“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se
fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1.1-3, 14).
SEM PRINCÍPIO, NEM FIM
Todo ser humano começa a existir no momento da concepção. A origem da vida
inicia-se pela união de um óvulo da mãe a um espermatozóide do pai, como
sabemos. Jesus Cristo, entretanto (por ser Deus), já existia ANTES do momento
de Sua concepção (como lemos nos versículos acima), pelo Espírito Santo, no
ventre de Maria. Como está escrito, Ele sempre existiu. Ele sempre foi, é e
será. Ele é eterno. Ele não tem princípio nem fim de dias.
Logo em Gênesis, na passagem em que se fala da criação do mundo, temos a
declaração de que Cristo estava no momento da criação. Ele – Cristo – CRIOU o
mundo, juntamente com o Pai e o Espírito Santo. Preste atenção ao que é dito
ali: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança...” (Gênesis 1.26 – Grifo meu). O verbo “façamos”
(na 3ª pessoa do plural) refere-se ao Deus Triúno: o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Logicamente, Jesus Cristo também estava presente no momento da criação.
Em Miquéias 5.2 há uma profecia sobre o nascimento de Jesus Cristo. Porém,
preste muita atenção no final do versículo, pois aqui será mostrado que a
passagem em questão fala da sua condição eterna antes de vir a este mundo por
meio de um nascimento:
“E tu, Belém Efrata, posto que pequena
entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas
saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias
5.2 – grifo meu).
A Bíblia nos diz que todas as coisas vieram a existir através de Jesus Cristo,
(inclusive os seres humanos e, aqui, Maria, a mãe de Jesus Cristo, está
incluída): “Porque nele
foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo
foi criado por ele e para ele” (Colossenses
1.16).“Todas as coisas foram feitas
por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1.3). “Estava no mundo, e o mundo foi
feito por ele, e o mundo não o conheceu” (João 1.10 – Grifos
meus).
O profeta Isaías, ao falar sobre a vinda do Messias, descreveu algumas de Suas
características divinas e, portanto, eternas: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está
sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6 –
Grifos meus).
Melquisedeque, Rei de Salém, foi um tipo de Cristo, um símbolo do Messias que
viria (o Senhor Jesus Cristo), por apresentar as mesmas características humanas
do Filho Unigênito de Deus: “Sem
pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas
sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre” (Hebreus
7.3). Para conhecer a história de Melquisedeque e saber um pouco sobre quem foi
este homem, consulte Gênesis 14.8-24.
Hebreus 7.3 e 15 nos ensinam de modo
cristalino que Melquisedeque foi um tipo de Jesus Cristo. Assim como Adão,
Moisés, Arão ou Davi, ele foi um homem mortal, cuja pessoa e vida, de várias
maneiras, foram um símbolo de Jesus Cristo.
A antítese de Hebreus 7.3 é esta: Aqui nós aprendemos que a respectiva passagem
tem o principal intuito de esclarecer
que Deus fez de Melquisedeque um tipo de Seu filho no Antigo Testamento, nos
avisando sobre a vinda do Messias, o Senhor Jesus. A fim de salientar as
características típicas desse sumo sacerdote, a Bíblia omite
propositalmente o dia de seu nascimento, sua filiação, seu parentesco e linha
genealógica. Isso não quer dizer que ele não teve pai (pois até o
antítipo, Jesus de Nazaré, teve o Espírito Santo como seu Pai – e é certo que
sua mãe, Maria, é mencionada nos evangelhos), nem que ele jamais nascera (pois
até Cristo, em sua forma humana, teve de nascer de mulher). A questão é que o
aparecimento dramático e repentino de Melquisedeque ficou mais notável quando
ele foi apresentado como porta-voz do Senhor a Abraão, servindo como arquétipo
do futuro Cristo, o qual derramaria bênçãos sobre o povo de Deus.
Jesus Cristo não teve princípio, nem fim, pois Ele é Deus. Sendo Deus,
Ele é Eterno. Em Apocalipse 1.8 Ele mesmo fala sobre Sua Eternidade e
Onipotência: “Eu sou o Alfa e o
Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de
vir, o Todo-Poderoso”. Antes disso, Ele já havia dito no
evangelho judaico de João: “...
Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, Eu sou”
(João 8.58 – Grifos meus)
JESUS
CRISTO HOMEM
Não obstante, em um dado momento da história, Jesus também Se tornou
100% Homem. Ele Se encarnou neste mundo com um corpo físico (o qual
Ele possui até hoje e que se tornou corpo glorificado em virtude de Sua
Ressurreição) com o objetivo de morrer em nosso lugar (morte vicária), tendo
nascido e vivido sem pecado algum (Mt 27.24; Lc 23.4, 14, 47; Hb 4.15, 7.26,
9.14; 1Pe 1.19).
Em João 1.14 está escrito: “E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João
1.14 – Grifos meus).
JESUS
CRISTO DEUS
Diante do que temos aprendido aqui, vemos que Jesus Cristo é 100% Deus (Mt 14.33, 27.54;
Mc 1.1; Lc 4.41; Jo 1.49, 3.18, 8.23, 58, 10.30, 11.4, 27, 20.31; 2Co 1.19; Hb
4.14; 1Jo 5.10; 2Pe 1.1; Ap 2.18; etc.). Ele é a segunda pessoa da Trindade e, ao mesmo tempo, 100% Homem (Mt 8.20, 9.6, 12.8, 16.28, 25.31; Lc
24.7; Jo 3.13, 6.62; At 7.56; Ap 1.13, 14.14; etc.), concomitantemente,
o que, para nós, é um mistério que devemos aceitar pela fé. Geralmente eu
costumo dizer aos meus ouvintes o seguinte: Tentar entender a Trindade custará a sua sanidade mental; negá-la
custará a sua alma. As Escrituras também nos revelam que: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério
da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no
Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima
na glória.” (1 Timóteo 3.16 – Grifo meu).
OS
HERÉTICOS DOGMAS CATÓLICOS
Mesmo Jesus Cristo sendo Eterno (pois Ele é DEUS), a seita Católica Romana (esta
falsa religião que se autodenomina “Cristianismo”, mas não é) faz verdadeiros
malabarismos com as passagens das Escrituras. Na verdade, não somente faz
malabarismos com os textos inspirados, como também retira e acrescenta o que
bem entende das Escrituras (cf. Deuteronômio 12.32), criando dogmas heréticos no
decorrer de sua história a fim de forçar seus seguidores a crerem em tudo o que
os “papas” afirmam (e venham a afirmar). Os fieis católicos não possuem o
direito de questionar os ensinamentos dos padres e do papa, visto que isso
acarreta em ser amaldiçoado pelo papa e excomungado da (assim chamada) igreja.
Para “fundamentar” suas doutrinas de demônios, esta falsa religião elabora uma
falsa crença após outra, tal qual uma tremenda colcha de retalhos, na tentativa
(eficaz, lamentavelmente) de divinizar Maria, tornando-a uma “deusa”. Vejamos
alguns desses dogmas:
1 – DOGMA DA “MATERNIDADE DIVINA”
Esse dogma foi proclamado pelo Concílio de Éfeso, em 431, segundo o qual Maria
seria a "mãe de Deus" (em grego Theotokos e
em latim Mater Dei). O referido
Concílio proclamou que "se alguém não confessa
que o Emanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe
de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema".
Sites católicos por toda a internet chegam ao cúmulo de alegar que tal dogma é
uma “lógica irretorquível”, concluindo, desta forma, que “Maria é a mãe de
Deus”, enganando os incautos católicos. Pobres almas! E ai de quem ousar
questionar tal ensinamento! Ora, afirmar que uma mulher, um ser humano (que
teve um início de existência), sendo, portanto, uma criatura de Deus, possa ser
a “mãe de Deus”, que é ETERNO (sem princípio nem fim), é absurdo, herético e
ilógico!
Os pobres católicos confundem o fato de Maria ter sido apenas o vaso pelo qual
Jesus Cristo Se encarnou e, diante disso, interpretam que ela se tornou a “mãe
de Deus”. Isto é uma heresia que contradiz as próprias palavras de Maria (Lucas
1.46-49; João 2.1-5). Se você abrir a Bíblia, verá que Maria não concorda com
isso em hipótese alguma e ficaria chocada com o que estão fazendo em torno de
seu nome e com sua história.
A Bíblia descreve a concepção do corpo humano de Jesus Cristo da seguinte forma: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi
assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem (antes
de terem relações sexuais), achou-se ter concebido do Espírito Santo.
Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou
deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um
anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua
mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo” (Mateus
1.18-20 – Grifos meus).
Quanto à Sua humanidade, Jesus nasceu de Maria (enquanto ela ainda era
virgem), sendo um Homem perfeito, por não haver herdado a natureza humana
pecaminosa que todos recebem, visto que não foi concebido por José, pois, não
houve relação sexual. A concepção de Jesus foi obra exclusiva do Espírito
Santo, pela virtude do Altíssimo (Lucas 1.35). Por isso, JESUS CRISTO é o
Cordeiro de Deus “imaculado e incontaminado” (1Pe 1.19b) por
não ter a mancha do pecado original: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem
pecado” (Hebreus 4.15 – Grifos meus).
Quanto à Sua divindade, não foi o filho de José que nasceu, mas o Filho
de Deus que nos foi dado: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João
3.16). É importante destacar que o contexto dessa passagem diz que somente aquele que nele crê terá a vida eterna.
Nem todos crerão. Sabemos disso pelas Escrituras.
Como podemos constatar com bases bíblicas exaustivas, Maria NÃO gerou a
divindade de Jesus, mas apenas Seu corpo humano! Ele sempre existiu, pois é
Infinito, é Deus, é Eterno!!! Ele foi o Único que nasceu imaculado
e nunca pecou (Adão e Eva foram “criados” sem pecado,
depois pecaram). Somente Cristo é perfeito! Deus, o Pai, não tem “mãe”, muito menos “pai”!
Uma das passagens nas quais a igreja católica se “apóia” (e distorce) é a que
narra o momento em que Isabel, ao ver Maria, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito
o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a mim, que venha
visitar-me a mãe do meu Senhor?” (Lucas 1.41-42 –
Grifos meus). Com base neste trecho grifado, esta falsa religião alega que
Isabel teria reconhecido Maria como sendo a “mãe de Deus”. Quanta PROFANAÇÃO ao
distorcer a Palavra de Deus e tirar os versículos de seus contextos!!!
Ora, qualquer pessoa no mínimo letrada entenderá que Isabel se referia, nesta
passagem, ao Messias (a Jesus Cristo) que iria nascer e não a Deus Pai. Jesus é
o Cristo (Mt 16.16, 20; Lc 2.11, 26, 4.41; Jo 4.25, 42), o Salvador (Lc 1.47,
2.11; Jo 4.42; At 5.31; Fp 3.20; 2Tm 1.10; Tt 1.4; 2Pe 1.11, 2.20, 3.18; 1Jo
4.14), o Senhor (Lc 2.11; Fp 3.20; 2Pe 1.11, 2.20, 3.18), o Ungido (At 4.26-27)
pelo qual os judeus tanto ansiavam. Eles não esperavam por Deus Pai (YHWH), mas
pelo Messias.
Temos o exemplo de Davi, que, referindo-se ao Messias (Jesus Cristo),
disse: “disse o Senhor [Deus Pai] ao meu Senhor (Deus
Filho – Jesus Cristo): Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus
inimigos por escabelo dos teus pés” (Salmos 110.1 – ênfase minha).
Aqui vemos que tanto o Deus Pai quanto Jesus Cristo é chamado de ‘Senhor’.
Concluímos que obviamente Isabel se referia a Jesus, o Filho de Deus, de quem
Maria era a mãe (humanamente falando). Maria não é “mãe de Deus”, nem tampouco “mãe da humanidade”.
A fim de tentar “justificar” suas pretensões de que Maria seja a “mãe da
humanidade”, a Igreja Católica Romana “apoia-se” na passagem bíblica onde Jesus
Cristo, na cruz, pede ao apóstolo amado (João) para cuidar de Maria. Porém,
note que Jesus, como sempre fez, teve o cuidado minucioso de se dirigir a Maria
como “mulher” e não como “mãe”, no intuito de que Maria não fosse enaltecida em
nenhum nível ou aspecto: “Ora
Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente,
disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho” (João
19.26-27a – Grifo meu). Entretanto, a seita Católica Romana diz que Maria se
tornou, em virtude desta passagem bíblica, a “mãe de todos nós”. Heresia pura!
Além do mais, atente-se para o fato de que Jesus, ali no Calvário, não disse a
Maria que cuidasse de João, mas a João que cuidasse de Maria. Basta ler o final
do versículo 27: “E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa”.
Agora, note algo interessante. Jesus deixou Maria aos cuidados de João apóstolo
e não de Seus irmãos de sangue. Por que? No contexto de João 7.3-8,
compreendemos isso com facilidade: “Porque
nem mesmo seus irmãos criam nele” (João 7.5), ao contrário dos
Seus discípulos e apóstolos – irmãos espirituais! E esse ocorrido deve-se ao
cumprimento de uma profecia que dizia: “Tenho-me tornado um estranho para com meus irmãos, e um desconhecido para
com os filhos de minha mãe” (Salmos 69.8).
Então eu pergunto: Desde quando João representou “toda a humanidade”? Por que
não há um só relato neotestamentário de alguém chamando Maria de mãe ou lhe
fazendo alguma petição, solicitando sua “intercessão” ou “mediação”?
