As Escrituras Sagradas nos mostram uma clara
diferença entre o chamado de Israel e o chamado da Igreja, e entender essa
diferença é o ponto de partida para um entendimento amplo a respeito de quase
tudo que a Bíblia nos ensina. Uma boa compreensão da distinção entre o chamado
de Israel e o chamado da Igreja nos faz apreciar com entendimento o que é dito
em relação aos dois povos, pois um é terreno e o outro celestial.
Misturar esses dois chamados e mesclar as passagens bíblicas concernentes a um
povo ou a outro é o gatilho para uma enorme confusão na Casa de Deus. E é o que
temos visto na cristandade: Hoje, poucos cristãos discernem a maneira de Deus
tratar com o homem nas diferentes dispensações* através dos tempos.
O CHAMADO DE ISRAEL
O chamado de Israel, cujo pai é Abraão, é terreno: "E apareceu o
SENHOR a Abrão, e disse-lhe: À tua semente darei esta terra"[Canaã]
(Gênesis 12.7). O Senhor disse a Jacó (Israel): "Eu sou o Senhor,
o Deus de seu pai Abraão, o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado
darei a você e sua semente" (Gênesis 28.13). Abraão foi chamado
por Jeová quase dois mil anos a.C (De acordo com as genealogias em Gênesis, a
data da criação de Adão foi estabelecida em 4.004 a.C).
O CHAMADO DA IGREJA
O chamado da Igreja [isto é, o conjunto de todos os pecadores salvos pela
soberana graça de Deus desde a descida do Espírito Santo, no dia de
Pentecostes, em Atos 2, até o arrebatamento da Igreja], é celestial (Hb 3.1).
Nossa pátria está no céu (Fp 3.20). Nossa esperança está guardada no céu (Cl
1.5), a qual é Cristo em nós, a esperança da glória (Cl 1.27), e nossas bênçãos
são celestiais (Ef 1.3).
A Igreja foi eleita [em Cristo] antes da fundação do mundo:
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com
todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos
elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos predestinou para filhos de adoção
por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade, para
louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em
quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as
riquezas da Sua graça”(Efésios 1.3-7).
O QUE É UMA DISPENSAÇÃO?
Uma dispensação é a maneira como Deus trata com o homem durante um determinado
período de tempo, quando este é provado e testado quanto à obediência
a certas revelações definidas da vontade de Deus. Por exemplo, desde os dias de
Moisés até Cristo o homem foi provado sob a Lei. O período atual é chamado de
"dispensação da graça de Deus" (Ef 3.2). No Milênio o homem será
provado sob o reinado pessoal de Cristo, sem a presença de um tentador
(Satanás) – é a chamada "dispensação da plenitude dos tempos" (Ef
1.10).
Existem ao todo sete dispensações nas quais o homem tem sido provado: (1) em
inocência, (2) em consciência (da expulsão do jardim do Éden ao dilúvio), (3)
em autoridade ou governo (do dilúvio a Abraão), (4) sob a promessa (de Abraão a
Lei), (5) sob a Lei (da Lei a Cristo), (6) sob a graça (de Cristo ao
arrebatamento), (7) sob o reinado pessoal de Cristo (da vinda de Cristo ao
final do Milênio).
A maioria das pessoas da cristandade moderna desconhece essas grandes verdades
dispensacionais da Bíblia. Isso se dá pela proliferação de ideias advindas da
Teologia do Pacto (ou Aliancismo, como também é conhecida), e, de uns tempos
para cá, temos visto o quão além da heresia essa vertente denominacionalista
vai com suas tradições romanas/agostinianas de interpretação.
Todavia, com o amadurecimento bíblico vem a consciência de que não existe
"doutrina secundária", como muitos argumentam a fim de ficarem
confortáveis no jugo desigual. E quando se trata de Eclesiologia e Escatologia,
a coisa fica mais séria do que se pode imaginar à primeira vista.
Agora note a seriedade de tudo isso: Os teólogos do Pacto e seus seguidores
estão errados a respeito de Israel e também a respeito da Igreja de Deus. Visto
que cerca de 70% das Escrituras falam de Israel e apenas 10% ou 15% falam da
Igreja, todas essas pessoas estão erradas a respeito de Israel e da Igreja.
Sendo assim, elas estão erradas a respeito da maior parte da Bíblia!
Continua em: O
que significa a parábola das dez virgens?
Para voltar ao início, clique aqui:
SUMÁRIO
- O EVANGELHO sem Disfarces
–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– Fonte 3: https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário