Os teólogos do Pacto (aliancistas, se assim
preferir) não veem problema em inferir coisas das Escrituras para fazê-las
encaixar em sua interpretação. Chamamos a isso de “fator de correção
arbitrária”. Um exemplo disso é a invenção dos termos “Pacto das Obras” e
“Pacto da Graça” — dos quais as Escrituras não fazem qualquer menção. Eles
também dizem que a “nova aliança” (ou “novo pacto” ou “novo concerto”,
dependendo da tradução) foi feita no tempo presente com a Igreja. Todavia, não
existe nada nas Escrituras que ensine isso. Cada vez que é mencionada a Nova
Aliança ou Pacto, as Escrituras declaram que não é algo que foi feito agora,
mas algo que será feito no futuro com Israel. O Senhor diz: “estabelecerei uma nova aliança” e não
“estabeleci uma nova aliança”. “Eis que
dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma
aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a
aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar
da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os
haver desposado, diz o Senhor. Mas esta
é a aliança que farei com a casa de Israel depois ‘daqueles dias’*, diz o
Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu
serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31-33). “Depois
daqueles dias” significa “depois da Tribulação” de sete anos que virá sobre a
terra.
As Escrituras dizem claramente que essa aliança ou pacto será “com
a casa de Israel e com a casa de Judá” — não com a Igreja (Hb 8.8-12).
Em contraste, as bênçãos cristãs são, via de regra, vistas como possessão
presente dos crentes (Ef 1.3-14 – “...
fomos feitos...”), enquanto as bênçãos para Israel na profecia são futuras.
O apóstolo Paulo confirma isso declarando que “as alianças” e “as promessas”
pertencem aos seus conterrâneos. Ele qualifica com exatidão quem são eles, não
deixando qualquer margem para dúvida, ao dizer: “meus parentes segundo a carne,
que são israelitas” (Rm 9.3-4). Isso jamais poderia ser interpretado
como uma companhia de crentes espirituais dos dias de hoje que tenham sido
chamados dentre os gentios, como ensinam os teólogos do Pacto.
Por exemplo, em Hebreus 4 o autor menciona que “resta ainda um repouso para o
povo de Deus” (Hb 4.9). Isso se refere a algo que irá ocorrer depois
que terminar o tempo do Cristianismo na terra. Tem a ver com um dia futuro
quando o Senhor introduzirá o Seu povo em seu descanso final. Além disso, os
capítulos 5 ao 7 falam do sacerdócio de Cristo sendo segundo a ordem de
“Melquisedeque”. Este é um aspecto futuro e milenial de Seu sacerdócio, quando
Ele irá reinar como rei e sacerdote por mil anos na terra, e um remanescente de
Israel será abençoado por Ele (Zc 6.13; Sl 110.1-4). No capítulo 8 o autor de
Hebreus mostra que a Nova Aliança será estabelecida “com a casa de Israel e com a
casa de Judá”. O Senhor insiste que isso ainda não foi feito, mas é
algo que irá fazer no futuro (“Estabelecerei...” – Hb 8.8-12).
O capítulo 10 menciona o Novo Pacto ou Aliança mais uma vez, e deixa claro que
é algo que Ele ainda fará com Israel no futuro (“Esta é a aliança que farei com
eles depois daqueles dias” – Hb 10.16). No capítulo 12 temos a promessa
de que o Senhor irá abalar “não só a
terra, senão também o céu” (Hb 12.26-29), o que se refere ao tempo quando
Seus juízos cairão sobre a terra. Sabemos das Escrituras dos Profetas que essas
coisas serão entendidas por Israel quando eles forem restaurados ao Senhor e
abençoados em Seu reinado público.
Continua em: O
livre arbítrio é uma ilusão
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SUMÁRIO
- O EVANGELHO sem Disfarces
– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página JP Padilha
– Fonte 3: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/
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