Se há uma mulher que poderia receber o título de “mãe da humanidade”, esta
mulher é EVA, a primeira mulher criada, da qual todos nós somos descendentes e
da qual todos nós (inclusive Maria) herdamos o pecado: “E chamou Adão o nome de sua mulher Eva;
porquanto era a mãe de todos os viventes”. (Gênesis
3.20 – Grifo meu). Nem por isso chamamos Eva de “Santa Eva”, nossa “mãe do céu”,
nem lhe dirigimos petições!
Em 1 Pedro 3.1-6, Sara, mulher de
Abraão, é citada como exemplo a ser seguido pelas mulheres cristãs. Por que
Pedro não citou Maria? Além do mais, neste mesmo contexto, as mulheres cristãs
são chamadas "filhas de Sara”. Por que não são chamadas filhas de Maria?
Maria não é nossa “mãe no céu” e nunca foi “rainha”, pois nunca teve um
reinado. Pelo contrário. Ela mesma se identificou como uma humilde serva do
Senhor, como podemos comprovar nas Escrituras. A única “divindade” que a Bíblia
identifica com o título de “Rainha dos Céus” é um abominável
ídolo pagão (um demônio) que provocou a ira de Deus contra o Seu povo: “Os filhos apanham a lenha, e os pais
acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à
rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira” (Jeremias 7.18 – Grifo meu). Aliás, este
demônio, chamado “Rainha dos Céus“, é quem tem aparecido pelo mundo nas
chamadas "aparições marianas". (Confira também: Jr 44.17; Sl 21.13;
47:9; 57:5; Fp 2.9-10; Ap 5.12, etc.).
Maria teve várias virtudes (o que é inegável), mas isso não faz dela uma
“rainha” (Jr 7.18; 1Co 8.5-6; 1Tm 6.14-15), nem “medianeira” (Jo 14.6; 1Tm
2.5), nem “advogada” (1Jo 2.1), muito menos “co-redentora” (Jo 6.37; 1Tm 2.6),
e nem dá a ela outros títulos inventados por Roma (pois esses atributos são
exclusivos de Jesus Cristo, conforme se vê pelos versículos bíblicos
supracitados).
Maria é nossa abençoada irmã em Cristo, tendo sido apenas um vaso nas mãos de
Deus para trazer ao mundo o Filho Unigênito do Senhor (este foi o seu
ministério). Maria apenas teve seu ventre usado para que Jesus viesse ao mundo
como Homem, para sofrer como Homem, cumprir a lei e pagar o preço pelos pecados
dos eleitos de Deus. Tanto isso é verdade, que o Novo Testamento nada fala sobre
ela, senão no capítulo 1 de Atos. Se você nunca reparou, a última menção de
Maria nas páginas do Novo Testamento é no primeiro capítulo de Atos. E antes
que você fale de Apocalipse 12, a “mulher” ali é figurativa de Israel, de quem
veio o Salvador do mundo.
Maria não é “nossa mãe”, nem "mãe da humanidade"! O que se dirá
"mãe de Deus”!!!
2 – DOGMA DA “IMACULADA CONCEIÇÃO”
A Igreja Católica Romana vai ainda mais longe ao ensinar o absurdo de que Maria
foi “concebida sem pecado”, visto que somente assim poderia ter gerado Jesus
Cristo, sem pecado. Ora, a Bíblia nos ensina que a concepção do corpo humano de
Jesus Cristo deu-se por obra EXCLUSIVA do Espírito Santo (Mt 1.18-20). Maria
não gerou a divindade de Cristo, pois Ele é Deus e, portanto, não tem pecado!
Na bula dogmática Ineffabilis Deus, foi feita a definição
(invenção) oficial do dogma da “Imaculada Conceição de Maria”. Em 8 de dezembro
de 1854, disse Pio IX: “(...) que a doutrina que defende que a beatíssima Virgem
Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original desde o primeiro
instante da sua concepção, por singular graça de privilégio de Deus onipotente
e em atenção aos merecimentos de Jesus Cristo salvador do gênero humano, foi
revelada por Deus e que, por isso deve ser admitida com fé firme e constante
por todos os fiéis”.
Ora, seguindo este raciocínio estapafúrdio, a conclusão seria a seguinte: Se para Jesus ser imaculado fosse necessário
que sua mãe também o houvesse sido, logicamente entende-se que as mesmas razões
existem para que tivessem sido imaculadas a mãe de Maria e sua avó, e assim sucessivamente,
até chegar a Eva, que, por sua vez, não era imaculada. Esta é simplesmente a
conseqüência teórica que, ainda que resista ao bom sentido e à coerência (e
resiste), temos que admitir se aceitarmos como válidas as suposições
apologéticas dos concepcionistas marianos. É a conclusão resultante de uma
premissa completamente sem sensatez.
A única forma de Maria ter sido gerada
sem pecado seria mediante a intervenção direta do Espírito Santo no ventre de
sua mãe, tal como aconteceu com Jesus. E essa exceção teria registro
prioritário na Bíblia.
Maria foi uma humilde serva do Senhor e, ao ser visitada pelo
anjo Gabriel, não hesitou em se humilhar diante do SENHOR, dizendo: “...eis aqui a serva do
Senhor...” (Lucas 1.38). Sendo uma pecadora como qualquer outro
ser humano (Rm 3.23, 5.12), Maria tem tido seu nome, ministério e papel bíblico
distorcidos pela seita Católica. A própria Maria sabia de seu estado de
pecadora e que necessitava de um Salvador: “E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador” (Lucas
1.47). Ela não é Deus (não é divina), mas foi uma criatura humana, descendente
de Adão e Eva e, conseqüentemente, pecadora: “Porque todos [inclusive
Maria] pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos
3.23). “Portanto, como por um
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte
passou a todos [inclusive
Maria] os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5.12 –
Ênfases minhas).
Maria se deleitou em demonstrar sua indignidade como mero ser-humano
contaminado pelo pecado, dizendo: “Porque
atentou na baixeza de sua serva...” (Lucas 1.48). Ela
foi agraciada em dar à luz a Jesus Cristo (Graça = favor NÃO
merecido): “Disse-lhe, então, o
anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus.” (Lucas
1.30 – Grifos meus). Um favor imerecido é algo que alguém recebe sem merecer;
sem ter feito nada para que ocorra.
Uma coisa interessante é que até hoje as judias têm a esperança de serem
escolhidas para ser a mãe do “Messias”, tendo em vista que os judeus não
reconheceram o Messias na Sua primeira vinda. Cristo “veio para o que
era seu, e os seus não o receberam.” (João 1.11). Os judeus não
creem na primeira vinda de Cristo – eles desprezam a Cristo porque não creem
que era Ele quem veio da primeira vez.
MARIA
NÃO É SUPERIORA A NINGUÉM
É imprescindível ressaltar que não há menção da genealogia de Maria nas
Escrituras. Ela era mãe humana de Jesus Cristo e não era alguém “sem pecado” ou
superior às outras mulheres. As profecias que diziam que Jesus seria
descendente do Rei Davi se cumprem na genealogia de José, não de Maria. O pai
de José era “Jacó” e “Heli” (Mt 1.16, 20; Lc 1.27; Lc 3.23). Sendo assim, José
era filho de Davi. Quanto a Maria, nada se sabe sobre sua genealogia porque a Bíblia
não se importa com isso.
