e ao lar,
sem cessar (Rm 12:1-2; Jo 4:19-24).
4 – Na nova dispensação, na Igreja de Deus, não há um templo onde
devamos adorar a Deus, nem lugar especial algum que tenha sido estabelecido por
Ele para culto, adoração e ministério. No evangelho da graça, nem a oração, nem
qualquer outro ato do culto a Deus está restrito a um determinado lugar, nem se
torna mais aceito por causa do lugar em que se ofereça ou para o qual se
dirija. Deus deve ser adorado em todo o lugar, em espírito e verdade (Jo
4.19-24; 5.21; Ml 1.11; 1 Tm 2.8; Jr 10.25; Jó 1.5; 2 Sm 6.18-20; Dt 6:6-7; Mt
6:11; 6:6; Is 56:7; Hb 10:25; Pv 5:34; At 2:42).
O apóstolo Paulo nivela a prática cerimonial de observância de dias festivos e
sagrados, de judeus e gentios, quando diz:
“Digo, pois, que todo o tempo que o
herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo; mas
está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai. Assim
também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos
primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam
debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos,
Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro
de Deus por Cristo. Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por
natureza não são deuses. Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo
conhecidos por Deus, como tornais outra
vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja
trabalhado em vão para convosco” (Gálatas 4.1-11).
Inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo da graça denomina a prática da
“guarda de dias” como sendo rudimentos fracos e pobres, pois, vindo a plenitude
dos tempos, Deus enviou o Seu Filho para remir os que estavam “debaixo da lei”
– presos à lei mosaica e às ordenanças caducas da era patriarcal. Paulo chama
tais rudimentos de: Fracos, pobres, e que exigem subserviência. O apóstolo
estabelece uma conexão de equiparação e isso acaba sendo estarrecedor, uma vez
que, para Paulo, a prática vivenciada antes da fé cristã no paganismo e o
assédio dos judaizantes na luta pela observância da Lei Mosaica são a mesma
coisa! Para o apóstolo, tais práticas à parte da pessoa de Jesus Cristo possuem
a mesma essência e tornam sem efeito a fé cristã. Sendo assim, ou você é um
religioso partidário ou é uma nova criatura em Cristo (GL 5.6; 6.15; 2Co 5.17).
Jesus Cristo, nosso Sábado, nos chama para descansar nEle todos os dias da
nossa vida terrena: "Vinde a mim,
todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis
descanso para as vossas almas" (Mateus 11.28,29).
"E disse-lhes: O sábado foi feito
por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim o Filho do homem
até do sábado é Senhor" (Marcos 2.27-28).
A PRÁTICA MODERNA DA GUARDA DO SÁBADO
Examine a cena comigo: As crianças despertam com um cheiro agradável que toma
conta de todos os recintos da casa. É o cheiro doce que brota do forno, de onde
uma fornada de uma deliciosa challah
está a ponto de sair. É o um odor marcante que aviva em sua mente a lembrança
de que se aproxima um “dia especial”, o dia de Deus, pensam elas. Elas sabem
que aquele pão especial somente pode ser preparado na véspera do Shabat, comemorando a provisão dupla de
maná que o Eterno Jeová dava a Seu Povo no Deserto. Assim, elas se levantam
bendizendo ao Eterno! É assim que começa o dia da preparação em uma família
judia: com um marcante cheiro que não é sentido em nenhum momento durante a
semana. É um dia “santo”, com propósitos santos em circunstâncias santas,
pensam elas. Este momento é esperado com alegria pela família, pois todos se
reunirão para receber as bênçãos do “Sábado” e agradecer a Deus por este
“templo no tempo”, no qual nos encontramos com Ele.
Cada membro da família se prepara com esmero e emoção por esse dia maravilhoso
e especial. Eles esperaram passar toda uma semana da agenda pagã para viverem
esse momento. Com anseio e antecipação pelo “Sábado” que irão receber, a
alegria se estampa no rosto de cada membro da família judaizante que certamente
não irá cumprir o Sábado Judaico como ele de fato deveria ser cumprido,
conforme o Antigo Testamento e o calendário de Israel.
Mas existe um problema: A palavra “Sábado” possui um outro sentido além de
“Descanso”. O Sábado Judaico é também conhecido como "cessar de trabalhar". O que muitos não sabem é que o dia
do Shabbat não é somente um dia de
descanso – é um dia de “santidade”, quando as pessoas podem, por um curto
período de tempo, deixar de lado suas perversidades, preocupações e objetivos
da vida terrena e devotar-se à renovação espiritual e atividade religiosa no
Templo. Porém, onde está o Templo? Sabemos ser o Templo de Jerusalém o único
lugar escolhido pelo Senhor nas Escrituras para culto, adoração e guarda do
Sábado. Como, então, os supostos guardadores do Sábado, do Domingo ou de
qualquer outro “dia santo” irão fazer? Certo é que toda essa tentativa de
cumprir com qualquer lei judaica faz com que o resultado seja nem Cristianismo
nem Judaísmo, senão que uma mistura estapafúrdia de religiosidade seja praticada
por cada um à sua maneira.
Quando as pessoas engrandecem somente um dia com o propósito de adorar a Deus,
elas simplesmente o transformam em um ídolo. Na verdade, essas pessoas, presas
ao sistema religioso denominacional, insistem que têm feito assim para a honra
de Deus. Contudo, estão honrando ao diabo.
Nenhum dia é superior ao outro. Quando insistimos em criar uma prática baseada
em nossas vãs filosofias e caprichos, blasfemamos contra Deus e criamos um
ídolo, embora tenhamos feito tudo isso em nome de Deus. Quando tentamos adorar
a Deus com ociosidade espiritual num “dia santo”, praticamos um pecado grave
demais para ser suportado, pois tal obra carnal atrai outros pecados até
atingirmos a medida da iniquidade.
Continua em: Seria
o Domingo um substituto do Sábado judaico?
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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces
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