quarta-feira, 7 de agosto de 2019

O Chamado de Israel e o Chamado da Igreja

As Escrituras Sagradas nos mostram uma clara diferença entre o chamado de Israel e o chamado da Igreja, e entender essa diferença é o ponto de partida para um entendimento amplo a respeito de quase tudo que a Bíblia nos ensina. Uma boa compreensão da distinção entre o chamado de Israel e o chamado da Igreja nos faz apreciar com entendimento o que é dito em relação aos dois povos, pois um é terreno e o outro celestial. Misturar esses dois chamados e mesclar as passagens bíblicas concernentes a um povo ou a outro é o gatilho para uma enorme confusão na Casa de Deus. E é o que temos visto na cristandade: Hoje, poucos cristãos discernem a maneira de Deus tratar com o homem nas diferentes dispensações* através dos tempos.

O CHAMADO DE ISRAEL

O chamado de Israel, cujo pai é Abraão, é terreno: "E apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: À tua semente darei esta terra"[Canaã] (Gênesis 12.7). O Senhor disse a Jacó (Israel): "Eu sou o Senhor, o Deus de seu pai Abraão, o Deus de Isaque; esta terra em que estás deitado darei a você e sua semente" (Gênesis 28.13). Abraão foi chamado por Jeová quase dois mil anos a.C (De acordo com as genealogias em Gênesis, a data da criação de Adão foi estabelecida em 4.004 a.C).

O CHAMADO DA IGREJA

O chamado da Igreja [isto é, o conjunto de todos os pecadores salvos pela soberana graça de Deus desde a descida do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, em Atos 2, até o arrebatamento da Igreja], é celestial (Hb 3.1). Nossa pátria está no céu (Fp 3.20). Nossa esperança está guardada no céu (Cl 1.5), a qual é Cristo em nós, a esperança da glória (Cl 1.27), e nossas bênçãos são celestiais (Ef 1.3).

A Igreja foi eleita [em Cristo] antes da fundação do mundo:

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; como também nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade, para louvor da glória de sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, em quem temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da Sua graça”(Efésios 1.3-7).

O QUE É UMA DISPENSAÇÃO?

Uma dispensação é a maneira como Deus trata com o homem durante um determinado período de tempo, quando este é provado e testado quanto à obediência a certas revelações definidas da vontade de Deus. Por exemplo, desde os dias de Moisés até Cristo o homem foi provado sob a Lei. O período atual é chamado de "dispensação da graça de Deus" (Ef 3.2). No Milênio o homem será provado sob o reinado pessoal de Cristo, sem a presença de um tentador (Satanás) – é a chamada "dispensação da plenitude dos tempos" (Ef 1.10).

Existem ao todo sete dispensações nas quais o homem tem sido provado: (1) em inocência, (2) em consciência (da expulsão do jardim do Éden ao dilúvio), (3) em autoridade ou governo (do dilúvio a Abraão), (4) sob a promessa (de Abraão a Lei), (5) sob a Lei (da Lei a Cristo), (6) sob a graça (de Cristo ao arrebatamento), (7) sob o reinado pessoal de Cristo (da vinda de Cristo ao final do Milênio).

A maioria das pessoas da cristandade moderna desconhece essas grandes verdades dispensacionais da Bíblia. Isso se dá pela proliferação de ideias advindas da Teologia do Pacto (ou Aliancismo, como também é conhecida), e, de uns tempos para cá, temos visto o quão além da heresia essa vertente denominacionalista vai com suas tradições romanas/agostinianas de interpretação.

Todavia, com o amadurecimento bíblico vem a consciência de que não existe "doutrina secundária", como muitos argumentam a fim de ficarem confortáveis no jugo desigual. E quando se trata de Eclesiologia e Escatologia, a coisa fica mais séria do que se pode imaginar à primeira vista.

Agora note a seriedade de tudo isso: Os teólogos do Pacto e seus seguidores estão errados a respeito de Israel e também a respeito da Igreja de Deus. Visto que cerca de 70% das Escrituras falam de Israel e apenas 10% ou 15% falam da Igreja, todas essas pessoas estão erradas a respeito de Israel e da Igreja. Sendo assim, elas estão erradas a respeito da maior parte da Bíblia!


Continua em: O que significa a parábola das dez virgens?

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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
–– Fonte 1: Página 
JP Padilha
–– Fonte 2: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

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