Maria é a mulher menos citada na Bíblia. As Escrituras Sagradas têm pouco a
dizer sobre Maria. São, na verdade, extremamente lacônicas ao falar de sua
vida. Não tem ela lugar de proeminência nos evangelhos. Como disse uma autora
católica: “Parece até ausente do ministério de Jesus, seu filho”. Dois dos
evangelistas até deixam de colocá-la no início do relato (Marcos e João), pois,
na história da infância de Jesus, nos chamados “Evangelhos da Infância”, ela é
somente relatada em Mateus e Lucas.
Suas últimas palavras registradas nos evangelhos judaicos foram as do casamento
em Caná da Galiléia (João 2.3). Fora esse episódio, quantas anotações temos do
que ela falou? Em Mateus e em Marcos nada foi registrado. Em Lucas, (1) na cena
da anunciação (1.34,38), (2) no Magnificat (1.46-55) e (3) em 2.48 quando Jesus
já está com doze anos e fora levado para se tornar um "Bar Mitzvá".
As Escrituras não se importam em mencionar a genealogia de Maria, nem se
encarregam em mencioná-la depois de Atos 1, o primeiro livro do Novo
Testamento. A última vez que Maria é mencionada na Bíblia é em Atos 1.13-15,
onde também menciona os irmãos de Jesus juntos a cento e vinte pessoas: “Todos estes perseveravam unanimemente em
oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos”.
Depois disso, Maria nunca mais é mencionada. Eu realmente não entendo a razão
dessa insistência das pessoas em buscar socorro em Maria, já que ela não
aparece nem mesmo na doutrina dos apóstolos para a Igreja, ou seja, nas
epístolas. Ou seja, se ela nem mesmo está nas epístolas, ela não tem valor
doutrinário algum. E mais uma vez é necessário que se diga: a “mulher” de
Apocalipse 12 é figurativa de Israel, de quem veio o Salvador do mundo. Então
eu pergunto ao leitor: Se Maria é “rainha do céu”, “senhora de alguém”, “mãe
dos cristãos” ou, ainda pior, “mãe de Deus”, por que ela só é mencionada
(pouquíssimas vezes) nos evangelhos judaicos onde se narra o ministério de
Jesus na terra?
As profecias que dizem que Cristo seria da linhagem de Davi são essas: 2Sm
7.12-16; 1Cr 17.11-14; Is 11.1, 10; Mt 1.1, 9.27, 15.22, 21.9; At 13.22-23; Rm
1.3, 15.12; 2Tm 2.8; Ap 5.5, 22.16, etc. OBSERVAÇÃO: Ler apêndice no final
deste artigo a respeito da genealogia de José.
Através de Seu pai adotivo, José, descendente de Davi, Jesus tinha o direito
legal ao trono de Davi. Quanto a Maria, Jesus teria direito a quê? A
qual trono milenial? Nenhum, obviamente. Cristo reinará por mil anos no trono
de Davi porque é descendente de Davi por parte de seu pai, José.
Por que estou dizendo essas coisas? Para mostrar a vocês que é muito mais fácil
inferiorizar Maria do que superiorizá-la. Simples assim!
Muitos exaltam Maria pelo fato dela ter sido chamada “bem-aventurada”. Sim,
Maria disse que seria chamada “bem-aventurada” (Lc 1.48). Porém, o termo
“bem-aventurado”, usado em várias outras ocasiões por Jesus ao se dirigir a
outras pessoas na Bíblia, significa simplesmente “Feliz”. Ser “bem-aventurado”
não é privilégio apenas de Maria. Comecemos com um exemplo no Velho Testamento,
onde uma mulher é chamada igualmente “bem-aventurada”. Trata-se de Lia, esposa
de Jacó: “Então disse Lia: Para
minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada” (Gênesis
30.13). E o que dizer do Sermão do Monte? Maria foi bem-aventurada assim como
são aqueles tantos mencionados pelo Senhor Jesus Cristo em Mateus 5. Há uma
passagem onde uma mulher tenta exaltar Maria equivocadamente, querendo dizer a
Jesus que sua mãe era mais bem-aventurada do que os demais seguidores dEle.
Jesus a replicou imediatamente: “...
Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lucas
11.28).
Outro fato que prova que Maria era tão pecadora quanto todo ser-humano é que quando
se cumpriram os dias da sua purificação, segundo a Lei (Lv 12.2-3; Lc 2.22),
Maria e José foram consagrar Jesus Cristo no templo, como era feito com todo
macho “primogênito” dos casais (Lc 2.23) e, naquele mesmo momento, Maria levou
consigo a oferta “pelo pecado” ao altar, conforme a Lei (cf. Lv 2.6, 8): “E para darem a oferta segundo o disposto na
lei do Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos” (Lucas
2.24). Assim como todos os judeus, a
fim de deixar de ser considerada imunda, Maria cumpriu o mandamento em questão,
conforme constava na Lei de Moisés.
Embora exponhamos as verdades mais simples das Escrituras, como podemos ver
acima, os católicos continuam com a mente cauterizada e ainda consideram Maria
“divina” (especial, digna de adoração, alguém que não cometeu pecados durante
sua vida, etc.) em virtude dos “ensinos papais”. Não há resquício de temor
diante de Deus. Acerca destes, é necessário que se lembre: “O temor do Senhor é o princípio
do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”
(Provérbios 1.7).
A criação desse ídolo chamado “Mãe de Deus” e a adoração do mesmo é LOUCURA.
Essas pessoas são loucas! Sim, loucas! Esses fieis à “Mãe de Deus” cometem o
grave pecado da idolatria. Deus nos ordena explicitamente que não adoremos
nenhum ser-humano ou imagem que o represente (At 10.25-26, 14.14-18). “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te
para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e
só a Ele servirás” (Lucas 4.8).
3 – DOGMA DA “PERPÉTUA VIRGINDADE”
A seita Católica Romana ensina aos seus fiéis que Maria não teve relações
sexuais com José, seu marido, e que ela não teve outros filhos, permanecendo
virgem, mesmo após Jesus ter nascido (“virgem antes, durante e depois do
parto”), o que contraria várias passagens bíblicas que mostram o contrário.
Para tal afirmação, essa religião se baseia na passagem bíblica que diz: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um
sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará
o seu nome Emanuel” (Isaías 7.14 – Grifo meu).
Oras, Jesus foi concebido (como vemos na Bíblia) por obra do Espírito Santo e
Maria ERA sim virgem ATÉ o nascimento dEle. Isto ocorreu para que se cumprisse
a profecia de Isaías. Na Bíblia lemos o seguinte: “E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e
recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o
primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus” (Mateus 1.24-25 – Grifo
meu). Esta passagem é cristalina ao mostrar que José não “conheceu” (não teve
relações sexuais com) Maria ATÉ que ela desse à luz seu filho “primogênito”
(primogênito = primeiro filho). Se Jesus não tivesse sido o
primeiro filho de Maria, a palavra deveria ser “único” e não “primogênito”!
