segunda-feira, 18 de setembro de 2023

MARIA SEGUNDO A BÍBLIA – Indagações e Respostas

INDAGAÇÃO: Maria é esposa do Espírito Santo e mãe de Deus.

RESPOSTA: Absolutamente não. Talvez essa seja a maior heresia do Catolicismo Romano. Certamente Maria era filha de Deus Pai (pois nasceu de novo) e mãe de Jesus, o Filho de Deus em sua humanidade. Mas isso não faz dela esposa do Espírito Santo por ter concebido dele. A questão é: Desde quando Jesus é Filho de Deus? Será que é desde que o Espírito Santo concebeu Jesus no ventre de Maria? Dizer isso seria negar o Filho Eterno e que o Pai enviou o Filho ao mundo quando o Pai já era Pai e o Filho já era Filho, ou seja, na eternidade.

Em João 16.28 Jesus diz: "Saí do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o Pai". Para que Jesus saísse do Pai era necessário que o Pai já fosse Pai na eternidade e que o Filho já estivesse com o Pai eternamente. Em outra passagem ele fala do amor que o Pai tinha por ele como Filho antes da fundação do mundo, ou seja, na eternidade. “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo”. (João 17.24 ARA).

Portanto, Jesus já era Deus Filho nos tempos eternos, antes mesmo de Maria existir. Sendo assim, ela não deu à luz a Deus — pense no absurdo de alguém dizer que foi um ser humano que gerou Deus! —, mas foi mãe da manifestação do Filho de Deus em carne quando este veio ao mundo. Maria foi a mãe do ser humano Jesus. O Filho de Deus não iniciou sua existência no ventre de uma mulher; isso aconteceu apenas com o Homem Jesus. Deus sempre existiu, e dizer que Maria é mãe de Deus é fazer de uma mulher mortal uma divindade superior ao próprio Deus, o que é inconcebível. Fazer do Espírito Santo esposo de Maria é tornar José adúltero por se casar com uma mulher cujo suposto marido, o Espírito Santo, ainda estava vivo.

A passagem mais usada pelos católicos para afirmar que Maria é mãe de Deus é esta: "E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas". (Lucas 1.39-45).

O fato de Isabel, que sentiu o bebê João Batista pular em seu ventre, ter chamado o menino no ventre de Maria de "meu Senhor" não tem nada a ver com a absurda teoria de considerar Maria mãe de Deus. Isabel não disse "mãe de meu Deus", como tenta ensinar a doutrina católica mariana, da qual NENHUM apóstolo jamais falou em suas cartas.

Se você nunca reparou, a última menção de Maria nas páginas do Novo Testamento está em Atos 1.13-15, onde também menciona os irmãos de Jesus juntos a cento e vinte pessoas: “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos”. Depois disso, Maria nunca mais é mencionada. Eu realmente não entendo a razão dessa insistência das pessoas em buscar socorro em Maria, já que ela NUNCA aparece na doutrina dos apóstolos para a Igreja, ou seja, nas epístolas. E antes que você fale de Apocalipse 12, a “mulher” ali é figurativa de Israel, de quem veio o Salvador do mundo. Foi isso que Jesus disse à mulher samaritana: "Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus." (João 4.22). Mas, voltando à nossa passagem, o que Isabel disse foi "mãe de meu Senhor".

Ao ser "cheia do Espírito Santo", Isabel passou a falar coisas que ela não poderia saber naturalmente – coisas que apenas o Espírito de Deus poderia ter revelado a ela. E uma delas foi que Maria ocupava um lugar singular na criação e redenção do homem. Era ela "a mulher", e não meramente "uma mulher", à qual o Senhor se referiu em Gênesis 3.15 como sendo aquela cuja semente ou descendente esmagaria a cabeça da serpente. Era também "a virgem", e não meramente "uma virgem", que iria conceber sem a participação do homem, como foi profetizado em Isaías 7.14.

Não se pode perder de vista que estamos diante de uma cena judaica e de Deus tratando com judeus. O conceito de salvação que um judeu tinha era de salvação nacional do povo de Israel para viver para sempre na terra da promessa. A revelação ainda não tinha chegado ao ponto em que chegou com Cristo (evangelhos judaicos) e mais ainda com o ministério do Espírito dado aos apóstolos e profetas da Igreja (epístolas dos apóstolos).

INDAGAÇÃO: Maria, sendo mãe de Cristo, se torna nossa mãe, assim como se tornou mãe de João no Calvário.