O verbo “CONHECER”, na Bíblia, quando se refere a um casal, tem a conotação de
“manter relação sexual” e não apenas “saber quem é uma pessoa”.
Maria já conhecia José (no sentido de “saber quem ele era”,
assim como já conhecia outros homens, evidentemente, por “saber quem eles
eram”), pois os mesmos já se encontravam comprometidos, como lemos na passagem
que diz que o anjo Gabriel apareceu: “A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José,
da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria” (Lucas 1.27 – Grifo
meu). Maria ficou surpresa, pois não havia tido, até então, nenhuma relação
sexual. Por ser virgem (e, portanto, não teria como ter um filho), ela perguntou
ao anjo: “Como se fará isto,
visto que NÃO CONHEÇO homem algum?” (Lucas 1.34 – Grifo
meu).
Vejamos alguns outros exemplos:
“E CONHECEU Adão a
Eva, sua mulher, e ela CONCEBEU e deu à luz a Caim, e disse:
Alcancei do Senhor um homem” (Gênesis 4.1)
“E levantaram-se de madrugada, e
adoraram perante o Senhor, e voltaram, e chegaram à sua casa, em Ramá, e Elcana
CONHECEU a Ana sua mulher, e o Senhor se lembrou dela. E
sucedeu que, passado algum tempo, Ana CONCEBEU, e deu à luz um
filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o tenho pedido ao Senhor” (1
Samuel 1.19-20)
“Sendo, pois, o rei Davi já velho,
e entrado em dias, cobriam-no de roupas, porém não se aquecia... E era a
moça sobremaneira formosa; e tinha cuidado do rei, e o servia; porém o
rei NÃO A CONHECEU” (1 Reis 1.1,4 – Grifo meu).
Como podemos constatar, com exceção da passagem de 1 Reis 1.1,4 (visto que Davi
já era velho e, portanto, não teve relações sexuais com a moça), o verbo
“CONHECER” nesses textos bíblicos possuem o significado de RELAÇÃO SEXUAL,
visto que filhos foram concebidos logo após os cônjuges se “conhecerem no
sentido de ter relações sexuais”!
Tendo em vista que Jesus foi o Filho primogênito de Maria, isto
significa que a mesma teve outros filhos e, portanto, o falso dogma da
“Perpétua Virgindade” cai por terra.
As Escrituras confirmam este fato mostrando que Jesus teve quatro irmãos, os
quais foram filhos naturais/legítimos de José com Maria. Seus irmãos eram
Tiago, José, Simão e Judas. Ele também teve algumas irmãs (cf. Mt
12.46-50, 13.55-56; Mc 6.3; Lc 2.7; Jo 2.12, 7.3-10; At 1.14; 1Co 9.5; Gl
1.19). Porém, a seita Católica Romana teve a coragem escandalosa de inventar
que a palavra “irmão” significa “primo”, contrariando todas as passagens
bíblicas que falam dos irmãos e irmãs de Jesus. Como consequência, isso também
leva a distorcer o significado da palavra “irmão” em qualquer outro contexto
das Escrituras.
A palavra “irmão” é usada 346 vezes no Novo Testamento e não significa “primo”
em nenhuma delas. Se a palavra “irmão”, na Bíblia, significasse “primo”,
Jesus, em Lucas 8.19-21, estaria dizendo que Sua mãe e seus “primos” são
aqueles que ouvem a Palavra e a cumprem. Isto não faz sentido, pois Ele disse
claramente “irmãos”. Neste contexto, esta palavra foi usada para
designar a ‘irmandade espiritual’ e não à consanguínea! Entretanto, todas as
vezes que a palavra “irmão” é usada no Novo Testamento para designar uma
relação de família, com laços de parentesco consanguíneo, ela simplesmente
significa “irmão”! Quando as Escrituras querem afirmar algo contrário a isso,
elas certamente nos levam a esse entendimento, como foi no caso de Lucas
8.19-21. Mas esse não é o caso de Mateus 12.46-50 e de todos os outros
versículos mencionados acima. A Bíblia contém NOVE referências aos irmãos
consanguíneos de Jesus, e mesmo assim a seita Católica Romana tem a coragem de
negar esse fato. Por que? Para tentar transformar Maria em uma mulher virgem, o
que ela não é.
Jesus Cristo é o Filho UNIGÊNITO DE
DEUS (o Único Filho de Deus – João 3.16), mas é O PRIMOGÊNITO
de Maria (o primeiro filho gerado em Maria – Mateus 1.25). Maria
não é “mãe de Deus”, mas “filha de Deus”! Ela não é “nossa mãe”, mas é “irmã”
daqueles que crêem em Jesus Cristo e também são, em virtude disto e igualmente
a ela, Filhos de Deus!!!
4 – DOGMA DA “ASSUNÇÃO DE MARIA”
Esta é mais uma heresia hedionda criada pela ICAR com o intuito de divinizar a
humilde serva do Senhor, levando o incauto povo católico a cometer o abominável
pecado da idolatria, até porque eles precisam “justificar” a adoração e as
orações direcionadas à Maria, como se ela fosse “medianeira”, o que, também, é
uma blasfêmia, haja vista que a Bíblia nos ensina que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1
Timóteo 2.5).
Em minhas pesquisas na elaboração
deste artigo eu busquei entender de onde procedeu tal aberração doutrinária. E
eu encontrei. Esta crença é uma derivação do dogma da perpétua virgindade e da imaculada
conceição de Maria. Tal preceito marca um passo mais na tendência
romanista à exaltação de Maria como objeto de culto religioso. Antes de sua
definição oficial, o Papa Pio XII havia consultado todos os bispos católicos do
mundo, na Carta Apostólica ‘Deiparae Virginis’, em 1 de maio de 1946, sobre a
conveniência e possibilidade de declarar como dogma a crença na Assunção de
Maria. A resposta do episcopado foi favorável à ideia da
proclamação. E, com efeito, no dia 1 de novembro de 1950, o Papa Pio XII, na
Constituição Apostólica ‘Munificentissimus Deus’, fez o seguinte
pronunciamento: “Nós
pronunciamos, declaramos e definimos que é um dogma revelado por Deus, no qual
a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, foi levada aos céus em corpo e
alma quando terminou o curso de sua vida na terra".
É interessante notarmos que, apesar de muitos católicos pensarem que Maria foi
trasladada aos céus, sem ter morrido, o dogma da “Assunção de Maria” diz que
ela MORREU. Sim. É isso que está lá. Ora, se, como afirma a ICAR, Maria foi
“concebida sem pecado” (dogma da “Imaculada Conceição”), foi “assunta aos céus”
(dogma da “Assunção), mas morreu, como ocorre com qualquer descendente de Adão
e Eva (Rm 3.23), como eles fazem para conciliar estes dois “dogmas” tão opostos
entre si, visto que Romanos 5.12 nos ensina que a morte é consequência do
pecado?
O Único que entregou o Seu Espírito antes de morrer, venceu a morte e
ressuscitou foi JESUS CRISTO! A morte não teve poder sobre Ele, pois Ele foi o
Único que nasceu sem o pecado original e nunca pecou.
Perceba como a seita Católica Romana tenta “costurar” esta colcha de retalhos,
conforme consta nesta citação retirada de um site católico: “É verdade que na Revelação a morte se apresenta como castigo do
pecado. Todavia, o fato de a Igreja proclamar Maria liberta do pecado original
por singular privilégio divino não induz a concluir que Ela recebeu também a
imortalidade corporal. A Mãe não é superior ao Filho, que assumiu a morte,
dando-lhe novo significado e transformando-a em instrumento de salvação”. (???) O quê?
Para “justificar” as contradições desses dogmas, o falecido “papa” João Paulo
II, em audiência datada de 25/06/97, ensinou sobre o que ele chamou de
“Dormição de Maria” e assim se manifestou: “O Novo Testamento não dá nenhuma informação
sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio induz supor que se
produziu normalmente, sem nenhum fato digno de menção. Se não tivesse
sido assim, como teria podido passar despercebida essa notícia aos seus
contemporâneos, sem que chegasse, de alguma maneira até nós? No que diz respeito às causas da morte de
Maria, não parecem fundadas as opiniões que querem excluir as causas naturais. (...) Qualquer
que tenha sido o fato orgânico e biológico que, do ponto de vista físico, Lhe tenha produzido a morte, pode-se
dizer que o trânsito desta vida para a outra foi para Maria um amadurecimento
da graça na glória, de modo que nunca melhor que nesse caso a morte pode conceber-se
como uma ’dormição’” (Destaque
meu).
As heresias católicas são tantas que eles atribuem a Maria o pronome “Lhe”, em
letra maiúscula, como lemos acima, tornando-a, em suas próprias mentes, divina,
o que é uma blasfêmia contra o Deus vivo, pois esta forma pronominal deve ser
usada apenas quando nos referimos ao Deus Triúno (o Pai, o Filho e o Espírito
Santo).
ESTÃO
CRIANDO O QUINTO DOGMA MARIANO
Por incrível que pareça, não satisfeita em divinizar Maria e em atribuir a ela tantos
títulos e honrarias, com incrível ousadia a ICAR se prepara para inventar mais
um dogma. Este é ainda mais blasfemo que os anteriores.
Trata-se do dogma da “Co-redenção mariana”. Segundo a crença, que
já está em prática, embora não oficializada pelo papa, Maria é cooperadora na nossa
salvação e remissão de nossos pecados. HERESIA DAS HERESIAS! Esta falsa “religião”
ainda alega que Maria é a “Mãe de Todos os povos da Terra” e que este “quinto dogma”
irá fortalecer esta tese.
Acredite se quiser – Em um site católico, lê-se a seguinte citação herética com
relação ao título de “co-redentora”: “Desde muitos anos tenho a
absoluta convicção de que, sem este último título honorífico, não está perfeito
o ‘canal de Graças’ das graças necessárias para que se complete a nossa
redenção”.
Essa é a BLASFÊMIA DAS BLASFÊMIAS! Jesus Cristo viveu neste mundo sem pecado
algum, cumpriu a Lei, sujeitou-Se à infame morte na cruz, derramando Seu
precioso sangue para nos redimir e, agora, uma organização que se diz “cristã” vêm
nos dizer que somente com a criação do dogma da “co-redentora” é que se
completará a nossa redenção??? Misericórdia!!!
De acordo com mais fontes católicas, a “justificativa” para darem tal título a
Maria é a seguinte: “Porque, efetivamente, Maria
sofreu toda a Paixão com Jesus. Misteriosamente ela viveu cada dor em seu
coração, com o mesmo efeito terrificante que o Filho a sofreu no corpo e no
espírito. Jamais, em toda a história do homem, em milhares de crucificações
ocorridas, se viu uma Mãe que tivesse a fortaleza interior capaz de acompanhar
seu filho, e de suportar tudo sem um ai, sem um grito, num caminho tão doloroso
como foi o do Calvário de Jesus. Maria somente conseguiu isso porque ela é
indissoluvelmente ligada ao seu Filho Jesus, porque Ele efetivamente é Carne da
carne de Maria, e é Sangue do sangue de Maria; eis aí o que leva ao Dogma da
Co-redenção”.
Agora atente-se para algo muito incoerente. Se alguma pobre vítima católica ou
algum simplório protestante ousa questionar os ensinamentos desta seita, mostrando
que são antibíblicos, os líderes e fieis católicos agressivamente se antecipam
com ameaças heréticas, desmerecendo as Escrituras e até chegando a CONFESSAR
que a Bíblia NÃO ensina, nem legitima seus dogmas. Muitos deles confessam, sem
temor, que a tradição católica está acima das Escrituras. A maioria deles faz
isso há muito tempo. Mas a verdade é que, se eles fossem a Igreja de Deus
realmente, saberiam que a Igreja não é uma organização que ensina, mas sim um
povo que é ensinado pelas Escrituras. A Igreja não ensina nada, mas é ensinada
pela Palavra. Por que? Porque a Igreja é um povo, não uma organização ou um
templo de pedras e tijolos. Quanto a nós, a Igreja dos santos, que não faz
parte do sistema religioso institucional, teremos de lidar com os distúrbios
sem a ajuda dos protestantes, visto que o protestantismo nada mais é do que uma
denominação com ídolos diferentes.
Nós, a verdadeira Igreja de Cristo, que não fazemos parte de nenhuma
organização religiosa, nem católica nem evangélica, que congregamos somente ao
nome do Senhor (Mt 18.20), ficamos no fogo cruzado. E nós continuaremos
denunciando toda e qualquer doutrina de demônios como essa – a doutrina da
Co-redentora, a salvadora dos cristãos, junto a Cristo na cruz do Calvário.
Agora, tente imaginar se um de nós, que congrega somente ao nome do Senhor (Mt
18.20), em nossos lares, fora de toda essa bagunça, repreende os abutres dessa
seita! Já imaginou? Nós, que não fazemos parte de organização religiosa (pois
assim o Senhor Jesus ensinou), ficamos no fogo cruzado, e eu explico por que.
Simplesmente porque católicos e protestantes não se convergem mais. Esse barco
já foi! Eles não se importam em andar de mãos dadas, em uma grande e fraterna
amizade, enquanto olham para nós com ares de piedade e arrogância, dizendo em
suas mentes: “Quem são estes que se separam de nós, como se fossem melhores do
que nós?”. Há de se admitir que a coisa mais difícil na Cristandade hoje é ser
Igreja ao invés de fazer parte de instituições criadas por homens e seguir
doutrinas de demônios.