RESPOSTA: Heresia! Os que crêem em Deus não se tornam filhos de Cristo, mas “filhos de Deus”. Muito embora Jesus seja Deus, existe uma diferença entre as Pessoas da Trindade. Além disso, Maria não é esposa de Deus para nos considerarmos filhos dela. Quanto ao que aconteceu no Calvário, além de Jesus não a chamar de mãe, mas de “mulher” (ou “senhora”), não foi dito a Maria que cuidasse de João, mas a João que cuidasse de Maria:

“Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa(João 19.26).

INDAGAÇÃO: Maria intercede por nós no céu.

RESPOSTA: Heresia das heresias! Maria pode até estar no céu, como qualquer outro santo de Deus, pois somos tão santos quanto ela. O único Intercessor entre Deus e os homens é Jesus Cristo. Portanto, se há apenas um Mediador – pois é isso que Deus diz – não pode haver dois. A Bíblia afirma que há apenas um Mediador e este é Jesus Cristo.

Quando abrimos a Bíblia, lemos: "Há um só Deus e um só Intercessor entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Timóteo 2.5).

Em 1 João 2.1-2 lemos: "Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados". Quem é, portanto, o nosso Advogado? Maria? Não. Jesus Cristo. Quem é a nossa propiciação? Maria? Não. Jesus Cristo. Vemos que não há nenhuma menção à Maria como intercessora em nenhum lugar das Escrituras.

INDAGAÇÃO: Maria não teve outros filhos com José.

RESPOSTA: Errado. Em Marcos 6.3 Jesus e seus irmãos são mencionados como tais em relação a Maria: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs?”.

INDAGAÇÃO: José tinha 93 anos e Maria 12 na data da concepção de Jesus... José era viúvo e tinha 6 filhos, quatro homens e duas mulheres... tudo isso antes de Jesus. Maria tinha sido prometida a José, pois seus pais haviam morrido e ela ainda morava no Templo.

RESPOSTA: Errado. Eu não sei de onde vocês, católicos, tiram essas ideias mirabolantes, mas terei paciência para responder a mais essa indagação. Maria morava em sua própria casa em Nazaré, enquanto o Templo ficava em Jerusalém, a 150 quilômetros. Ela estava desposada com José quando o anjo lhe apareceu. Quando se diz desposada, significa que ela estava noiva de José. No noivado, José e Maria já moravam juntos, mas não havia toque algum. Somente após o casamento José pôde “conhecer” a Maria (ter relações sexuais com ela).

“E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus” (Mateus 1.25). O termo “conheceu” neste versículo significa que, somente depois de 1 a 2 anos (tempo de noivado costumeiro da época), José teve relações sexuais com Maria e teve outros filhos com ela.

“E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria” (Lucas 1.26).

INDAGAÇÃO: José morreu com 111 anos quando Jesus apenas tinha 12.

RESPOSTA: Mais um erro. Jesus tinha 12 anos quando José e Maria o levaram ao Templo em Jerusalém. 

"Todos os anos seus pais iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos de idade, eles subiram à festa, conforme o costume. Terminada a festa, voltando seus pais para casa, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que eles percebessem"
(Lucas 2.41).

INDAGAÇÃO: Tiago era o filho preferido de Maria, pois era o mais novo.

RESPOSTA: Especulação. Não existe qualquer registro da idade de Maria ou de José, nem de predileção por algum filho. Mesmo que existisse, se a tese de que Jesus seria o único filho legítimo de Maria e que José seria viúvo com 6 filhos, como Tiago poderia ser o mais novo? A teoria de Tiago sendo mais novo que Jesus e, ao mesmo tempo, não sendo filho legítimo de Maria, implica que José teria tido outra mulher depois do nascimento de Jesus. Oras, isso é chamar José de adúltero, já que o casamento é uno e vitalício. O casamento é irrevogável, até que a morte os separe. Não se casa duas vezes ou com duas mulheres.

INDAGAÇÃO: Maria já estava salva por mérito e merecimento pelo “sim” dado a Deus e por sua falta de mácula.

RESPOSTA: Heresia das grandes! Dizer que Maria não tinha pecado é negar a Palavra de Deus que diz que todos nós – repito – todos nós nascemos debaixo do pecado. Senão, vejamos:

Não há um justo, nem um sequer. Não há NINGUÉM que entenda; não há NINGUÉM que busque a Deus. TODOS se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há NEM UM SÓ(Romanos 3.10). 