Como se vê, as Escrituras não ensinam tais dogmas, pois são todos frutos das
mentes apóstatas dos líderes romanos!
Os absurdos do Catolicismo parecem não ter fim. Vejamos esta citação que foi
publicada na Revista Time: “Entre todas as mulheres que
já viveram, a mãe de Jesus Cristo é a mais celebrada, a mais venerada... Entre
os católicos romanos, a Madona, ou Nossa Senhora, é reconhecida não somente
como a Mãe de Deus, mas também, de acordo com muitos papas, a Rainha do
Universo, Rainha dos Céus, Trono de Sabedoria e até Esposa do Espírito Santo” (Revista
Time, "Serva ou Feminista?", 30/12/1991, pg. 62-66).
Isso é simplesmente ABOMINÁVEL.
Perceba que o raciocínio católico romano não é somente ilógico, herético e
antibíblico, como também é uma afronta à razão humana: Segundo a “lógica”
católica, pelo fato de Maria ter gerado o corpo humano do Filho de Deus, ela se
tornou a “mãe do próprio Deus” e, ao mesmo tempo, “esposa do Espírito Santo”!
Ou seja, ela é esposa de Um (o Espírito Santo), mãe de Outro (Jesus Cristo) e,
consequentemente, “mãe de Deus Pai”, que também é seu Criador. Alguém que tenha
um raciocínio lógico consegue entender algo tão repugnante? Será que esses
degenerados crêem também que José (pai adotivo de Jesus em Sua natureza humana)
se tornou, por causa disso, o “pai adotivo de Deus”?
É lamentável, mas não me surpreende que milhões de pessoas que acreditam nesta
falácia não podem sequer questioná-la, senão, serão excomungados, amaldiçoados
e condenados ao “fogo do inferno” pelo próprio papa (como se os papas e padres
tivessem poder para tal...). Sim, isso está no Catecismo do Concílio de Trento
da tradição católica. O Catecismo do Concílio de Trento determina
que “quem é contra a adoração de imagens e relíquias deve ser
AMALDIÇOADO pelo papa”. O Concílio de Trento é, segundo a tradição
católica, IRREVOGÁVEL. E agora? E se o um pobre católico menos ortodoxo resolve
não dignificar Maria? E se este mesmo incauto católico não tiver conhecimento
da Bíblia e for pressionado a fazer aquilo que Deus abomina? Sinto muito em
dizer, mas isso já acontece há séculos!
CONCLUSÃO:
É realmente lastimável que em pleno século XXI alguns iludidos fieis a seus –
assim chamados – “padres” ainda crêem que Maria é a “mãe de Deus”, com tanta
informação disponível em vários meios de comunicação, em especial a internet.
Todavia, quem disse que a Igreja seria aquilo que Deus ordenou? Sabemos que a
Igreja, assim como Israel, falharia em seu testemunho. Não obstante, estamos
aqui para chamar a atenção do remanescente fiel de Deus, pois Ele nos ordenou a
fazê-lo.
Dizer que Deus tem uma Mãe, e que esta mãe é Maria, e que Maria é co-redentora
ao lado de Cristo... e assim por diante... fere a lógica e o bom senso, além de
ser antibíblico e, portanto, uma heresia. É diabólico. É abominável. É
satânico! É coisa de catecismo católico, colocado ainda nas mentes das
crianças, pois estas ainda não têm discernimento e maturidade. Elas nem mesmo
sabem ler. É uma lavagem cerebral indescritível.
A Palavra de Deus, por meio de Paulo, nos adverte sobre a crença em qualquer
doutrina que esteja fora das Escrituras Sagradas: “Maravilho-me de que tão depressa
passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o
qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie
outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja AMALDIÇOADO. Assim,
como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar
outro evangelho além do que já recebestes, seja MALDITO” (Gálatas 1.6-9
– Ênfase minha).
Uma criatura não pode ser “mãe” do Deus Eterno. Como vimos, Maria não é divina,
nem eterna. Nem tampouco onisciente, onipresente, muito menos onipotente. Esses
atributos são exclusivos do Deus Triúno. Não há um “Santíssimo Quarteto” no
céu! Há uma santíssima Trindade lá!
Vê-se, com certa freqüência, alguns adesivos em carros de católicos com uma
herética frase, que diz: “Peça à Mãe que o Filho atende”. Os
católicos pensam que Jesus Cristo é um “deus irado” que precisa que “sua mãe”
interceda junto a “ele” pelos fiéis aqui da Terra, a fim de que eles obtenham o
que fora requerido em suas petições. Enquanto isso, Jesus Cristo nos diz: “... tudo quanto em meu nome pedirdes
ao Pai ele vo-lo conceda” (João 15.16). “Até agora nada pedistes em meu nome;
pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra” (João 16.24).
O fato é que devemos fazer nossas petições diretamente ao Pai, em nome
do Filho, e o Pai pode atender, se for da Sua vontade: “E esta é a confiança que temos nele, que,
se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 João
5.14). “Ora, nós sabemos que Deus não
ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse
ouve” (João 9.31 – cf. Mt 6.10, 26.42; Lc 11.2, 22.42; Jo 9.31; At
21.14; Rm 1.10, 15.32; Ef 5.17; Fp 2.13; Hb 13.21; Tg 1.17; 1Pe 4.2; etc.].
Porém, mesmo assim, diariamente, milhões de pessoas oram a Maria, pedindo-lhe
graças (sendo que ela não é onisciente nem medianeira). Não devemos nos
esquecer de que a Bíblia alerta que pedidos (rezas) feitos às imagens e ídolos,
que são demônios (1Co 10.20), são possíveis de serem atendidos.
Todavia, precisamos entender que nem sempre o que dá certo é de Deus: “O meu povo consulta a sua madeira, e a sua
vara lhe responde, porque o espírito da luxúria os engana, e prostituem-se,
apartando-se da sujeição do seu Deus” (Oséias 4.12).
Diante de tudo o que as Escrituras nos ensinam, nota-se que a “senhora” dos
católicos não é a Maria da Bíblia, a humilde “serva do Senhor”, a mãe de Jesus
Cristo, que foi salva pela fé nEle. Trata-se, na verdade, de um ídolo criado
por sua falsa “religião”, que usurpa títulos e atributos do único e verdadeiro
Deus, transferindo-os para uma criatura humana, levando o povo ao terrível e
abominável pecado da idolatria!
DEUS
NÃO É PAI DE TODAS AS PESSOAS
No céu, só há um Pai, o Senhor, e não uma mãe ou “senhora”: “Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre
todos, e por todos e em todos vós” (Efésios 4.6 – Paulo está
falando com a igreja aqui. Por isso o termo “Pai de todos”, visto que Deus só é
Pai daqueles os quais Ele salvou na eternidade). O próprio Jesus O chama de Pai
(Lc 22.42; Jo 5.17, 30; etc.).