Ao tentar dignificar Maria, considerando-a isenta do pecado original (algo que só Jesus foi, pois ele foi concebido pelo Espírito Santo), acabamos negando a própria Palavra de Deus em sua totalidade. Seria preciso fazer um acréscimo no versículo de Romanos 3.10 (algo do tipo “exceto Maria”) e também em 2 Coríntios 2.15: “Ele morreu por todos”... “exceto por Maria”. Ou seja, seria o mesmo que dizer que Jesus não precisou morrer na cruz por Maria, pois Maria se salvou por si mesma. Se isso não é o pior dos sacrilégios contra Deus, o que seria então? Além disso, considerar que Maria fosse isenta do pecado original é o mesmo que dizer que ela teria sido gerada pelo Espírito Santo. Veja bem – Seria o mesmo que afirmar que temos dois salvadores: Maria e Jesus.

INDAGAÇÃO: Maria tinha um papel muito mais importante do que qualquer apóstolo de Jesus na Igreja primitiva. Aliás, todo cristão na época chamava Maria de mãe e Pedro de pai. Por isso o nome papa (papa=pai).

RESPOSTA: Mais uma heresia. Não há qualquer evidência disso no Novo Testamento e a última vez que Maria aparece é no capítulo 1 de Atos, antes da formação da Igreja, que se dá no capítulo 2. Ela nunca mais é mencionada, nem em Atos, nem nas epístolas, as quais trazem a doutrina dos apóstolos para a Igreja.

Quanto a Pedro ser chamado de pai pelos cristãos, para fazerem isso eles teriam de desobedecer ao mandamento do próprio Senhor (como muitos hoje desobedecem) que nos ordenou a não chamarmos a ninguém de Pai, pois um só é o nosso Pai, o qual está nos céus: 

“E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus” (Mateus 23.9).

Inclusive, a palavra “padre”, também usada para se referir aos clérigos da seita católica, vem do latim, que significa “pai”. Então eu pergunto: Isso é ou não é uma heresia que atinge um nível de iniquidade inefável?


INDAGAÇÃO: Não foi apenas Deus a dar o seu único filho para nos salvar, mas também Maria.

RESPOSTA: Essa é uma das mais hediondas heresias da seita católica, pois coloca Maria como co-autora da salvação. Na verdade, segundo a Bíblia, Maria se colocou no lugar de serva do SENHOR, e não de senhora de Cristo ou de qualquer cristão. Cristo é nosso único Senhor e Salvador, além de ser o único Intercessor entre Deus e os homens. Só há um DEUS, e Ele não dará a Sua glória a outrem:

“Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; porque atentou na pequenez de sua serva; pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada: porque me fez grandes coisas o Poderoso; e santo é o seu nome” (Lucas 1.46-49).

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” (1 Timóteo 2.5,6).

“Eu revelei, salvei e anunciei. Antes de mim nenhum deus se formou, nem haverá algum depois de mim. Eu, eu mesmo, sou o Senhor, e além de mim não há salvador algum” (Isaías 43.10-11).

“Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória pois a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Isaías 42.8).

INDAGAÇÃO: Maria é muito mais do que a Bíblia mostra.

RESPOSTA: Toda pessoa que fala uma coisa dessas está falando de qualquer coisa, menos da Palavra de Deus. Isso é ir além das Escrituras. É colocar palavras na boca de Deus, as quais Ele nunca disse. Quando Paulo se despediu dos anciãos de Éfeso, ele já previa que não apenas lobos cruéis (não cristãos) entrariam no rebanho para exterminá-lo, mas também que homens (cristãos) se levantariam dentro do rebanho para falar coisas distorcidas a fim de atraírem discípulos após si. Qual o antídoto de Paulo contra esses perigos? Ele encomenda os cristãos a Deus e à “PALAVRA DA SUA GRAÇA”, a mesma à qual os católicos e similares não dão qualquer valor ao tecer elucubrações que só servem para desviar os olhos daquele que é o único e suficiente Salvador, Jesus Cristo.

“Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos. Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante três anos jamais cessei de advertir a cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas. Agora, eu os entrego a Deus e à palavra da sua graça, que pode edificá-los e dar-lhes herança entre todos os que são santificados” (Atos 20.29-32).

A Palavra de Deus é o único terreno seguro para o cristão se precaver de ideias de homens e demônios.

"Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: Se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!" (Gálatas 1.7-9).


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Como surgiu a oração da Ave Maria?

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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/


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