O ensino católico da “Paternidade Universal de Deus” é mais uma doutrina pagã e
apóstata, pois a Bíblia nos mostra que Deus só é Pai dos salvos. Somente são
“filhos de Deus” aqueles que nasceram de novo (Jo 3.3,5), pela graça, mediante
a fé em Jesus Cristo (Jo 1.12-13; Mt 5.9,44,45; Lc 6.35; Jo 12.36; Rm 8.14-16;
9.26; Gl 3.26; 4.5,7; Ef 1.5; 2.3; 5.1,8; 1Jo 3.1,10). Os demais seres humanos
são meras criaturas e não filhos. Portanto, além de não terem uma “mãe” no céu,
muito menos têm um “pai”!
O que acontece é o seguinte: Para a igreja católica, a "tradição" é
superior à Palavra de Deus. Quando há algum conflito de entendimento entre a
Bíblia e a tradição da igreja, a tradição da seita deve prevalecer!!! Os
fariseus da época de Jesus também agiam assim. Suas premissas eram baseadas em
ordenanças que nunca passaram de fábulas criadas pelo sistema chamado Tradição
dos Antigos (cf. Mt 15.3), também conhecido como Torah. Assim, toda
vez que Jesus se encontrava com os fariseus havia conflito. Jesus não se
baseava na Torah, mas nos mandamentos de Deus. Pois bem, agindo da mesma forma
que os fariseus da época de Cristo, fica fácil para a ICAR enganar seus
simplórios fiéis, não é mesmo? Ou seja, o que esses homens hereges, falíveis,
apóstatas e pecadores disserem vale mais do que o que Deus disse em Sua Palavra
eterna, inerrante e infalível. Para comprovar o que digo, basta ler as bulas
papais e as decisões dos "concílios" da ICAR.
Deus não tem “mãe”, muito menos “pai”. Porém, apesar da ICAR
ensinar que “Deus tem mãe”, outra seita tão perigosa quanto ela, a dos mórmons
(Mormonismo) ensina que “Deus tem pai” (que seria o “avô de Jesus”) e que este,
por sua vez, possui outro pai, e, assim, sucessivamente, o que é um verdadeiro
“sarapatel teológico”!
Como se vê, a fé sem fundamento é fanatismo (fé cega)! Aliás, não há “fé” que
justifique tanta afronta à Palavra de Deus! Por isso, a Bíblia deve ser
a única regra de fé e prática de todo aquele que se diz cristão. Caso
contrário, a pessoa estará sujeita a situações grotescas como essas que
acabamos de ver. E no protestantismo a coisa não é diferente. Vemos que a
diferença está no tipo de ídolo que adoram.
“À lei e ao testemunho! Se eles não
falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías
8.20). “Porque há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo homem” (1 Timóteo 2.5).
– JP Padilha
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APÊNDICE
– A GENEALOGIA DE JOSÉ
Não se sabe porquê em Mateus 1.16 Jacó aparece como o pai legítimo de José
enquanto em Lucas 3.23 vemos Heli como tal. Permita-me, por gentileza, apresentar
dois pareceres que, a meu ver, são mais bíblicos em favor da genealogia de José
em Lucas.
1 – O Levirato. A definição e
origem do levirato na Bíblia remetem a uma antiga prática
encontrada no Antigo Testamento de se casar com a viúva do irmão falecido para
dar continuidade à sua linhagem. Essa prática tinha como principal objetivo
garantir a continuidade da linhagem familiar e proporcionar proteção às viúvas. Esse termo tem sua
origem no latim "levir", que significa "marido da irmã".
Segundo a passagem, caso um homem falecesse sem deixar filhos, seu irmão
deveria casar-se com a viúva e gerar um descendente. O primogênito desse
casamento seria considerado filho do irmão falecido, garantindo a continuidade
do nome e da herança familiar. Ou
seja, quando Jacó morreu, Heli teria tomado sua viúva como esposa. José seria
filho de Jacó no sentido legal,
e de Heli, no sentido de pai de
criação.
Exemplos bíblicos de prática sobre
levirato na Bíblia são encontrados em algumas passagens do Antigo
Testamento. Um exemplo marcante está no livro de Rute. Rute, uma moabita,
era casada com um homem de Belém, que morreu sem deixar filhos. Boaz, um
parente próximo do falecido, assumiu o papel de redentor e casou-se com Rute,
cumprindo assim suas responsabilidades . Essa união gerou Obede, avô do
rei Davi.
Outro exemplo é encontrado em Gênesis 38, envolvendo Judá, seu filho Er e
a nora Tamar. Er morreu, e Onã, seu irmão, deveria se casar com Tamar
para cumprir esse "ritual". Porém, Onã se recusou a gerar
descendência para seu irmão falecido e, com o tempo, também acabou morrendo.
Tamar, então, enganou Judá, fazendo-se passar por prostituta, e concebeu gêmeos
dele, garantindo a linhagem. Essa prática
não era obrigatória. Se o irmão não quisesse cumprir com essa
responsabilidade, um ritual descrito em Deuteronômio 25.7-10 poderia liberá-lo do dever. No entanto,
tal atitude poderia acarretar desonra perante a comunidade:
“Porém, se o homem não quiser tomar sua
cunhada, esta subirá à porta dos anciãos, e dirá: Meu cunhado recusa suscitar a
seu irmão nome em Israel; não quer cumprir para comigo o dever de cunhado.
Então os anciãos da sua cidade o chamarão, e com ele falarão; e, se ele
persistir, e disser: Não quero tomá-la; então sua cunhada se chegará a ele na
presença dos anciãos, e lhe descalçará o sapato do pé, e lhe cuspirá no rosto,
e protestará, e dirá: Assim se fará ao homem que não edificar a casa de seu
irmão; e o seu nome se chamará em Israel: A casa do descalçado”.
2 – Um outro parecer é que Jacó e Heli podem ser dois nomes
distintos para uma mesma pessoa, visto que ambos procedem de Matã (Mt 1.15; Lc
3.24). Essa também não é uma forma absurda de pensar. Temos no Antigo
Testamento vários exemplos dessa natureza, principalmente entre os reis de
Judá. Na própria genealogia de Jesus, Néri, ao invés de Jeconias,
aparece como pai de Salatiel (Mt 1.12; Lc 3.27).
Concluindo: Considerando, pois, que ambas as genealogias
são de José, então, ou (1) José era filho de Jacó e de Heli, no sentido de
fato para um e de direito para outro, ou (2) Jacó e Heli
eram a mesma pessoa com nomes diferentes.
Seja como for, a Bíblia diz que José era descendente de Davi e ponto. Diante de
questões paradoxais como essas, o verdadeiro crente não diz o que Deus não
revelou explicitamente. Em vez disso, ele reconhece a pequenez de sua mente e
diz: “Eu não sei”.
Continua em: Maria é mãe de Deus? Se não, de onde surgiu a heresia?
Para
voltar ao início, clique aqui:
SUMÁRIO - O EVANGELHO sem
Disfarces
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